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- Não se preocupe. - Falei, assim que Sirius olhou para Pettigrew pela quinta vez. A contenção que eu tinha feito faiscava de acordo com os movimentos homem. - Ele só sairá daí quando chegarmos ao castelo.

Remo me abraçou pelos ombros.

- Estou seguro disso. - Concordou ele, parecendo orgulhoso. - Você consegue se proteger melhor do que todos nós aqui.

Ele acariciou minhas costas.

- E a ferida?

Dei de ombros.

- Doi um pouco. - Admiti, tentando não soar tão reclamona.
A verdade é que uma leve tontura havia tomado conta de mim, e eu me sentia ligeiramente febril naquele momento.
Mas liguei tudo aquilo à perda de sangue.

- Realmente não sou muito bom com ferimentos. - Remo coçava a cabeça, parecendo desconcertado. - Se eu tentasse, fazer algo mais que limpar e estacar o sangramento, poderia piorar a situação.

- Não se preocupe. - Comentei entre risos. - Quando chegarmos ao castelo, Madame Pompom vai saber exatamente o que fazer.

Ele concordou, Sirius disse mais algumas palavras e passamos o resto do percurso do túnel calados.

Contudo, a subida não era fácil. A cada degrau, eu sentia mais dor. E mesmo com o vento frio soprando pelo túneis, fazendo com que Sirius se encolhesse várias vezes ao meu lado, eu ainda permanecia com aquela sensação febril, como se meu corpo estivesse quente demais.

- Você quer ajuda?

- Não preciso da sua ajuda. - Respondi, rolando os olhos.

E eu não precisava mesmo. Tinha certeza que conseguiria manter a contenção, chegar no castelo e caminhar tranquilamente até a enfermaria depois.

- Consigo ver na sua cara que você está passando mal, Melissa. Eu te conheço.

- Tá. - Respondi. Não queria continuar discutindo com Harry, até porque eu estava sentindo um cansaço me atingir. Tinha consciência de que era arriscado continuar. - Quando sairmos, Remo cuida dele, certo Remo?

- Claro.

Os jardins estavam muito escuros; as únicas luzes vinham das janelas distantes do castelo. Sem mais conversas, continuamos a andar.

Snape flutuava de maneira fantasmagórica à frente de Black, o queixo batendo no peito - Não tínhamos arrumado um jeito melhor de carregá-lo - e Pettigrew ocasionalmente arquejava e a choramingava. Um som que me lembrava chiados de um rato.

Uau, aquela situação ia ser complicada de explicar no castelo.

Senti algo zunir em meus ouvidos. Um vertigem me atingiu novamente.
Me sentia completamente atordoada. Respirava curto, para que os outros não percebessem.

- Nunca pensei que um machucado podesse doer tanto. - Arfei, me apoiando em Sirius. Fechei os olhos. - Remo, sua vez de assumir o controle.

Mas Lupin não me respondeu.

Abri os olhos, pronta para repetir o pedido.

Mas inesperadamente surgiram sombras escuras no chão. E nós fomos banhados pelo luar.

Uma onda de choque passou por todos nós e Lupin se enrijeceu.
Ele não tinha tomado a poção aquela noite.

- Merda. - Sussurrei, com as pernas começando a tremer. - Agora não.

Ah, não. Ali não.

Me afastei, puxando Rony para trás e apoiando-o, até estar junto com Hermione e Harry.

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora