Capítulo 18

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Vick On

  Corro pelos corredores da faculdade que nem maluca. Eu estava atrasada. Depois que o Pedro me deixou em casa eu voei pra cá. De longe vejo o Miguel asenando para mim. E não posso deixar de reparar no quanto ele ta lindo, ele esta vestindo uma camisa azul que caia suber bem nele. Os dois primeiros botões estão abertos. Os cabelos bagunçados. Ele sorrir assim que me aproximo.
- Desculpa. - digo.
- Ainda dar tempo. - ele diz sorrindo.
- Ok. - olho para a porta à minha frente, respiro fundo e bato.
- Entre. - ouço a voz de uma mulher. E em seguida entro. - Sente-se. Victória Marinho. - ela diz olhando uns papéis. - Você passou em 1° lugar. - ela diz e me olha.
- Sim. - afirmo com um sorriso.
- Fico feliz por você. - ela diz e da um leve sorriso - trouxe os papéis?
- Aqui. - digo colocando-os em cima da mesa.
- Bom, por enquanto é só. - ela diz se levantando, e eu fasso o mesmo. - seja bem vinda a nossa instituição. - ela diz estendendo a mão.
- Obrigada sra? - eu pergunto arqueando a sobrancelha.
- Alice. - ela diz sorrindo. Nos cumprimentamos. E em seguida eu saiu. O Miguel ainda estava parado no mesmo lugar.
- Eu nem acredito. - digo o abraçando.
- Você vai ser a melhor Psicologa do Rio de Janeiro. - ele diz e eu abro um sorriso. - que tal uma água de coco?
- Claro! - exclamo e saimos do prédio. - Obrigada por ter segurado a diretora. - Agradeço a ele. Se não não fosse o Miguel eu não teria conseguido entregar os últimos papéis da matricula. Ele implorou pra ela me esperar.
- Não foi nada. Digamos que eu tenho passe livre com a dona Alice. - ele diz enquanto andamos pelo o estacionamento.
- O que? - pergunto parando de andar - você e ela..
- Não, não - ele diz rindo - ela é minha mãe. - e derrepente sua expressão muda.
- Nossa, e por que você não me falou? Tipo, eu dou um furo com a diretora da faculdade e ainda por cima ela é sua mãe.
- Nada a ver - ele diz passando a mão no cabelo, e uma menina chega.
- Oi Miguel. - ela diz sorrindo. É uma morena de cabelos longos, e olhos claros.
- Ah, oi Nanda. - ele diz a abraçando. - e aí como vai?
- Bem. Você vai estudar aqui? - ela pergunta.
- Sim. Ah desculpa - ele diz olhando pra mim - essa aqui é a Vick.
- Prazer. - ela diz sorrindo e estendendo a mão.
- Prazer. - eu falo a cumprimentando.
- Ah eu também vou estudar aqui - ela diz voltando ao assunto.
- Vai fazer o que? - ele pergunta interessado.
- Psicologia. - ela diz sorrindo.
- Ah não, você também. - ele diz passado a mão no cabelo. E eu sorrio.
- Então a gente vai ser colega de classe. - eu digo.
- Sério, que bom! - ela exclama sorrindo. Olha o relógio no pulso - ah, preciso ir. Nos vemos em breve. - ela diz. Nos despedimos e ela vai embora.
- Vamos - ele diz tirando a chave do bolso e destrava o carro - que tal a gente trocar a água de coco por um almoço? - ele sugere.
- Ah não, eu prefiro ir a praia. - digo e ele sorri. Entramos no carro e conversamos aleatoriamente até chegar na praia. Ele para o carro em frente a um quiosqui. E começa a tirar o sapato. Olho pra ele, e ele sorri.
- O que? Eu não posso vir a praia e deixar de colocar os pés na areia ué. - ele diz dando de ombros. Começo a tirar minhas sandálias e ele me olha sorrindo.
- O que? - eu pergunto arqueando a sobrancelha.
- Nada. - ele diz e saimos do carro. Passamos pelo calçadão e logo eu estava sentindo a areia nos meus pés. O Miguel assena para um cara. Que entra no quiosqui e logo vem em nossa direção.
- Aqui. - ele diz chegando com os cocos. O Miguel paga. Agradecemos, e ele sai.
- Ta gostando do Rio? - ele pegunta enquando caminhamos.
- Estou - eu falo olhando pro mar - na verdade, eu ainda não tive tempo de conhecer o Rio. - eu digo mordendo os lábios, ele chama minha atenção.
- O que? Quer dizer que você esta no Rio a uma semana e ainda não conheceu o Pão de Açucar ou o Cristo Redentor. - eu nego com a cabeça e ele faz uma cara esquisita.
- Na verdade eu nunca quis conhecer os pontos turisticos do Rio. Sempre que eu pensava em como seria quando eu vinhesse pra ca, eu só me via estudando. - digo dando de ombros, e tomo um gole da água de coco.
- Ok. - ele diz levantando as mãos - mais você vai fazer um tuor comigo pelo menos? - ele pergunta arqueando a sobrancelha.
- Vou pensar no seu caso. - eu digo sorrindo.
- Pense com carinho. - ele diz dando uma piscadela. Jogo o coco no lixo e o Miguel faz o mesmo.
- Prometo que vou pensar. - digo juntando as mãos. - agora me fala vai, qual é a sua com a Nanda?
- Não tem nada ué. - ele diz dando de ombros.
- Sei, fala a verdade. - insisto.
- Ela é só uma amiga. A gente se conhece desdi criança, o pai dela é advogado da minha família.
- Entendi. - digo. Ele não quer falar nada, mas eu percebi o jeito que ela olhava pra ele. Meu celular toca.

