Lembranças da Arena

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Primeiramente, queria agradecer à vocês minhas lindas leitoras que estão sempre sendo compreensivas e pacientes comigo quando atraso com os capítulos.

Não imaginava que iria ter leitoras tão queridas, adoráveis e tão loucas como eu hahaha. Tive sorte de ter vocês acompanhando essa história. Fico imensamente feliz em saber, que algo que faço encanta vocês, que mesmo sem querer acaba esbarrando com a realidade de vocês. Isso é muito gratificante, pra mim, pra uma singela escritora, como eu.

Vocês não são apenas leitoras, fãs dessa história, se tornaram amigas, uma família. Família Lembranaticas.

❤ Melhor do que vocês não existem. Obrigada a cada uma. 

|| Sofia Ferraz De Sampaio ||

Observo Renato andar de um lado pro outro, ele realmente estava confuso e eu estava perdidinha, respiro fundo e vou até ele, sem saber ao certo o que dizer a ele. "Renato, olha pra mim. Por favor, olha pra mim?" Com uma certa  relutância, Renato me olha. "Você gosta de ficar comigo, não é?" Pergunto delicadamente

"Claro que gosto. Você me Deixa louco, trouxe sensação de paz pra minha vida, coisa que eu não tinha mais em minha vida."

"Então por que, parar?"

"Sabemos que eu ainda sinto algo pela minha ex, e eu não  quero te usar pra esquecer ela."

"Você não vai me usar. Eu vou te ajudar."

"Voce não merece isso."

"Quem tem que achar alguma coisa, sou eu. E se eu não me importo, então porque você tem que se importar? Renato, eu quero te ajudar, eu posso fazer isso. Só que eu não posso fazer isso, se você realmente não quer mais."

"Porque você quer continuar comigo, sendo que eu ainda gosto de outra pessoa?"

"Por que, eu sei que você pode esquecer ela, eu posso fazer você esquecer a sua ex. Eu estou ciente de todos os riscos."

"Eu não posso fazer isso com você."

"Você não pode jogar no lixo a oportunidade de seguir em frente e de ser feliz." Eu coloco as mãos de Renato em minha cintura, deixo nossos rostos próximos.

"Eu gosto quando estamos juntos, dos nossos momentos, gosto dos seus lábios,nos meus. Eu não me sinto confortável em fazer isso, com você."

"Você só precisa tirar da sua cabeça que está me usando, você não tá fazendo isso. Estávamos indo bem, tentando, sem pressa, sem compromisso. Vamos continuar?" Eu estava esperançosa, mas se ele me dissesse que não queria eu não iria mais insistir. Estaria tudo acabado.

Ele me olha nos olhos, bem la no fundo ele estuda todo o meu rosto. Percebo sua respiração longa e profunda. Ele estava se decidindo.

"Eu juro pra você, que irei tentar de verdade esquecer ela. Vou fazer valer a pena cada minuto que você passar comigo, eu só não quero que você me odeie depois."

"Isso quer dizer, que você..." Não consigo terminar minha frase, os lábios de Renato se chocam contra os  meu.

Com certeza isso era um sim! Eu ia fazer ele esquecer aquela vaca, ah eu ia.

Não conseguimos nós desgrudarmos depois disso, não tínhamos voltado para o Pub ficamos ali na rua em um lugar mais reservado do entre e sai do Pub, apenas aproveitando. Eu não fazia ideia de quanto tempo estávamos ali, mas não importava. Estava bom, queria que o tempo parasse neste exato momento.

Ora ou outra dávamos um tempo, para recuperar o fôlego e conversávamos, em um desses momentos Renato acabou avistando meu irmão, eu achei que Conrado estava ali fora atrás de mim, mas ele não estava sozinho tinha um cara com ele, eles não estavam muito longe da gente, mas como estávamos um pouco escondidos Conrado não podia nós ver.

Não conseguia entender o que Conrado e o outro cara estavam conversando, mas parecia que estavam discutindo. Fico em alerta, preocupada, caso a discussão subisse de nível para mais agressivo.

Mas o que acontece em seguida me pega desprevinida, eu não esperava, não imaginava, era loucura.

Eu simplesmente não conseguia acreditar no que eu estava vendo; meu irmão, Conrado, havia beijado o cara, ele estava beijando outro rapaz.

Eu estava boquiaberta.

Desacreditada!

Como eu, Renato também estava observando tudo e  ele parecia tão surpreso quanto eu. Mas ele teve mais coragem em perguntar em voz alta, o que eu não conseguia nem dizer em pensamentos.

"Teu irmão é gay?" Renato me olha, e eu apenas dou de ombros. Volto a olhar a cena, meu irmão e o outro  cara continuavam se beijando, mas logo eles se afastam quando ouvem um grupo de pessoas saindo do Pub.

"Meu irmão é gay?!" Pergunto mais pra mim mesma do que pra mais alguém, mas Renato havia escutado.

"É, parece que teu irmão é gay, ou talvez pode ser Bissexual. Não é assim que eles falam quando saiam tanto com homens quanto com mulheres?"

"Eu não fazia ideia disso." Olho para Renato, perdida.

Desde quando meu irmão era gay, ou talvez bissexual? Quando que ele ia contar isso. Minha cabeça estava começando a dar um nó.

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