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Corri até o quarto dos gêmeos e assim que entrei, encontrei Frederick lendo um de seus livros.
O garoto pausou a atividade para me observar.

- Que foi, amor?

Provavelmente minha expressão denunciava a animação na qual eu me encontrava.

- Eu vi. - Exclamei, ainda apoiada na porta.

- Viu o quê? - Fred balançou a cabeça, sem entender.

Libertei meus gritinhos de excitação, os quais tinham me acompanhado por todo o caminho até o dormitório de Frederick.
O ruivo estranhou ainda mais, tombando dramaticamente a cabeça para me observar.

- Devo assumir que isso significa...?

- Eu vi a sua irmã no jardim, dando uma cartinha de amor para Luna Lovegood da Corvinal! - Admito que, naquele momento, abusei do drama e do exagero. Mas, apesar disso, Frederick não se mostrou lá muito surpreso.

O garoto ajeitou o livro em sua cômoda e me estendeu a mão, convidando-me para sentar junto à ele.

Rolei os olhos, me arrastando até a cama.

- Você poderia ao menos fingir estar surpreso. - Me sentei, encarando-o com displicência. Ele riu, me puxando para aconchegar-me a ele. - Qual é, foi uma descoberta muito importante para minha evolução pessoal.

- Descobrir que minha irmãzinha prefere beijar garotas de vez em quando? - Ele fingiu desconfiança. - Tem algo para me contar, Potter?

Usei da brecha em sua pequena brincadeira para lhe contar algo que eu queria revelar há tempos.

- Tenho. - Fred deixou a pose brincalhona, olhando-me aturdido. Gargalhei, negando com a cabeça. - Nossa, você é inacreditável. Não é nada demais! Só queria te contar sobre o banho que acompanhei no banheiro dos monitores e...

- Você foi tomar banho com um cara no banheiro dos monitores?!

- Não! Você... Olha, Cedrico disse a...

- Com o Cedrico?! - Exclamou ele, um pouco alto demais. - Você me traiu com Cedrico?

Tive de lhe transferir um tapa na nuca. Qual é, ele não me deixava falar!

Frederick se mostrou indignado com a atitude, mas se calou.

- Harry e eu fomos desvendar a segunda pista do Torneio Tribruxo, seu mané! - O ruivo franziu o cenho. Um grande ponto de interrogação estava para aparecer em sua testa. Suspirei. - Aquele grito do ovo, na verdade era a linguagem dos sereianos. Por isso tivemos que ir até o banheiro dos monitores, para abrir debaixo d'água.

Assistir sua expressão mudar aos poucos, me fez gargalhar.

- Então você não está me traindo com Cedrico no banheiro dos monitores? - Gideon sorriu torto, zombando de mim. Sua intenção claramente era me ver irritada.

- Eu vou perder a minha paciência com você, Weasley.

- Ah, tão cedo? - Ele beijou minha bochecha. Apesar de me encontrar levemente irritada, foi inevitável soltar uma risadinha.- Estava pretendendo te atiçar mais um pouquinho.

Rolei os olhos para ele, mas não pude deixar de sorrir.

- Tá. Talvez eu consiga segurar meu estresse só mais um pouquinho.

- Para a minha diversão?

- Para não te jogar pela janela.

...

- Você o quê, Harry James Potter? - Esbravejei, quase que rosnando. Queria socar a cara de Harry até que seus olhos se tornassem castanhos. - Você o quê?

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora