Me deixe cuidar de você Gabriel.

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Gabriel Narrando.

Já havia se passado um mês, e por mais incrível que pareça Sarah estava estável, ela estava surpreendendo tudo e todos, todos os dias ela não deixava ninguém visita-la no período das dezoito em diante, pois aí, ela orava sem cessar, sem parar, até cansar e dormir, isso era o que a deixava de pé, depois da finalidade do tratamento haviam nos dado apenas duas semanas e já haviam se passado um mês, ela sorria mais, e até brincava, isso sim era um milagre.

— Biel, estou com sede, pode pegar uma água para mim? — perguntou Juliana. Ela vinha todos os dias, para que? Não sei.

— Tudo bem.  — fui até Sarah e a beijei. — Já venho!

* Juliana Narrando *

Fiquei observando Sarah, como ela podia ser tão falsa, estava aqui bancando a boa samaritana com suas orações, mas eu sabia que quando saísse daqui voltaria para qualquer esquina fazer aquilo que sabe fazer de melhor, se prostituir.

— Que coisa não? — perguntei. Me levantei e fui ao seu encontro. — Você já passou por tanta coisa nesta vida, mas nunca pensou em ser uma atriz?

Ela me olhou, me mediu e demorou para responder. — Não, nunca se passou na minha cabeça, porque?

— Por nada, é que você mente tão bem, é falsa de uma forma tão grande que chega a dar dó!

— O que...— a interrompi.

— Se continuar com essas asinhas para cima do Gabriel eu vou terminar de ferrar a sua vida, sua prostituta nojenta, você não merece o amor que ele pode oferecer, ainda por cima fica com essas histórias de "Eu orei" "Eu jejuei" sabia que Jesus não gosta de mentirosas? — fui chegando mais perto e apertei com todas as minhas forças o seu braço. — Fica longe do GABRIEL!

Sua respiração começou a ficar ofegante e sua pulsação, e seus batimentos cardíacos começaram a subir ela começou a ficar pálida e então na hora pensei em sair, assim ela ia curtir sozinha seu momento de dor.

— Juliana? — perguntou Isabella. — Que surpresa. — ela sorriu. — Está saindo do quarto de Sarah? Como ela está? Estou morrendo de saudades! — ela sorriu mais uma vez. — Espera, não fala, eu vou lá!

— Não! — me espantei. — Ela...

— Isabella! — disse Gabriel. Droga, será que é tão difícil assim deixar uma pessoa morrer?

— Toma, isso é seu. — Gabriel me entregou a água. — Vamos Isa, Sarah deve estar se sentindo sozinha!

Segui até o quarto ao lado deles e quando chegamos lá, Sarah estava desmaiada e todo aquele show se passou novamente.

— EMERGÊNCIA! — Gritou Gabriel.

Os médicos foram correndo até o quarto onde ela se encontrava. Fomos obrigados a sair do quarto.

— Calma Gabriel! — disse já irritada, ele estava andando de um lado para o outro.

— Calma? — ela me olha. — Ela estava bem, estava perfeitamente bem, não à possibilidades disso ter acontecido!

— As vezes, precisamos deixar algumas coisas irem, para que outras melhores apareçam!

— O que, você fez isso? — Isabella se intromete. — Você fez isso?

Gabriel e Isabella me julgavam com o olhar e eu estava em desvantagem, mas não me acanhei.

— Claro que não, estão loucos? — me alterei. — Só disse a verdade!

— Olha aqui sua garota metida a crente, se é assim que quer mostrar Jesus, está mostrando do jeito errado, até eu que sou ex garota de programa sou mais crente que você, se eu descobrir que fez alguma coisa para ela eu...

— Você o que? — a encarei. — Anda ratinha responde, ham?

Ela me encarou e se virou jogando tudo o que estava ao seu redor longe.

— Vai ficar tudo bem! — abracei Gabriel.

— Desculpa Juliana! — ele me empurra e sai andando.

Legal, me trazem nesta merda de hospital para me deixarem sozinha aqui? Ah Jesus me dá paciência.

Depois de alguns minutos sentadas naquela cadeira que já estava quase fazendo parte do meu corpo, Gabriel voltou abraçado com Isabella, em seguida à ajudou se sentar, parecia estar passando mal.

— Vou pegar água para você tudo bem? — diz Gabriel e em seguida se retira.

Me levanto e vou em sua direção.

— Me desculpa tá? — disse chegando perto dele e encostando minha cabeça sobre a coluna da parede. — Eu não fiz aquilo, ela já está morrendo essas coisas acontecem!

— Olha Juliana, porque não vai para casa? Nunca quis estar aqui mesmo, e agora que Sarah está nestas condições é melhor que fiquem ao lado dela pessoas que vão ajudar, de Fé, e que realmente a amam! — ela retira o copo do bebedouro e segue em direção a ratinha novamente.

— Acha que não tenho fé, acha que estou aqui porque? — o julguei com o olhar.

— Precisamos de amor, e de mais Fé! — disse ele ainda calmo.

Ri. — Prefere ficar rodeado de antigas garotas de programa que estão brincando de servir à Deus, enquanto tem uma aqui na sua frente que está sempre na igreja com você?

— Sabe, nem todas que estão em Israel são Israelitas! — ele me olha. — Judas também mostrava fé! — ele virá e continua a andar mas em seguida volta. — Se quiser um táxi eu posso..

— Eu não quero um táxi, quero ficar com você, ficar do seu lado neste momento difícil! — o abracei. — ela vai ficar bem!

— Isabella está passando mal e eu preciso ajudar ela Juliana! — disse ele tentando sair do meu braço.

— Para de me chamar assim por favor Gabriel, por favor, eu preciso mais de você, do que você de mim! — o prendi mais forte em meus braços. — Também está difícil para mim, me preocupo com você, se dói em você dói em mim, não deixe que algo momentâneo, algo que apareceu agora estragar o que já temos!

— E o que temos? Juliana, não temos nada, somos apenas amigos, irmãos, e irmãos por Cristo! — declarou ele.

— Não fala isso, Gabriel por favor, não faz isso comigo! — disse e em seguida esperei minha lágrima rolar por inteiro e deitei minha cabeça sobre seu peito. — Por favor, me abraça, não faz isso comigo.

Nada me dizia que eu iria ter um consolo, Gabriel se prendeu, hesitou, mas enfim me abraçou.

— Me desculpa! — exclamou ele e em seguida me abraçou mais forte. — está tudo desabando, as coisas estão a cada dia piorando, eu não sei o que eu iria fazer se Jesus não me sustentasse assim, eu não tenho forças, eu não...

— Shiu! — coloquei minha mão sobre seus lábios. — Só me abraça, me deixa cuidar de você Gabriel! — disse chegando mais perto dele até sentir sua respiração ofegante e o calor de suas lágrimas. — Eu te amo Gabriel...— em seguida senti meus lábios se encontrarem com o dele e antes que pudesse sentir que ele estava ali, e que aquilo era real, senti um grande impacto sobre o meu peito me levando para longe dele.

— Para que fazer isso? — disse ele furioso. — Não adianta ser assim, não adianta tentar contra minhas forças, ou usar a ausência dela, chega Juliana! — ele se retira.

Uma nova chance.
Me deixe cuidar de você Gabriel.
Carol Machado.

Pessoas lindas, está vindo muitas surpresas por aí, então segurem o coração!!
Me perdoem a falha nas postagens, não estou cumprindo o prometido (1c por dia) mas...irei voltar, e hoje como pedido de desculpa, irei postar mais 2, amo vocês!

OBS: Estão gostando?

Uma Nova Chance.Onde histórias criam vida. Descubra agora