Lembranças da Arena

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|| Sofia Ferraz De Sampaio ||

Fiquei feliz com a atitudes das meninas, de sairmos para bebermos mas não estava no clima, a cada dia estava sendo difícil ter que lidar com a minha mãe, e agora pra completar tinha a minha adorada irmã para ficar ao lado da nossa mãe para me infernizar com a mesma história. Eu tinha que parar de ser teimosa e começar a ouvir minha mãe.

Eu estava cheia disso tudo, confusa insegura eu estava precisando de apoio e não de pessoas, da minha família me dizendo que nada ia dar certo, desmerecendo um trabalho honesto. Era terrível ver meu pai querer me ajudar, fazer algo por mim, mas simplesmente não fazia.

Desde que tinha chegado meu irmão estava calado pensativo sempre chegava bem depois de mim em casa, e saia bem antes de mim pela manhã, não tinha conseguido conversar com ele direito, eu sabia que tinha algo de errado entre sua relação com a mamãe, ela nem tocava no nome dele, parecia que ele nem existia pra ela.

Tudo estava muito estranho.

Estava deitada na minha cama, tentando criar coragem para começar a me arrumar, na verdade eu ja estava arrumada só precisava fazer uma make, mas a minha coragem e o meu ânimo não estava ajudando muito nessa missão.

Vejo meu irmão parado no batente da porta do meu quarto me olhando, ele cruza os braços sobre o peito e sorri pra mim. "Como vai a minha irmãzinha preferida?"

"Com saudades de conversar com o meu irmão."

"Vai sair?" Ele adentra no quarto, e se acomoda em minha cama junto comigo.

"Vou no Pub na cidade com as meninas. Quer ir? Prometo que você vai se divertir. Mas vou logo avisando que as garotas estão comprometidas, pelo menos a Manuela. A Heloísa está em momento meio frágil."

"Eu não vou dar em cima da suas amigas, fica tranquila."

"Não? Já tem namorada, por acaso?"

"Não tenho. Não estou em um momento pra namoros."

"E por que Não? Você deve estar arrasando corações por São Paulo."

"Tenho outras coisas pra me preocupar."

"Namorar faz parte da vida também."

"Você não ia sair? Tem que se arrumar."

"Sim, você vai?"

"To precisando sair um pouco. To te esperando lá fora." Ele deixa um beijo em minha testa e se levanta da cama.

"Conrado?" Eu o chamo, ele para e se vira para poder me olhar.

"Sim?"

"Você acha que estou agindo errado?" Eu pergunto, sobre minha decisão de enfrentar nossa mãe.

"Você ta fazendo isso, por que você quer realizar seus sonhos, seus objetivos, não é?"

"É."

"Então Sim, você está fazendo a coisa certa. Você ta tendo a coragem que eu queria ter, e eu te admiro muito por isso. Sofia pode contar comigo pra qualquer coisa. Sempre."

"Obrigada. É bom saber disso."

•••

Quando chegamos no Pub, encontrei Renato sozinho em uma mesa, as meninas tinham indo logo até o bar pegar alguma bebida, Me aproximo da Mesa com Conrado, ao me ver Renato sorri mais logo fecha a cara ao ver que eu não estava Sozinha,mas não entendo sua reação.

"Que cara é essa Renato?"

"Ele é quem?"

"Ele?" Aponto para meu irmão, Renato apenas confirma com um aceno. "É meu irmão, Conrado. Conrado esse é Renato, um amigo." Eu os apresento, meu irmão estende a mão em direção a Renato que logo retribui o gesto.