Lembranças da Arena

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|| Heloísa ||

Eu não podia esconder da Manuela que eu havia ficado com seu irmão, ela estava sendo legal comigo estávamos nos tornando amigas e também não via nada demais em ter ficado com o André, só esperava que Manu também pensasse.

"Eu sabia!" Ela diz

"Você vê algum problema nisso?"

"Eu conheço o meu irmão, e sei que Ele não vale o que come." Sua sinceridade me atinge Em cheio.

"Bom, foi só um beijo, uma única vez."

"Vai por mim, pro meu irmão não vai  ser só uma única vez. Ele vai querer mais."

"Eu não quero mais problemas pra minha vida, e rapazes é um deles."

"Olha, não To querendo ser chata nem nada. Mas eu conheço o meu irmão sei que ele vai dar mancada ele sempre dá, você é uma garota legal que não merece se ferrar mais uma vez. Eu só queria que ele não tivesse ficado com você, assim você não ficaria encantada e tudo estaria evitado."

"Foi só um beijo, não To apaixonada."

"Só toma cuidado, tá legal?!"

"Pode deixar."

"Se ele te magoar, me avisa ok?"

"Eu te aviso. Mas isso não vai acontecer." Digo confiante mas começando a me arrepender de ter ficado com André, se antes mesmo de ter ficado com ele já estava ficando envolvida quem, dirá agora.

"Tomara. Eu vou buscar alguma coisa pra beber, quer também?" Manu me pergunta se levantando da espreguiçadeira.

"Por enquanto não. Eu vou no banheiro já volto." Aviso me levantando também.

"Ta bom, eu vou estar aqui Quando voltar."

"Tá bom." Sigo Em direção a casa. Passo pela cozinha e encontro a escada que levava la Em cima, mas eu tinha esquecido completamente de perguntar pra Manuela aonde ficava o banheiro. Fico encarando a escada indecisa, não sabia se procurava o banheiro por conta ou se voltava até a piscina e perguntava pra Manu onde ficava. "Perdida?" Uma voz masculina soa atrás de mim, me assustando. Me viro e vejo o Sr. Costa Brava não sabia ao certo seu nome mas sabia quem era ele, já tinha o visto algumas vezes na clínica conversando com o meu pai.

"Ah, desculpe. Eu estava procurando pelo banheiro."

"A terceira  porta, a direita." Ele diz gentilmente

"Obrigada."

"Você é filha do João não é?"

"O veterinário? Sim sou eu."

"Você se parece com o seu pai, mas tem muito da sua mãe também." A menção da minha mãe, me atingi em cheio evitava de pensar nela, era doloroso demais.

"O Sr. Chegou a conhecer a minha mãe?" Pergunto, curiosa. Ninguém conhecia a minha mãe ela não  era daqui e a primeira vez que ela veio na cidade pra assistir a um rodeio, conheceu meu pai que na época montava.

"Brevemente. Era uma Linda mulher."

"É ela era." Sorrio com o seu comentário realmente minha mãe era Linda.

"Eu sinto muito, não deveria ter falado sobre ela."

"Tudo bem."

"É impressionante!"

"O Que?"

"Você me lembra muito ela." Ele Me olha impressionado.

"É, talvez. Se o Sr. Me der licença preciso ir ao banheiro."