|| Heloísa ||
Já fazia três dias que estava trabalhando na lanchonete, servia mesas anotava os pedidos, limpava desde das mesas até o chão, e o que eu já odiava era ter que limpar os banheiros, era nojento parecia até banheiro de rodoviária, Não sabia como ficava daquele jeito deplorável em apenas algumas horas de funcionamento, sendo que era limpado todos os dias após o expediente. E o pior era que Rubi adorava minhas caras e bocas, ela fazia questão de ficar no banheiro me observando ou melhor me atormentando com a desculpa de queria garantir que eu estava fazendo direito.Também já odiava essa Garota! Estava sendo puxado,uma outra rotina estava demorando um pouco para me acostumar com tanta mudança, mas não me arrependia da minha decisão.
Como a lanchonete ficava uns quinze minutos da minha casa, eu ia almoçar com o meu pai ou o que aconteceu nas últimas duas vezes almoçar sozinha, não me importava mas com tanta solidão assim, já estava me deixando deprimida. Mas hoje, quando chego em casa, me deparo com meu pai cozinhando.
"Conseguiu tempo, no trabalho?!" Falo me sentando na cadeira.
"Sim, Não tenho nenhuma consulta até a tardezinha."
"Que bom. O cheiro está bom."
"É macarrão Com almôndegas."
"Hm, delicioso."
"E como está indo na lanchonete?"
"Bem."
"Cansada?"
"Um pouco."
"Helô, você não acha que tá sendo muito puxado pra você?"
"Puxado, está Pai mas daqui a pouco me acostumo."
"Eu acho que você deveria voltar, a trabalhar na Livraria."
"Não Pai."
"Lá era melhor. E era algo que você gostava."
"Não dá mais pai."
"Voce não pode se prejudicar, por causa de um garoto."
"Não tem mais clima pra mim trabalhar na Livraria da Soraia pai. Não dá."
"Se você fazer um esforcinho quem sabe?"
"Esforcinho? Pai ela deixou eu prestar papel de idiota."
"Ela parece estar arrependida."
"Perai, você falou com ela?"
"Ela me procurou, e me pediu pra tentar conversar com você pra voltar pra Livraria."
"Não!" Me levanto da cadeira rapidamente brava. "Não volto, pra Livraria pai. E não insiste nisso." Saio da cozinha e vou direto pro meu quarto irritada.
Estava irritada não pelo fato de que meu pai queria que eu voltasse a trabalhar na Livraria, me irritava era que Soraia não estava se importando com a nossa amizade, doeu e ainda doia saber que ela nunca se importou e que ela estava vendo apenas o seu lado sobre eu voltar pra Livraria. Eu estava me sentindo usada.Acabo deixando o almoço de lado, e resolvo voltar para Lanchonete o que deixa meu pai descontente, pego qualquer coisa para comer na lanchonete assim que chego. Logo já estou voltando ao trabalho, atendendo as mesas e vez ou outra recebendo provocações de Rubi, o que eu não entendia era porque essa garota estava implicando comigo E eu não tinha feito nada a Ela, não entendia porque desse ódio gratuito.
Depois de algumas horas, o movimento da Lanchonete começou a ficar fraco e consegui um pouco descanso, me sento Em dos bancos do balcão tento organizar as ideias que já estavam confusas por Conta do cansaço. Mas sou interrompida por Jorge que me pede para que eu levasse o lixo pra fora, e que procurasse por Rubi que havia sumido. Reviro meus olhos, discretamente com o seu segundo pedido, agora eu tinha virado babá da Rubi. Pego todos os sacos de lixo e com dificuldade, carrego para o fundo da Lanchonete mas assim que abro a porta me deparo com Rubi e Daniel ao amassos, agora estava explicado porque ela implicava comigo.
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Lembranças da Arena
RomanceLIVRO #1 A vida é cheio de ironias. Cheio de idas e voltas, como falam por ai, o mundo é pequeno afinal. E o destino fez o favor de unir três garotas. Um elo que começou em uma situação inusitada. Heloisa, Sofia e Manu Moram em Girassol, uma...