Jesus seu lindo.

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Isabella Narrando.

Com a demora da água de Gabriel, precisei me recompor sozinha, os médicos iam saindo do quarto, isso me acalmou.

"—Toda vez que entro neste quarto, saiu melhor, saiu com forças, mais não é uma força qualquer e sim espiritual!" — Disse um dos enfermeiros depois de sair do quarto sorridente, era isso que Sarah nos passava todos os dias, nem parece que ela está com câncer, que perdeu a filha, que era garota de programa, e nem parece que...Ela não acreditava em Deus.

Era incrível a maneira que ela orava, suas palavras eram tão simples, mais simples que a do dia a dia, aquela Sarah não é a Sarah que conheci, e sim a Sarah que Deus reconheceu.

— Me desculpa a demora! — disse Gabriel vindo com o copo de água e secando suas lágrimas. — Beba!

— O que ela fez? — perguntei, foi em vão, Gabriel me olhava pausado enquanto seus olhos se enchiam de água e então ele me abraçou. — Sabe, eu não sei o porquê estamos aqui, não sei porque me salvou, nos salvou, mas eu sei que é uma pessoa boa, isso sim é um cristão, Cristo vivi em você, mas tem que aprender que nem todos que estão aqui querem seu bem. Nunca fui uma pessoa que os outros tiravam o chapéu para minha fé, mas eu estou aprendendo, aprendendo muito com vocês, você transformou a Sarah, não tem noção de como ela tinha raiva de Deus, sua fé a mudou, e sua fé me fortaleceu! — o abraço de novo.

— Com licença. — Diz a enfermeira com os olhos cheios de lágrimas.

— Sim? — disse Gabriel. — e então?

— Sarah....— ela diz ainda um pouco trêmula.

— Não! — me neguei imediatamente.

— Não, pelo contrário, ela teve uma parada cardíaca, e em seguida outra, e quando pensamos que ela não iria mais conseguir, ela começou à....— ela nos olha assustada. — Ela começou a falar umas coisas estranhas, um língua de outro planeta, uma língua que eu nunca vi, e seu corpo começou a esquentar, e ela não...— ela para e se emociona.

— Fala, por favor, nos de notícia! — disse aflita.

Gabriel soltou um gargalhada e em seguida abraçou a enfermeira. — É isso que a glória de Deus faz com a gente, não tem língua humana que consegui dizer seus milagres sem se emocionar! — ele riu mais ainda.

— Sarah não tem mais câncer no sangue, ela está curada! — sua voz saiu calma, distante, era como se eu não estivesse ali, somente ouvia sua voz, um grande choque veio de encontro a mim, Gabriel me abraçou sorrindo e pulando.

— Mas, a questão dos ossos? — perguntei.

— Infelizmente sim! — disse a enfermeira. — Poucos acham cura!

— Gente, estamos falando de uma menina que tem o coração de Jesus dentro do próprio coração, que tem os olhos de Deus focados nela, o que é osteossarcoma para ele? — disse Gabriel.

Fomos liberados para ver Sarah somente no horário de visita noturno, era quase duas da tarde e ela tinha três horas para responder a uma droga que a derem.

— Vamos tomar um café comigo!

Fomos em direção a uma lanchonete que tinha atrás do hospital e lá ficamos, por um bom tempo, estava com a cabeça tão pesada em relação a Sarah, Juliana, Eu! Parecia que tudo estava fora do lugar.

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