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- Fred! - Gritei, rindo um pouco. O garoto olhou para mim com a testa franzida. - Pensa rápido!

Em seguida, lancei nele uma bola de neve com toda a minha força. Ele gritou, protestando.

- Ah! Então vai ser assim? - Ele já preparava uma bola de neve. Soltei uma exclamação em tonalidade desafiadora.

Não o respondi, apenas atirei-lhe outra bola.

Ele riu e assim começamos uma guerra.

Havia uma clima de Natal no ar.

Flitwick, o professor de Feitiços, já tinha enfeitado sua sala com o que eu achava serem pisca-piscas, mas que na verdade eram fadinhas voadoras de verdade; a maioria dos meus colegas discutia os planos do Natal e a neve já caía.

E, para a alegria de todos, exceto talvez a do meu irmão, aquele final de semana (O último do trimestre, graças a Deus) iríamos para Hogsmead.

- Tá, eu desisto! - Gritou Frederick, alguns minutos depois. Ele correu até mim. - Você sabe que eu odeio com toda a minha força esse clima. Se eu pudesse ir para o Egito agora, eu iria.

O abracei de lado.

- E me deixaria aqui? - Me fingi de ofendida.

Frederick virou a cabeça para mim e sorriu, beijando minha bochecha.

- É óbvio que não! - Disse ele. O garoto me apertou ao seu corpo, quando uma rajada de vento nos atingiu em cheio. - Você viria junto. Nós dois, andando pela areia, vendo as pirâmides, relaxando num oásis! - Ele fez uma pausa para suspirar, imaginando a suposta viagem; apenas ri. - Isso seria meu sonho ideal.

Dei de ombros.

- Desde que eu esteja entre pessoas que gostem de mim de verdade, vou estar feliz. - Respondi. - Aliás, vai ser o primeiro Natal que passo longe dos Dursley; vai ser incrível de qualquer modo.

- Ou seja, o primeiro Natal que você passa com o amor da sua vida.

- E quem supostamente seria o amor da minha vida? - Questionei, olhando para os lados, como se procurasse algo. - Não estou vendo...

- Você está cega, mulher? Não consegue ver o que está, literalmente, do seu lado?

Comecei a rir.

- Ah, então você é o amor da minha vida?

- Olha Potter, eu não vou nem me dar ao trabalho de reafirmar.

Conversando e quase nos fundindo um ao outro por conta do frio, Frederick e eu fomos até a fila, para sermos dispensados e seguirmos para o Vilarejo.

Não demorou muito para que George se juntasse a nós. Já na fila, ele veio ao nosso encontro.

- Gerorge! - Brinquei, assim que ele se aproximou.

- Às vezes eu realmente acho que ela ama mais você do que eu. - Frederick comentou, enquanto eu pulava para abraçar George.

O garoto me abraçou de volta, cobrindo meus olhos com a touca em seguida.

Eu lhe mostrei o dedo médio, arrumando a touca.

- É nítido que ela me ama mais do que a você.

Já liberados, começamos a caminhada para o Vilarejo. Os dois ainda discutiam.

- Ela beija você? Te dá livre acesso ao dormitório dela? Te encontra no meio da noite? Ela já dormiu do seu lado? Ela já deixou você mexer na coleção de HQ's dela? - Perguntou Fred, me olhando com um sorriso de lado. - Porque a mim, sim.

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora