Vick On
- Por que você trouxe isso? - pergunto para o Pedro enquanto olho fixamente para a arma em sua cintura. Eu não acredito que ele trouxe essa arma.
- O que!? - ele me olha incredulo. - Eu sempre ando com uma arma . - diz. - Qual o problema?
- O problema é que isso é coisa de bandido. - tapo minha boca. Me arrependendo imediatamente do que disse - Me disculpa, eu.. eu falei sem pensar.. - ele levanta e sai andando. - Pedro - o chamo, mas ele não me respondi.
Descido ficar ali, e não ir atrás dele, pelo menos por um tempo. Pelo o que eu conheço do Pedro é o melhor a fazer.
Me sento de baixo da árvore, e encosto meu corpo na mesma.
Olho para o lago, a luz do sol refletindo nele é tão linda. Fico ali, pensando na besteira que eu fiz.
O Pedro não é um bandido, ele só faz as coisas certas de um jeito errado.
Começo a arrumar as coisas. Olho mais uma vez para ter certeza de que peguei tudo, e saiu em direção ao galpão. Entro, e não vejo o Pedro. - Será que ele esta na casa? - pergunto para mim mesma enquanto saiu em direção a casa.
Paro em frente a porta, destranco a mesma e vejo que ela esta aberta. Entro, deixo a sesta em cima da mesa. Procuro por ele no andar de baixo e não o encontro, subo as escadas.
Sigo para o quarto, a porta estava entreaberta. Entro, e vejo o Pedro na varanda, ando até ele, e o abaraço por trás.
- Me desculpa? - peço, ele sugura a minha mão e fica calado. - Eu.. não queria falar aquilo, me perdoa por favor.
- Essa não é a primeira vez que me chamam de bandido, e isso nunca me incomodou tanto quanto ouvir você dizer isso. - diz baixo. Desço minha mão por seu corpo nu, e seguro a arma que está em sua sintura. Puxo a mesma. Ele se vira para mim, e me encara.
- Isso não segnifa nada - digo erguendo a arma. - Eu sei que você nunca quis isso. E eu sei que eu errei muito em dizer aquilo. E.. eu só quero que você me perdoe. - minha voz sai cortando. Ele tira a arma da minha mão, sem tirar os olhos dos meus. Coloca-a em cima do criado mudo.
- Eu posso desistir disso, por você. - diz me puxando para si, cola nossos lábios, e eu repudio a vontade de pedir que ele desista de tudo por mim. Mas eu não posso fazer isso.
Ele vai andando até a cama e me deita da mesma, abro meu olhos, e o olho fixamente.
- Eu não quero que você desista. - digo o trazendo para mim.
Cada toque seu no meu corpo me faz estremecer. Afundo meus dedos em seu cabelo, ele mordisca o meu pescoço e faz uma curva até a minha boca. Tira a minha blusa, sem tirar os olhos dos meus, cada movimento é intenso assim como ele.
- Pedro. - seguro seu braço, ele para e entende o recado. Deita ao meu lado. E eu deito minha cabeça em seu peito.
- Eu não queria perguntar, mas eu preciso saber.. - ele começa.
- Se eu ainda sou virgem. - o corto.
- Sim!?
- Não. Eu não sou, mas eu ainda não estou pronta. A gente começou a namorar agora e...
- Eu entendo. - diz sério.
- Sério!? - levanto minha cabeça para fita-lo.
- Sim. - responde.
Deito a minha cabeça em seu peito.
Eu não quero agora, ainda não estou pronta, eu nunca fiquei com alguém tão rápido assim.
Acabo dormindo.
- Loira. - acordo com o Pedro me chamando. - Vamos, já escureceu.
- Que!? - me sento na cama. - Que horas são?
- 18:00 hrs. Vamos. - ele diz enquanto veste a camisa. Levanto, e começo a arrumar a cama. - Deixa. - ele diz segurando o meu braço. - Vamos logo, a gente ainda vai pro baile.
- A gente vai? - pergunto arqueando a sobrancelha.
- Sim. Quer dizer você quer ir ao baile comigo? - ele pergunta me encarando.
- Claro. - respondo, rindo. Pego minha blusa, e visto a mesma.