Ligação On

- Oi - digo assim que atendo.
- E aí, chegou a tempo? - a Bruna pergunta do outro lado da linha.
- Ah sim, o Miguel me salvou. - digo olhando pra ele que sorri.
- Hm.. você ta com ele agora?
- Sim.
- Ah, então tchau. - ela se despedi, e posso imaginar ela sorrindo.
- Tchau. - digo e desligo.

Ligação Off

Olho para o Miguel que esta me olhando que nem bobo.
- O que? - pergunto.
- Eu já te falei que você é muito linda!?
- Não. - eu digo meio sem jeito.
- Mais agora eu estou dizendo. - ele afirma.
- Muito obrigada sr Miguel - digo e ele sorri - vamos. - digo e o empurro de leve.
- Eii - ele diz e eu começo a correr - eu vou te pegar Victória.
- Duvido - falo olhando pra trás, e ele estava quase me alcançado, quando olho para frente e levo um tombo. - Aii.
- Você se machucou? - o Miguel pergunta e percebo que ele tenta segurar o riso - você tombou em uma bola. - ele diz erguendo a mesma.
- Não ri. - eu digo me levantando. E ele cai na gargalhada.
- Moço - um menino que aparentava ter uns oito anos puxa o Miguel pela camisa - essa bola é minha.
- Ah, toma. - o Miguel diz entregando a bola. E o menino sai correndo com a bola debaixo do braço. Ele olha pra mim.
- Não ri. - eu digo séria e saiu andando.
- Foi engraçado ué. - ele diz me alcançando.
- Pra mim não foi. - afirmo.
- Ok. Posso te levar em casa? - ele pergunta assim que chegamos no carro.
- Sim. - digo olhando para ele. Entramos no carro, o caminho inteiro a gente foi conversando. Quando me dei conta já estavamos parados na entrada do morro.
- Então quer dizer que você mora aqui. - o Miguel diz assim que descemos do carro.
- É, e vai ser minha casa por um bom tempo. - digo enquanto subimos a ladeira. De longe vejo o Matheus e outros caras.
- Que ótimo! - ele exclama.
- Que ótimo, o que?
- Que você vai passar um bom tempo no Rio. - ele diz e eu o olho de canto. Chegamos onde os homens estavam.
- Ele não pode passar. - o Matheus diz.
- Por que? - eu pergunto.
- São as regras Vick. - ele diz.
- E quem criou essas "regras", o Pedro? - eu pergunto irônica - vem Miguel. - digo puxando ele pela mão. O Matheus me barra.
- Ele não pode entrar. - ele insiste.
- Deixa Vick - o Miguel diz se soltando - depois a gente se ver.
- Não eu.. - ele me corta.
- Depois. - ele diz, me da um beijo na testa, e vai embora.
- Cadê o seu patrão? - pergunto.
- Ele ta em casa. - o Matheus diz. E eu saiu em disparada. Se o Pedro pensa que isso vai ficar assim ele ta muito enganado. Saiu esbarrando nas pessoas, e depois de poucos minutos estou na porta da casa do Pedro. Toco a campainha, e nada.. toco de novo, e nada, toco mais uma vez, e o Pedro atende.
- É com você mesmo que eu quero falar. - falo alterada - você não tem vergonha de proibir as pessoas de entrar no morro.
- Ta nevorsa assim por que eu proibi o seu playboyzinho de entra aqui no morro. - ele diz sarcástico.
- Ahh - avanço em cima dele e começo a esmurrar seu corpo nu. O que? Olho direito para ele e só agora percebi que ele esta só de toalha. Eu paro de bater.
- Tudo isso é por causa dele? - ele pergunta segurando os meus braços.
- Não. Tudo isso é por que você é um idiota, que acha que tem poder sobre tudo. - eu atiro as palavras, e ele me olha com fúria.
- Eu não quero ele aqui, e tenho poder o suficiente para impedir que ele entre. Pode ter certeza. - ele diz, e pela primeira vez eu sinto medo dele.
- Você não faria. - digo e minha voz falha. Ele me solta e vira de costas pra mim.
- É melhor você ir. - ele ordena. Chego perto dele levanto a mão para toca-lo, mas não fasso. Caminho em passos largos, e saiu daquela casa com pesar. Como ele consegui? Ontem estava sendo tão legal, e agora está agindo como um idiota.
Passo pelas pessoas desnorteada, até que esculto o barulho de uma moto.
- Vick - a Nati diz parando ao meu lado. - aconteceu alguma coisa? - olho para ela e fasso que sim. - Posso te ajudar?
- Me dar a chave.
- O que? Mais você pilota? - ela pergunta descendo da moto.
- Sim. - afirmo e estendo a mão.
- Toma cuidado. - ela diz me entregando o capacete e a chave. Subo na moto, coloco o capacete. Aceno para Nati. Ligo a mesma e dou partida. Desço a ladeira em alta velocidade. Passo pela entrada sem parar, e os caras se assustam, olho para trás, mas eles estão parados. Me concentro em buscar o maximo de adrenalina possivel, era assim que eu me acalmava. Depois que eu parei de pilotar nunca tive motivos para voltar, mas quando eu vi a Nati nela me deu uma votande de sentir como era correr de novo. Entro na avenida, e passo pelos carros com uma agilidade incrivel. Eu pensava que nunca conseguiria mais. Descido ir para estrada onde o Pedro passou para chegar na casa. Saiu da avenida. Como nessa estrada não passa muito carro, fico despreoculpada e aumento a velocidade, fasso uma curva e me assusto ao ver um carro vindo em minha direção tento frear, mas não dar tempo, e sinto o baque, assim que bato no carro vouo para longe. Tudo começa a ficar escuro e antes de apagar, esculto uma voz dizer:
- Não toca nela...

















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