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Frederick subiu as mãos por dentro de minha camiseta.

Arfei, com meus músculos se contraindo um pouco.
Em resposta, ele riu, avançando em meus lábios.

Não queria dar a ele a sensação de me controlar apenas com um gesto, mas... Ora, um toque mais assanhado e já estava para me derreter, por todos os lugares.
E gostava de estar assim.

Ah, mas se ele soubesse o quanto me faziam bem aqueles pequenos toques mais travessos... Como me estremeciam lugares até então inexplorados por mim, como me deixavam levemente inebriada, me faziam momentaneamente perder o pudor...
Frederick facilmente me arrancaria um "sim" para qualquer coisa que me pedisse, em momentos como aquele.

Finalmente tínhamos conseguido o que havia de mais complicado naquela vida de estudar em internatos:

Privacidade e tempo.

- Preciso agradecer todos os dias pela existência dessa casa. - Disse, ofegante, entre um beijo e outro. Não segurei o riso diante de seu lembrete exagerado. - Ah, você está rindo do quê? Vem cá!

Me agarrando estreitamente, Frederick me prendeu acima dele, segurando em meu quadril. Parou, observando, enquanto eu desabotoava os botões de sua camisa.

E disse, suspirando de modo cômico:

- Melissa Potter em cima de mim. Uau, isso é muito utópico.

- Cala a boca! - Lhe bati levemente no rosto; em resposta, ele me deu um olhar carregado de malícia. Suas risadas se misturaram às minhas. - Argh, como você é idiota.

- E como você é gostosa. - Caí em seu tronco, gargalhando. Fred acariciou meu cabelo e escorregou a mão até meu queixo, erguendo-o, para que eu o observasse. Fingiu chateação. - E também muito chata, meu Deus você consegue parar de rir um pouco?

- N-Não! - Eu ainda ria quando ele rolou, invertendo nossas posições.

- Muito bem, então. - Com uma das mãos, Frederick afagou vagarosamente minhas coxas expostas, apertando-as levemente. Cortei meu riso com o tremor involuntário que me atingiu.

- Isso não vale. - Reclamei, vendo que o ruivo segurava o sorriso diante de minha reação. - É trapaça.

Ele se inclinou, distribuindo beijos de meu ombro descoberto, seguindo por meu pescoço.

- Sei. - Zombou, o rosto já frente à frente com o meu.

Tomou meus lábios, sem afobação. Decidi por envolvê-lo com as pernas, mantendo-o ali.

Afinal, era daquela inconstância que eu gostava. Daquele meio termo. Sabe, não estávamos fazendo nada, mas estávamos quase lá.

Àquela altura, Frederick já estava sem sua camisa e ia descendo aos poucos suas mãos por minha cintura, despindo minha saia. E acreditei que passaríamos do quase.

Mas Lino chegou antes disso.

O garoto arregalou bem os olhos, nos vendo enroscados daquela forma.

- George, encontrei eles. - Gritou, saindo pela mesma porta de onde entrou. Voltou segundos depois. - Mas acho que atrapalhamos eles.

- Não me diga que... - O outro ruivo apareceu. Eu já arrumava minhas roupas; Fred fazia o mesmo. - A Casa dos Gritos ia voltar a ser dos gritos?

Sem lhes dar atenção, Frederick me ajudou com a saia, ajeitando-a.
Sorri para ele, agradecida.

George e Lino continuavam a falar. Já era um costume Fred e eu escutarmos sempre as mesmas piadinhas, sermos interrompidos e ter que aturar aqueles dois falando, falando, falando...

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora