Crazy Life - Mc Livinho

Capítulo 10 - Mc Livinho

Contei cada segundo da terça-feira. Ás horas parecia que me pirraçava, olhava para o relógio e o pontero parecia parado no tempo. O que é irônico!
Quando finalmente anoiteceu eu me joguei no sofá, liguei a tv e peguei meu celular. Minha mãe havia deixado umas duzentas mensagens, Byanca nem se fala.
Resolvi ligar primeiro pra minha mãe, até porque, né ?! Mãe é mãe.
Não chamou nem duas vezes e ela já havia atendido.
- Oliver, por que não atendeu minhas ligações ? - Ela pergunta irritada.
- Calma mãe, estou falando com a senhora agora. - Tento amenizar.
- Calma nada. Eu já disse que quando eu ligar você como meu filho deve atender. - Ela grita.
- E se eu estiver ocupado ? - Provoco.
Amo ver minha mãe irritada.
- Não importa! Dá próxima vez que você resolver ficar em alguma cidade faça o favor de me avisar, ou eu irei aonde tu tá e te darei uma surra que você nunca tomou na sua vida.
- Eitha, pra que isso mulher ?!
- Agora me diga, como meu filhinho tá ? - Ela fala em um tom mais preocupado do que irritado.
- Estou ótimo mãe, melhor impossível. - Respondo rindo.
- E como se chama a razão de se está tão ótimo ?
A pergunta dela me pegou de surpresa. Fiquei calado por alguns segundos, tentando assimilar sua pergunta e achar uma resposta convincente.
- Como assim mãe ?
Aí tu pensa: Esta é sua resposta convincente ? Nha.
- Vamos Oliver, você saiu de de mim, acha que eu não sei quando meu filho está diferente.
- Diferente bom, ou diferente ruim ?
- Para ser sincera, eu não sei. Você parece mais destraído.
- Isso é bom ou ruim ?
- Oliver Decesary Santos, se você não me falar o nome dessa garota que meche com você vou pegar um avião...
- Já entendi mãe!
- Então desembucha!
- Mãe, bem, não tem muito o que falar. É só uma fã que conheci.
- Byanca sabe disso ?
- Óbvio que não mãe!
Silêncio absoluto. Se conheço bem minha mãe, ela está avaliando minha situação. Ela suspira e diz:
- Filho, você e ela... ficaram ?
Eu não podia mentir para minha mãe, até por que ela sabe quando estou mentindo. Então contei tudo a ela. Falei como conhecir Laís, o quanto ela me encantou, como é seu jeito.
- Você iria gostar muito dela - conto para minha mãe - Laís é tão doce, seu jeito é tão perfeito. Às vezes quando estou perto dela sinto um calor e um desejo de está perto e de proteje-lá.
- Isso parece paixão - minha mãe diz, sem mais delongas, direto na lata.
- Mãe, não!
Eu não estou apaixonado por Laís, eu gosto dela, fico feliz em tá com ela. Mas é Byanca que amo, é ela quem eu desejo na minha vida e na minha cama.
- Filho, veja o jeito que você fala dela. Isso é paixão!
- Mãe, eu já falei que amo Byanca. Laís foi simplesmente um acaso, eu sinto atração e me sinto feliz perto dela, porém é somente isso. Nada mais!
- Vejamos até quando esse acaso será "nada mais". - Ela suspira. - Olhe, sua mãe está muito cansada, te amo filho. Juízo, não machuque o coração dessa garota.
- Tá bom mãe! Também te amo.
Fiquei tão noiado com a conversa que acebei de ter com minha mãe que nem lembrei de ligar para Byanca. Só me lembro de ter fechado os olhos e acordar com meu celular tocando.
- Alô - respondo com a voz rouca.
- Amor?! - Escuto a voz de Byanca.
- Oi amor, tudo bem ? - Pergunto dando um bocejo.
- Tudo sim, e você ?
- Bem.
- Nossa, quanta animação pra falar comigo. - Byanca suspira irritada.
Nossa, odeio quando me ligam de manhã cedo. Sono é sagrado, é o mesmo que te pedi um pedaço do seu lanche.
- Não amor, é que acebei de acordar. - Apenas digo.
- Desculpe se te acordei. Só estava preocupada, você não ligou para mim.
- Eu sei, é que ontem fiquei tentando fazer algumas rimas. Tô tentando fazer uma música massa.
- Aposto que vai ser um novo sussesso. - Ela rir animada.
Lembro da viajem que vou fazer com o pessoal. Olho para o relógio e vejo que já está na hora de ir me arrumar, na verdade. Nem da tanto tempo!
- Amor - falo - Eu gostaria de falar mais com você, mas preciso resolver umas contas aqui com o pessoal do hotel. Ok ?
- Tudo bem, mas promete que vai ligar para mim ?
- Mas é claro, tô morrendo de saudade de comer você minha linda.
- Ridículo, até parece que é só isso que eu te ofereço de bom.
- Claro que não, mas é o que eu mais amo. Beijos, te amo.
- Também te amo.
Desligo e vou direto pro banheiro, jogo minha roupa no chão e entro debaixo do chuveiro. Não me importando com a água fria que pecorre todo meu corpo. Era tão bom tomar banho, não sei como essas pessoas aqui conseguem viver em meio a tanto calor. Eu durmo e quando acordo estou ensopado.
Não demorei muito no banho, apesar de ser isso o que mais desejava naquele momento. Escovei meus dentes e arrumei uma mochila com algumas peças de roupas e coisas de higiene pessoal. Coloquei meu perfume favorito e um relógio que eu amava. Terminando de checar minhas coisas, vendo que não estava esquecendo nada, mandei uma mensagem para Laís.

Eu: Estou pronto! 7h 15

Laís: Ok... Só estamos esperando a lesa da Ana, daqui a uns vinte minutos passamos aí. 7h 17

Eu: Tá bom, vou aproveitar para resolver umas coisas aqui no hotel. 7h 17

Laís: Tá bom! Estou ansiosa para te vê. 7h 18

Eu: Faça das suas palavras as minhas! 😌❤ 7h 18

Laís: Bjs, já estamos saindo! ❤❤ 7h 19

Eu: Ok, Bjs! 7h 19

Desci até a recepção e fiz o pagamento. Assinei alguns papéis e peguei alguns comprovantes.
Enquanto estava destraido assinando Laís mais o resto do pessoal já estavam a minha espera.
- Ei menino Oliver - escuto a voz de Eliza me chamar.
- Oi Eliza - a comprimento com um aperto de mão.
Mário bate no meu ombro e juntos vamos para fora do hotel.
- E aí, pronto ? - Mário pergunta.
- Nasci pronto parça. - Digo sorrindo de lado.
- Olha ele. - Mário rir.
Ele caminha até uma van preta. Quando entro ela está lotada.
- Ei Oliver - Laís chama meu nome, olho para ele e aceno - Sente-se conosco.
Vou até ela e as outras meninas.
- Oi meninas - as comprimeto.
- Iae coisa fofa - Clarisse reponde.
- Amor da minha vida - Laila pula em mim e me dar um abraço forte.
Retribuo sorrindo para ela.
Sento-me entre Laís e Laila, Clarisse está ao lado de Ana, Mário ao lado de Eliza. Tem mais três rapazes e duas meninas. Um dos rapazes não teriva os olhos de Laís, eu não sei porquê, mas não gostei do jeito como ele olhava para ela. Era como se a desejasse, e isso me encomodava.
Laís por outro lado parecia destraida, como se seu corpo estivesse aqui, mas sua cabeça estivesse em outro lugar. Senti-me curioso para saber o que ela tanto pensava ou o que a encomodava tanto.
A van começou a andar e todos suspiraram de alívio.