Capítulo 3

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  Vick On

  Nossa como o Rio é lindo! Eu estava exausta por causa da viagem, mas não deixei de peceber e me encantar com cada pedaçinho dessa cidade maravilhosa. A Bruna insistiu que pegássemos um táxi, pois segundo ela o meu primeiro "passeio" no Rio de Janeiro não podia ser de ônibus. Eu estava muito curiosa pra conhecer a comunidade onde ela mora, a Bruna é muito guerreira saiu do interior há quase um ano, veio para o Rio sozinha sem ter nenhum parente aqui, mas ela deu sorte logo quando chegou conheceu a Nati que a ajudou muito, não conheço ela ainda, mas gostei dela só pelo simples fato de ter ajudado a minha prima. Olhei para a Bruna e ela sorriu pra mim e fez um jesto com a cabeça apontando a entrada da comunidade. Ainda bem tô morta.
- Aqui - a Bruna fala entregando o dinheiro para o taxista, logo em seguida ela desce do carro, e eu vou logo atrás. O taxita desce do carro abre a mala e me entrega a minha mala.
- Obrigada. - digo gentilmente.
- De nada - ele fala e entra no carro, indo embora.
- E aí Vick? - a Bruna coloca a mão no meu ombro e me pergunta.
- E aí, oque?
- Pronta pra entrar no morro?
- Como assim? Porque eu tenho que ta pronta, qual é o problema? - pergunto com um certo medo.
- Ahh é que aqui existe umas regras, e algumas pessoas são bem estranhas, e as vezes, mas só as vezes tem tiroteio. Tirando isso você vai adorar morar aqui. - ela fala e começa a subir em direção a entrada do morro.
- Tirando isso, sério que você fala assim com a maior naturalidade possivel!? - digo isso e começo a segui-lá. Aonde eu vim me meter.
- Sim! E você logo, logo se acustuma.
- Ahh perai Brunaa! - falo, mas ela parou de andar e tem uns homens na frente. Eles me olham estranho.
- Qual é Bruna, tem permissão pra passar com a mina aí? - ele pergunta me olhando enquanto o outro tá falando num rádio.
- Calma ai Biel essa aqui é a minha prima Victória, ela vai passar ums tempos aqui comigo, a Nati tá sabendo.
- E cadê a Nati que não veio receber a novinha? - ele fala apontando com a cabeça em minha direção.
- Biel não dificulte as coisas você sabe muito bem que nunca traria ninguém pro morro sem permissão. - ela começa a falar meio alterada.
- Oque tá pegando aqui? - um cara chega do nada e entra no meio dos dois.
- Eu tô querendo entrar com a minha prima e o Biel tá atrapalhando. - ela fala ainda alterada. Só agora ele me percebe e olha pra mim, ele me olha e eu desvio o olhar para a Bruna que espera uma resposta dele, mas ele não diz nada continua me olhado como se não existisse nada e nem ninguém além de mim, e ele ali.
- E aí chefe? - o tal Biel pergunta.
- Ah! Pode deixar ela passar, e da próxima vez, pede autorização pra mim Bruna e não pra minha irma beleza! - ele diz, com os olhos ainda fixados em mim.
- Ok. - ela começa a subir e eu vou logo atrás.
- Bruna se eu for te causar problemas é melhor eu procurar outro lugar pra ficar.
- Oque?? Não! Você vai ficar aqui comigo, e não se preocupe que já ta tudo resolvido.
- Então tá.
- Chegamos! - subimos ums degraus, e ela abre a porta. O lugar é lindo, aconchegante é a cara da Bruna mesmo. - E aí? - ela pergunta se jogando no sofá.
- Gostei, é a sua cara.
- É! Aos poucos eu fui deixando do meu jeitinho. - ela diz, e faz um jesto para eu me sentar ao lado dela.
- Bruna quem é aquele cara?
- O Biel, há é um idiota que vive só pra encher o meu saco.
- Hmm sei, mas não tô falando dele ainda! Tô falando do que chegou depois.
- Ah é o Pedro ele é irmão da Nati, e o chefe aqui no morro.
- Ele é bandido?
- Bom... ele é um pouco galinha, mandão, tem muita marra, é dos corre, tem coragem de matar, vende oque eles chamam de bagulho, mas acho..
- Então ele é bandido. - há interrompo, e ela revira os olhos.
- Ele é um cara legal tá, ele me ajudou muito também quando eu cheguei aqui e eu acho que no fundo, bem no fundo ele tem coração.
- Nossa! Percebi o quanto ele é bom - digo gesticulado - Melhor não falar mais nesse cara.
- Você que perguntou.
- Cala a boca Bruna!
- Calma, acabou de chegar e já tá me amando Victória. - ela levanta e sai puxando a minha mala, e eu reviro os olhos aff.
- Preciso de um banho.
- O banheiro é ali - ela aponta, e eu vou em direção a ele, só escuto ela gritar - vou sair já volto.
Começo meu banho, as coisas aqui são bem estranhas não sei se eu vou me acostumar. Não sei porque não consigo esquecer aqueles olhos ninguém nunca me olhou daquele jeito, nem eu mesma entendi oque significava aquele olhar. Ahh Victória para o cara é um bandido. Termino meu banho e vou dormir um pouco. Acordo com um barulho no quarto.


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