Capítulo VI - TONHO

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A situação já estava caótica antes do Tavinho sumir. Agora a situação estava calamitosa. De um lado a Iolanda chorava, e com toda a razão. Se fosse a Helô quem tivesse sumido, eu provavelmente também estaria fora de mim. Enquanto o Zeca e o Joca procuravam por ele nas redondezas, a Sara e Malu apareceram, e antes que alguém pudesse entender, a Malu gritou feito uma louca.

Quando o Zeca se ausenta, o posto de líder cai sobre os meus ombros. E eu detesto isso! Mesmo sendo mais velho que ele, eu não tinha condições psicológicas para essa tarefa.

Corremos até onde ela estava, e ficamos surpresos ao encontrá-la no chão, desmaiada. Corri para acudi-la, enquanto o Tião correu para buscar água pra ela. Nesse meio tempo os rapazes chegaram também. E o caos estava feito.

- O que aconteceu? - perguntou o Zeca ao ver aquela cena.

- Aconteceu um monte de coisas. Alguma novidade? - indaguei, erguendo ela do chão.

- Nada do Tavinho, se é isso que você quer saber.

Não demorou pra Malu acordar. Ela parecia meio desorientada. Estávamos todos sentados no chão, esperando que ela explicasse o que tinha acontecido.

- O Tavinho – começou ela – Pegaram ele.

- Como você sabe disso? - perguntou a Iolanda

- Eu conversei com ele. - explicou – Ele não sabe onde está. Disse que parece o hospital, mas está abandonado. Mas daí veio uma interferência muito forte, e eu desmaiei.

- Você disse que parece o hospital abandonado? - indagou o Zeca

- Foi isso que ele falou pra mim.

O Zeca levantou do chão e começou a andar de um lado pro outro coçando a cabeça. Eu já o conhecia há tempo suficiente para saber que ele estava encucado com alguma coisa.

- O que foi? - perguntei pra ele.

- Esse lugar... esse hospital abandonado. Eu acho que sei onde fica.

- E aonde fica? - perguntou a Iolanda.

- Em um lugar que eu não queria voltar nunca mais.

A Segunda Geração - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora