Capítulo 21

270 15 7
                                    

   Pedro On

  Acordo com o sol batendo no meu rosto. Abro os olhos e aos poucos a claridade vai tomando conta do quarto, vejo a Loira parada na minha frente. Esfrego os olhos, e me viro pro lado.
- Ahh não, acorda Pedro. Já são onze horas. - ela diz me puxando.
- Qual é Loira? Me chama as doze. - digo.
- Não. Anda, levanta. - ela começa a puxar a corberta.
Levanto e fico sentado.
- Pronto. Feliz agora? - passo a mão no rosto. Levanto, e sigo para o banheiro.
- Muito. - esculto ela gritar. Tiro minha roupa, e entro no chuveiro. Depois de alguns minutos entro no quarto, e ela não está. Pego uma camisa branca, e uma calça jeans azul. Me visto. Coloco uns tênis, quando estou me arrumando em frente ao espelho a Loira entra no quarto. E começa a me olhar.
- O que foi? - pergunto me virando.
- Nada. - diz enquanto amarra o cabelo. Chego perto.
- Como você consegui?
- O que? - pergunta.
- Ser tão linda. - digo e ela sorrir. Coloco meu braço em volta da sua sintura e quando vou beija-la ela se afasta.
- Posso te pedir uma coisa?
- Sim!?
- O Miguel eu quero que...
- Ele entre no morro. - eu a corto me afastando.
- Sim. - diz sentando na cama. Eu reviro os olhos, e sento ao lado dela.
- Não precisa se preocupar. Eu já autorizei a entrada dele. - digo. Não gosto daquele cara, mas se ela diz que os dois são só amigos, eu tenho que confiar nela.
- Obrigada. - ela diz me abraçando. Espero que eu não me arrependa. Desço a mão pelas suas costas, e me lembro do machucado.
- Como tá? - pergunto.
- Horrivel - diz olhando pra mim - ah nãao.
- O que.. - antes de eu terminar a frase, ela sai correndo do quarto.
Saiu atrás dela, e quando chego na cozinha, ela está mexendo no forno.
- O rosbife ia queimar. - diz enquanto mexe nos talheres.
- E cadê a Maria? - pergunto.
- A Nati deu o dia de folga pra ela. Parece que ela ia visitar uma irmã.
- Hm sei. Então a gente tem o dia todo sozinho. - digo malicioso, e ela sorri.
- Sim Pedro. Mas eu tava pensando em sair. - ela vai em direção a mesa, e eu pego os pratos. Começamos a arrumar a mesa.
- Nada de motos. - digo olhando para ela que revira os olhos.
- Na verdade eu queria mesmo ir na praia, mas não dar. - diz voltando para a cozinha. Fico me lembrando de uma coisa que eu não faço desde moleque. E acho que ela ia adorar fazer. Ela entra na sala de jantar trazendo a forma, e deposita a mesma em cima da mesa.
- Que tal a gente fazer um piquenique? - sugiro.
- Claro. - ela diz animada.
Comemos, e quando já estavamos de saída a Natália e a Bruna chegam.
- Tão indo pra onde? - a Natália pergunta olhando pra sesta que está na minha mão.
- A gente vai fazer um piquenique. - a Loira diz.
- O que o Pedro vai fazer piquenique!? - a Bruna da enfase na palavra piquenique.
- Qual é, eu não posso? - pergunto sério.
- Ahh sim, claro. - a Natália diz segurando o riso e coloca as sacolas em cima do sofá.
- Vamos. - digo andando em passos largos até a porta. Abro o carro e coloco as coisas no banco de trás. A Loira se aproxima. Abro a porta da frente para ela, ela sorri e entra. Eu entro em seguida. Pego a estrada. Eu poderia fazer um piquineque com ela no parque. Mas eu não quero, prefiro leva-la a um lugar especial, e esse lugar pra mim, é a minha casa.
- Vamos para a casa? - ela pegunta olhando a vista.
- Sim. - digo sem desviar a atenção da estrada. Ela olha para o rádio.
- Posso? - pergunta apontando para o mesmo.
- Sim. - digo. E ela começa a procurar uma música. - Deixa aí. - falo assim que ouço um rap.
- Ahh não. - ela diz e continua mexendo. Para em uma música. - Essa! - exclama sorrindo. Eu já ouvi essa música em algum lugar. Ela coloca os pés em cima do painel, deixa a cabeça cair no encosto do banco, e começa a cantar:

   Letra

Loving can hurt
Loving can hurt sometimes
But it's the only thing that I know
When it gets hard
You know it can get hard sometimes
It is the only thing that makes us feel alive

We keep this love in a photograph
We made these memories for ourselves
Where our eyes are never closing
Our hearts were never broken
And time's forever frozen still

Mudança RadicalOnde histórias criam vida. Descubra agora