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- Eu vou socar a cara do Ronald.

- Você não pode culpar meu irmão por causa do seu. - Frederick foi um bocado insensível ao me dizer aquilo. - É complicado ficar sempre à sombra dos Potter.

- dos? - Virei completamente a cabeça, para observá-lo. - O que você quis dizer com isso?

Frederick olhou furtivamente para baixo, como se tivesse notado o que havia dito. Como se houvesse falado demais.

- Legal. - Falei por fim, desviando o olhar do garoto. Me mantive quieta por uns instantes; minha noite tinha sido cansativa, não estava afim de brigar. Estava exausta.

Terminei meu café, saindo sem olhar para ele.

- Mel? - O ruivo me alcançou perto da saída. - Vai mesmo ficar brava pelo que eu disse? Você sabe que eu...

O beijei, antes que ele criasse mais paranóias.

- Não estou brava. De verdade. - E era mesmo. Estava apenas cansada, esgotada demais para ficar brava. - Só preciso fazer umas coisas, procurar Harry... E também marquei de conversar com Krum.

- Você tem certeza que está bem? - O garoto estranhou; Afagou minhas bochechas. - Parece cansada.

- Não dormi bem à noite, só isso. - Forcei um sorriso e colei nossos lábios brevemente. - Mas não é nada com que você deva se preocupar.

Fred não queria, mas me deixou ir.

Pelo resto da tarde, fiquei zanzando pelos corredores, até parar na biblioteca. Me sentia estranhamente vaga e já que Hermione amparava meu irmão, não tinha muito o que fazer.

Quando menos me dei conta, o domingo tinha acabado.

- Não liga pra Sprout, Harry. - Comentei baixinho ao moreno. Seu rosto denotava um sofrimento pela frieza dos lufanos.

A segunda-feira estava ali, com todo seu rebuliço. Já tinha imaginado o quão difícil iria ser encarar a escola inteira após a seleção, mas... Eles estavam se saindo mais cruéis do que eu tinha pensado.

E de todos, Ron era o pior. Nem era necessário ler sua mente para perceber o quão enciumado ele estava com o fato de Harry ser o campeão.

Se ele soubesse o quanto aquilo representava um risco para meu irmão... Alguém queria apagá-lo. Até mesmo ele já tinha fisgado. Na verdade, não era muito difícil chegar àquela conclusão após seu nome sair magicamente do Cálice.

- Esses lufanos são tão incoerentes quanto idiotas. - Exclamei, de modo que alguns próximos à nos ouvissem. Ora, diferente deles, eu não precisava ficar de cochichos. - Os Lufanos ficarem com esse cú doce só porquê você também está na competição só demonstra que eles são uns bun...

Hemione pigarreou, apertando o passo, sendo seguida por Harry e Rony, que estavam relativamente distantes um do outro.

Eles estavam se ignorando.

- Melissa, não provoca! - Ela sibilou, ligeiramente irritada.

Dei de ombros.

- Nhé, deixa! - Rolei os olhos. Fitei o grupinho ao longe, fazendo vários deles corarem. - E outra, foram eles que começaram.

- Melissa. - Harry suplicava silenciosamente. - Por favor.

- Tudo bem. Vou para minha aula agora. - Abracei o garoto, apertando-o mais do que de costume. - Boa sorte, testa rachada.

Assisti à aula de Alquimia um pouco longe de mim mesma. Me sentia rodando em círculos por minha própria mente.

Aquela sensação me acompanhou pela semana inteira, assim como o mesmo mal estar daquela madrugada. Como das outras vezes, não dei atenção.

O Amor É Ruivo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora