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O Sr. Weasley nos acordou após algumas horas de sono. Usou magia para fechar e dobrar as barracas, e deixamos o acampamento o mais depressa que nossas pernas permitiam.

Ouvimos vozes ansiosas quando nos aproximamos do lugar onde estava Chave de Portal e, ao chegarmos, encontramos numerosos bruxos e bruxas reunidos em torno de Basílio,
o guardador das Chaves de Portais, todos exigindo aos gritos, partir do acampamento o mais rápido possível.

O Sr. Weasley teve uma discussão com Basílio; Entretanto, no final, conseguimos pegar a fila e tomar um velho pneu de volta ao monte Stoatshead antes do sol realmente nascer.

Voltamos caminhando por dentro de Ottery St. Catchpole, em direção à Toca, à claridade do amanhecer, falando muito pouco porque acredito que todos nós estávamos demasiado exaustos e ansiosos pelo café da manhã que ainda não tínhamos tomado.

De vez em quando, o ronco do estômago de Darkian em harmonia com o de Rony dos faziam ter pequenos sobressaltos.

Ao virarmos para a estrada da casa e avistarmos A Toca, um grito ecoou.

- Ah, graças a Deus, graças a Deus! - Exclamou Molly ao longe; ela veio correndo ao nosso encontro, ainda usando chinelos, o rosto pálido e tenso, um exemplar amassado do Profeta Diário amarrotado na mão.

Após algumas lágrimas, abraços e um perdão dado de maneira totalmente graituita aos gêmeos, finalmente nos vimos todos apertados na pequena cozinha e eu já havia preparado uma xícara de chá forte (com uma dose de Uísque acrescentada pelo Sr. Weasley) para a senhora Weasley, enquanto Fred me ajudava a fazer o café.

- Eu sabia. - Disse o Sr. Weasley, após ler o jornal. Ele parecia deprimido. - Ministério erra... responsáveis livres... segurança ineficaz... bruxos das trevas correm desenfreados... desgraça nacional... Quem escreveu isso? Ah... só podia ser... Rita Skeeter.

- Essa mulher vive implicando com o Ministério da Magia! - Reclamou Percy, parecendo furioso. Eu e Gui trocamos um olhar. - Semana passada ela disse que estávamos perdendo tempo discutindo a espessura dos caldeirões, quando devíamos estar acabando com os vampiros! Como se isso não estivesse explícito no parágrafo doze das Diretrizes para o Tratamento dos Semi-Humanos Não Bruxos...

- Faz um favor à gente, Percy. - Gui soltou um bocejo. - Cala a boca.

No mesmo momento, ele ergueu a mão, me convidando à um hi-five.

Após reler a noticia, Arthur soltou um profundo suspiro. Ele anunciou, desgostoso, em seguida:

- Molly, vou ter que ir ao escritório, isso vai dar um certo trabalho para consertar.

- Eu vou com você, pai. - Percy fez questão de anunciar, cheio de importância. A vergonha lhe era atraente demais. - O Sr. Crouch vai precisar de toda a tripulação a bordo. E aproveito para entregar a ele o meu relatório sobre os caldeirões, pessoalmente.

O rapaz saiu apressado da cozinha.

- Nhé, nhé, nhé, caldeirões... Nhé, nhé, nhé, Senhor Crouch... - Murmurei, alto o bastante para obter algumas risadinhas em resposta.

- Bem, eu vou dormir. - Anunciou Gui, se retirando da mesa.

Os demais, se puseram a tomar o café da manhã, mas com um estranho sumiço do trio, o qual me deixou com uma pulga atrás da orelha.

O que Harry não estaria me contando?

Após passado o café, após ter guardado minhas coisas no quarto de Gina e reconferido a hibernação de Darkian - às vezes eu achava que o pequeno hamster estava morto - decidi fazer um tempo no quintal. Afinal, eu precisava pensar. Pensar demais.

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora