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Ao sair da sala, olhei á minha volta, até meio chateado com aquela raparigazita que parece achar-se muito. Segue-me, diz ela. Está bem que ela é a vice-presidente do Clube de Ajuda, mas podia ao menos ter um pouco mais de consideração pelas pessoas.
Afinal, eu só estava a ler um bom livro. Que mal há nisso? E vou ter de ir com ela onde?
Espero bem que não seja um bar qualquer sujo no meio da cidade.
Vi-a a passar a esquina no corredor á minha direita, e dei corrida na perseguição da saia dela.
Nunca me imaginei a correr atrás de uma rapariga, é tão estranho. Ainda por cima uma rapariga com quem eu nunca poderia ter uma relação romântica, espectáculo.
Cheguei ao pé dela e apanhei o seu ritmo, caminhando bem no seu encalce.
"Então, onde vamos?" Perguntei, tentando parecer interessado.
A Sly quase que virou a cara para mim, mas pareceu decidir ignorar-me e continuou em silêncio.
"Podias responder."
Nada. Ela não disse nada.
Abanei a cabeça. Ela é que sabe. É a vice-presidente, não é verdade? Eu sou só um membro do clube.
Saímos da escola e viemos subir as escadas de um prédio. Parámos á frente de uma porta. A porta 23. Ummm.....não, ainda não faço a mínima do porquê de virmos aqui.
A Sly tentou chegar á campainha, mas não conseguiu. Esticou o braço, mas nem assim chegou á campainha, que ficava a uns bons 1 metro e 80 do chão. Estava ainda acima da minha altura. Isso não é normal, quem é que decidiu por uma campainha tão alto?
Porém, ver a Sly a tentar chegar lá era bem interessante. Ela esticava-se, saltava, esperneava, mas não havia maneira de chegar á campainha. Ri-me um pouco. Será que ela ainda não chegou á puberdade, ou é pequena por natureza?
"Precisas de ajuda?" Eu perguntei, aproximando-me dela. A Sly virou-se para trás, e olhou-me nos olhos, mais uma vez mexendo levemente o queixo, como se a responder.
Podias falar, sabes? Não percebo...
Levantei o braço acima dela e toquei á campainha. O som soou pelo apartamento. "Vês, Sly. Não é assim tão difícil."
Ouvi um barulho vindo de baixo de mim. A Sly estava a tentar rosnar-me. Abanei a cabeça. Tão querida. Quase. Quase.
Virando-se para mim e encontrando o meu olhar, a Sly falou, numa voz baixa. "Não digas nada. Ele é meu."
O quê? Bem, não me importa. Eu só a segui, nem quero saber. "Faz o que quiseres, vice-presidente."
A porta abriu-se. De lá de dentro veio um rapaz. Parecia ser da minha idade, mas havia algo nele que era diferente. Não estou a falar do facto de ele parecer ser um pouco mais forte que o normal, ou de ter um pouco de queijo derretido a descer-lhe pela bochecha.
Uhhh....bem....isto sim é um personagem.
Ele olhou para mim, e coçou a barriga. "Que foi?" Ele disse, dirigindo-se a mim, como se eu tivesse alguma coisa a ver com ele.
Eu pisquei os olhos. Pisquei outra vez. Não disse nada.
A Sly, que estava abaixo de mim, á minha frente, foi a que falou. "Uhm...eu estou aqui."
O rapaz focou os olhos na minha barriga, local onde, no mesmo nível, estava a Sly. A pequena vice-presidente. Levou a mão á cabeça, coçando-a. "Ah, Sly. Desculpa, não te vi."
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Os Deuses Da Comédia Romântica
فكاهةLars, um adolescente, odeia ser adolescente. Faz parte de uma turma onde ele é invisivel, e por isso, ele usa esse poder para observar e julgar os "idiotas" a que ele chama adolescentes. Os vicios, hábitos, e maneiras de viver, falar...