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- VENCE A IRLANDA! - Gritou Bagman, que, como os torcedores irlandeses, parecia estar espantado com o inesperado desfecho da partida. - KRUM CAPTURA O POMO... MAS VENCE A IRLANDA... Deus do céu, acho que nenhum de nós esperava uma coisa dessas!

- Vocês são uns rabudos mesmo, não é? - Rolei os olhos, dando um tapinha no tronco de Frederick.

Ele sorriu, me beijando por trás.

- Próxima saída para Hogsmeade, na minha conta.

- Para que foi que ele agarrou o pomo? - Berrou Rony, ao mesmo tempo que continuava a pular, aplaudindo com as mãos no alto. - Ele encerrou a partida quando a Irlanda estava cento e sessenta pontos à frente, o idiota!

- O nome é estratégia, Roniquinho. - Respondi aos gritos, ao mesmo tempo em que Fred lhe dava um peteleco.

- Ele sabia que o time não ia conseguir se recuperar. - Completou Harry, tentando se sobrepor ao vibrar dos espectadores. - Os artilheiros irlandeses eram bons demais... Ele queria encerrar a partida nos termos dele, foi só...

- Ele foi valente, não foi? - Comentou Hermione esticando-se à frente para ver Krum pousar. - Ele está pavoroso...

Ergui as sobrancelhas, trocando um rápido olhar com Gina.

Ora, ora Granger.

Frederick apertou minha cintura e apontou para a confusão que se formava no gramado.

Eu tentava observar algo, mas os leprechauns sobrevoavam o campo em tal velocidade, que eu não conseguia diferenciar os jogadores, da grama e dos duendezinhos.

Mas pude ver um pouco mais adiante no campo, os jogadores irlandeses que dançavam felizes sob a chuva de ouro que seus mascotes faziam cair.
As bandeiras verdes se agitavam por todo o estádio, e o hino nacional irlandês tocava altíssimo por todo lado.

- Vamos ali? - Sugeriu Frederick, tendo que falar um pouco mais alto do que esperava.

George e Hermione nos olharam. Pelo visto, tinham ouvido.

- Desapareçam logo. - George abraçou a garota pelos ombros. O tom que se seguiu foi ligeiramente ameaçador. - Nossa querida Mione não vai dedurar, não é?

[...]

- Eu poderia ficar a noite inteira aqui com você. - Fred voltou a me beijar, me pressionando contra uma das árvores.

Estávamos um pouco distantes do acampamento e tínhamos prometido a nós mesmos:

Apenas alguns minutos.

Mas é claro que nenhum de nós dois se importou com o tempo. Afinal, como eu me concentraria em qualquer outra coisa além do garoto que punha seus lábios contra os meus?

Nós nos afastamos um pouco, procurando por ar. E, saindo um pouco de minha bolha, pude ouvir os sons ao meu redor. Um rádio - o do trouxa do portão de entrada - que tocava uma música a qual eu conhecia bem. Aliás, ela não saíra das rádios desde seu lançamento.

Era aquela música chiclete, um sucesso que nunca se perde.

- The way you make me feel... - Até tentei, mas o riso saiu mesmo assim. - É, é propício. - Constatei, olhando para Fred.

- O quê? - Indagou ele, franzindo a testa.

- A música. - Apontei, já me mexendo um pouco. A batida era tão boa, que me fazia querer pular por aí.

Ele riu, me assistindo dançar.

- Do que você tá rindo? - Questionei, me aproximando dele novamente. - Essa música basicamente descreve o que eu sinto por você.

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora