Tantos dias se passaram, eu não contei. O estado dela piorou e olhar para ela na maca, no quarto de UTI do Hospital De Especialidade e Tratamento de New York. Uma única notícia pôde me deixar feliz nas últimas semanas: conseguiram um médico capaz de trazer a Melanie de volta pra mim.
Descobri depois de algum tempo que se eu demorasse um pouco mais, um sério traumatismo craniano poderia ter seifado a vida dela. Ela precisa de doações de sangue, pra reposição diária. O que não acontece. Sua tipagem sanguínea não ajuda, seus parentes mais próximos e compatíveis estão mortos e mais ninguém da família é compatível, não que eles se esforçassem para que alguma doação fosse concluída.
Melanie já perdeu 8 quilos, está magra como um vareto e respira por meio de aparelhos. Eu a visito e dou forças pra ela continuar a viver, mesmo que ela não tenha muitos motivos para isso. Ouvi dizer que um paciente em coma é capaz de ouvir e sentir tudo, é apenas um sono profundo.
Eu tento não chorar perto dela, para transmitir alguma calma e tranquilidade, mas adimito não acreditar muito nessa teoria de que eles ouçam algo. Mas eu tento.
Eu não sei o que acontece, os médicos não dão detalhes sobre seu estado de saúde, mas ouvi uma enfermeira dizer algo sobre anomalias no sangue dela, algo como não identificado, ou raro, os exames não têm resultados precisos e assim, eles não identificam o que é. Isso me assusta, pois se ela precisar da genética, essa vai lhe trair cegamente.
O novo médico chega amanhã, eu pensei ser cedo e ótimo, mas percebi ser tarde, pois agora, estou aflito na sala de espera, buscando notícias dela, tentando saber se a cirurgia deu certo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Celeste
Teen FictionE se a vida lhe apunhalar por todas as direções? E se ela lhe derrubar e te machucar ao ponto de você não se levantar? Essas foram as 2 perguntas que me fiz durante algum tempo, até eu mesma sofrer as apunhaladas e me machucar. Talvez o empurrã...