62

793 87 2
                                    

Nota Inicial.

Estamos rumo aos 10K e pra comemorar estava pensando em fazer uma maratona de capítulos, uns cinco capítulos quando atingirmos essa meta.

É apenas uma idéia, não sei se irei conseguir fazer esses cinco capítulos, por alguns motivos, eu trabalho, tenho tarefas em casa. E preciso de um tempo pra minhas séries né gente kkkk. E agora estou como avaliadora no Concurso Rosas de Diamante então estou completamente sem tempo, preciso me organizar e deixar todo feliz. ❤

°°°°



|| Manuela Costa Brava ||

Eu não tinha visto meu irmão desde quando nos separamos para voltar pra casa, eu havia chegado primeiro e tinha ido dormir depois da uma da manhã e ele não tinha chegado. Quando acordei a primeira coisa que eu fiz, foi verificar se ele estava em seu quarto, eu o encontrei com a mesma roupa do dia anterior, esparramado na cama nem tinha tirado o sapato, ao me aproximar para chama-lo sinto o cheiro de bebida. Ótimo!

Tão cedo ele não iria acordar, e quando acordasse duvidava que iria encarar uma conversa com a nossa mãe, eu não podia esperar mais, não estava nem conseguindo encarar meu pai. Dou uma mexida em André mas ele nem se incomoda vai ficar apagado até depois do almoço.

Assim que saio do quarto, me deparo com a minha mãe ela parecia preocupada. "Aconteceu alguma coisa?" Pergunto, logo depois de fechar a porta do quarto.

"Cadê o seu irmão?"

"Dormindo."

"Ele tá bem?"

"Tá. O que foi mãe?"

"O Júlio veio me dizer que alguém quis passar por cima da porteira, de início ele achou que fosse algum vândalo, até ver o para-choque da caminhonete do seu irmão." Júlio, era o braço direito do meu pai, ele era o segundo que dava ordens na fazenda ele sabia de tudo que se passava por aqui. Tento processar o que minha mãe tinha acabado de me falar.

Claro que estava fazendo sentido, André estava cheirando bebida, deve ter enchido a cara e veio pra casa dirigindo e fazendo merda pelo caminho. Ele era um irresponsável.

"Você tá me falando que o André meteu o carro na porteira?"

"Exato Manuela. Eu quero falar com ele."

"Mãe, ele tá dormindo."

"Vou acorda-lo."

"Melhor não mãe. No estado dele, a última coisa que ele vai querer é um sermão da senhora."

"No estado dele? Ele está machucado?"

"Eu acho que ele bebeu ontem a noite."

"Teu irmão é um irresponsável."

"Eu sei disso mãe. Mas acho que ele não tá sabendo lidar com o que descobrimos." Eu não ia perder a oportunidade de tocar no assunto que vem me irritando. Eu ia ter essa conversa com a minha mãe, sem ele.

Minha mãe me encara sem dizer uma palavra, ficamos em silêncio por um bom tempo, paradas uma de frente pra outra no meio do corredor.

"O André ainda está saindo com a filha do Dr. João?"

"Está. Ela foi comigo encontrar com o André na casa de praia."

"Vamos conversar no escritório do seu pai."

"Tá, claro." Fomos até o escritório em silêncio, ao entrar minha mãe se senta em uma poltrona que ficava no canto do cômodo, e eu apenas fico em pé impaciente.

Lembranças da Arena Onde histórias criam vida. Descubra agora