Epílogo: Os Deuses Da Comédia Romântica
-Junho do ano seguinte-
Numa praia, o sol raiava e caía sobre todos os bons passantes que se caminhavam por entre as areias.
Deitado num espaldar, vestido apenas de uns calções, um rapaz de óculos de sol bebia o que parecia ser um Ice Tea num copo de whisky...
Sorria.
Aquela era a vida boa. A vida longe de Lamego, longe daquela escola cheia de doidos, e longe da normalidade que o assustava.
Ainda bem que Luna lhe havia dito para virem passar uma semana a Malibu, California. Esta tinha sido a melhor semana da vida de Lars.
O seu pai, Jen, não lhe queria dar permissão para ir para tão longe, mas com a ajuda da dona da família, a mãe de Lars, Ciel, o pai lá deu permissão para irem passar uma semana do verão a Malibu Beach.
E estava a ser o melhor tempo da vida dele.
Já passaram três dias desde que eles chegaram a Malibu, e Lars nem sabia por onde começar.
Olhou o céu, e fitou o sol, ajudado pelo negro dos óculos.
"Meu..." Ele disse, para ninguém.
Ele nunca pensaria que Luna fosse tão doida na cama. Ou no sofá. Ou na mesa. Ou contra a parede.
Ela adorava controlar, e até já tinha feito algumas brincadeiras sadomasoquistas com Lars.
Quem pensaria, ao olhar para a cara linda e inocente de Luna, que ela seria assim?
Lars conhecia-a bem, e nem ele estava á espera de tal desenvolvimento.
Devido ás brincadeiras, o corpo dele estava um pouco dorido, mas ele ainda se safava bem. Havia que satisfazer a senhora, não é verdade?
Falando de senhora, a Luna saiu da água do mar elegantemente, abanando o seu cabelo longo e negro, compondo-o para trás da orelha, e sorrindo ao encontrar os seus olhos com Lars. Um sorriso deveras mais adulto. E excitante.
Ela parecia mais adulta agora, com mais curvas, e um corpo mais definido, ou isso seria apenas impressão dele, que agora notava mais as curvas da rapariga mulher que o acompanhava desde que ele era novo.
Luna secou um pouco o seu corpo quando chegou ao pé dele, e notando olhar esfomeado de Lars, decidiu meter-se com o pobre excitado.
"Gostas do que vês?"
Lars embaraçou-se. "Bem, sim. Quer dizer, tu és linda..."
Luna sorriu. "Eheh- tão querido que tu és, Lars." Inclinando-se para ele no espaldar, beijou-o. "O meu querido."
Deitou-se com ele no espaldar, por entre as pernas do rapaz homem que ela amava.
Lars abraçou-a pela zona da barriga, pondo o nariz sobre o pescoço dela. Ai o quanto ele amava aquele pescoço...
O hotel onde eles pernoitavam ficava bem perto da praia, por isso os dois praticamente passavam os dias na areia, e as noites no quarto de hotel.
Dormiam era pouco.
Quando os dois estavam quase a adormecer nos braços um do outro, foram aproximados por um empregado do hotel.
Lars não era muito bom a falar inglês, por isso quem comunicava com o staff do hotel era maioritariamente Luna, que sempre foi boa em línguas. Lars era bom com a língua, mas era em outras coisas, ou pelo menos isso era o que Luna lhe dizia.
O homem trazia um telefone na mão, e depois de fazer uma vénia, falou em inglês. "M'lady, you have a phone call."
Luna questionou-se. Quem poderia ser?
"Who is it?" Ela perguntou.
"It's someone called Andre, I believe."
André, huh? Bem, era para o Lars, não para ela.
"Give me the cellphone." Luna disse.
"Yes mam." O empregado respondeu, e ofereceu-lhe o telemóvel.
Luna pôs o telemóvel ao ouvido enquanto o empregado deu o seu adeus, e voltou para o hotel.
"Quem é?" Perguntou Lars. Luna não lhe respondeu e falou para o telefone.
"André, és tu?"
Do outro lado, André, ainda em Lamego, questionava-se de como estavam Lars e Luna.
"Sim. Passa ao Lars."
"Não." Respondeu Luna rapidamente.
"Luna, passa ao Lars."
"Não. O Lars não quer falar para ti."
Lars ouviu aquilo e puxou Luna para perto de si, colando os seus corpos. Beijou-lhe o pescoço.
André pensou ter ouvido o som de alguém a beijar algo.
"Luna! Esse som era o Lars, não era!?"
"Não sei do que- ah!" Lars trincou o pescoço de Luna, fazendo-a gritar.
"Desliga o telefone, Luna..." Lars disse-lhe.
"Luna! Esse É o Lars! Passa-lhe o telefone!"
"Desculpa, não posso-ah!" Lars trincou-a de novo, desta vez com mais força.
"Para de gritar, eu não vos quero ouvir a fazer isso!"
"Passa bem, André."
"ESPERA! NÃO DESLIGUES!!" Luna sorriu.
E desligou o telefone.
Deitada no espaldar, Luna pousou o telefone na mesa de praia que estava ali mesmo ao lado, e focou-se nos dentes de Lars, que a mordiscavam como ela tanto gostava.
"Era o André, não era?"
Ela sorriu. "Sim, aquele idiota pensa que pode destruir as nossas férias."
"É mesmo burro." Lars trincou-a de novo, e pensou que talvez pudesse ser ele a tomar comando desta vez, quando voltassem ao quarto.
Isto até Luna o parar, virando-se para ele no espaldar, e agarrando-lhe os punhos.
"Luna..." Lars amuou. Ela forçava-o tanto.
Luna sorriu. "Meu menino mal comportado. Quem te mandou trincares-me quando eu estava a meio da conversa com o André."
"Mas-" Luna lambeu-lhe a bochecha.
"Nem mas, nem meio mas, hoje vais precisar que eu te ensine boas maneiras."
Lars olhou o céu, mas Luna rapidamente lhe tirou os óculos de sol, pondo-os ela própria.
Virou-se outra vez de costas para ele, esperando os braços dele, que chegaram pouco depois, envolvendo-a.
"Sabes, Lars, sinto-me uma deusa quando estou contigo."
Ele sorriu. "Tu és a minha deusa."
Luna aconchegou-se no corpo que era dela. "E tu és o meu deus."
A praia de Malibu era linda, e o calor do verão emanava por tudo o que era sítio. Deitados num espaldar, dois deuses amavam-se abraçados.
Lars olhou o céu de novo.
Sorriu.
Ele até que nem se importava de ficar por baixo.
---FIM DO EPÍLOGO---
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Os Deuses Da Comédia Romântica
HumorLars, um adolescente, odeia ser adolescente. Faz parte de uma turma onde ele é invisivel, e por isso, ele usa esse poder para observar e julgar os "idiotas" a que ele chama adolescentes. Os vicios, hábitos, e maneiras de viver, falar...