Bônus Especial de Natal

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Haha, como prometido vocês terão o bônus de Natao, já aproveitando desejo um Feliz Natal e um Próspero Ano novo para todos vocês coisas lindas!

  Me concentro em meu break fast enquanto observo a figura esbelta andar pelas ruas de Nova York, talvez as notícias recentes não tenham sido muito boas para ela, vejo que a mesma se encontra com a metade do peso que tinha antes. 
  Sua melancolia é tão grande que me sinto confusa com meus sentimentos, eu não sei decifrar tudo isso. De todas as vezes em que a observava de longe sempre tive sentimentos tão diferentes dos que sinto hoje, talvez por vê-la desse jeito ou por simplesmente não poder ficar perto dela e a confortar nos braços. Confesso que meu peito arde um pouco com toda essa situação complicada na qual ela se encontra, mas ao longo do tempo fui ensinada a ser fria quanto à nossa relação, sempre na distância das possibilidades. Possibilidade de um dia ela saber que eu exista e que a espionei por todos estes longos anos.
  A garota à minha frente nem se quer sabe de minha existência, sempre muito alheia à minha presença para notar qualquer coisa. Para simplesmente notar que nos vemos pelo menos duas vezes por semana, por 17 anos. Isso dói, por apenas saber dessas coisas.
  Vejo ela entrar em um restaurante e decido ficar no banco de frente ao mesmo, na esperança de que quando ela sair, me veja. Mas isso não acontece, claro, depois de muito tempo de espera observando sua estranha relação com um moço bonito.
Mais uma vez ignorada, mais uma vez, ela foi alheia à mim, à minha inútil existência em sua vida.
Haha, e você queria o que? Uma ceninha de novela mexicana? Ou algo assim:
-Nossa moça, você se parece tanto comigo!
Se liga Kathe, ela jamais saberá de você, fique feliz por isso.
  E mais uma vez, minha grande amiga e amada consciência me traz de volta para a realidade, e eu sei, lá no fundo eu sei que é verdade.
  Me pergunto se Melanie também tem disso, dessas coisas de consciência e tal, ou não, por que teria?
  Assim, sigo o meu caminho, com a melancolia ou a culpa, tropeçando nos meus próprios erros, dores e algumas vezes nos pés das pessoas.

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