- Vamos, se não a gente vai chegar atrasado. - ele diz saindo do quarto, vou logo atrás.
Entramos no carro, e pegamos a estrada.
- Você não pensa em morar na casa? - pergunto o olhando.
- Eu sempre quis. Mas o meu lugar é no morro.
- Você não tem medo dessa vida?
- Já tive. - diz dando de ombros.
- A gente pode fazer a festa amanhã. - sugiro pensando na proposta dele.
- Sim. Você descide onde quer que seja. Mas hoje você vai ao baile como minha fiel.
- Ok. - digo sorrindo que nem boba.
Em poucos minutos chegamos no morro.
- Eu vou pra casa. Tenho que me arrumar. - digo.
- Não precisa, a Bruna já cuidou de tudo.
- Então ta. - dou de ombros.
Chegamos na casa dele, e não tinha nenhum carro ou moto estacionada. Achei estranho.
Entramos na casa e não tinha ninguém.
- Ué cadê a Nati e a Bruna? - pergunto enquanto o Pedro fecha a porta atrás de si.
- Elas já foram. - ele diz colocando as chaves em cima da mesa.
- E como você sabe? - pergunto arqueando a sobrancelha.
- Eu falei com ela enquanto você dormia. - diz andando até a mim. - Vamos se arrumar.
- Vamos. - digo e subimos as escadas. Chegamos em frente aos quartos.
- Você pode se arrumar no quarto da Natália. Suas coisas já estão lá. - ele diz.
Dou um beijo nele. E sigo para o quarto da Nati entro e vejo três looks em cima da cama - Só você mesmo Bruna - sorrio comigo mesma. Entro no banheiro. Tiro a minha roupa, e entro no banho.
Os ferimentos ainda doem, mas aos poucos eu vou me acostumando. Pego uma toalha, me erolo com a mesma e saiu do banheiro. Entro no quarto e encaro as roupas opto por uma saia preta com um cropped banco. Visto a lingerie.
- Você já ta pronta? - o Pedro pergunta do outro lado da porta.
- Quase. - digo pegando a saia.
- A gente ta atrasado. - resmunga.
Visto a saia e em seguida o cropped. Colo o salto.
- Posso entrar. - ele pergunta depois de alguns minutos.
- Entra. - digo indo em direção ao espelho.
- Você ta linda. - ele diz me abraçando por trás. Sorrio e me viro de frente para ele. O observo, ele está usando uma calça preta e camisa azul escura, seus cabelos ainda molhados estão jogados para o lado. Sinto o cheiro do seu perfume.
- Você também está lindo. - digo e ele arqueia a sobrancelha. Me puxa para si e me beija.
- Tenho que terminar de me arrumar. - digo separando os nossos lábios.
- Ta. - ele diz, senta na cama, e começa a mexer no celular.
Pego minha nécessaire, e começo a me maquiar. Olho para o Pedro e ele não para de olhar para o relógio.
Termino a maquiagem. Dou uma última arrumada no cabelo, passo perfume.
- Pronto. - digo pegando minha bolsa.
- Vamos. - diz levantando.
Saimos do quarto, o Pedro estava apressado. Desceu as escadas quase correndo.
- Ei, eu tô de salto sabia. - digo descendo o último degrau. Ele já me esperava na porta.
Entramos no carro, e ele dar partida. Pega o celular e começa a enviar mensagem.
- Sério que você vai mexer no celular dirigindo? - reclamo.
- Ah, desculpa. - diz colocando o celular no bolso.
Depois de alguns minutos paramos em frente a casa de show, e como sempre a entrada estava lotada.
Descemos do carro.
- Vamos passar um século pra entrar ai. - reclamo.
O Pedro da a volta no carro e para ao meu lado, coloca a mão na minha sintura e sai me levando consigo, como se as pessoas fossem abrir espaço para a gente num passe de mágica. E não é que eles estavam abrindo. Todos os cumprimentavam e davam parabéns. - Pelo o que mesmo!? - me pergunto.
Chegamos na entrada, o Pedro se afasta de mim e conversa com um cara.
- Vamos. - diz colocando a mão envolta da minha sintura.
Entramos, tudo estava escuro, e em silencio. Do nada as luzes se acendem, a cabine do dj aparece. Ele coloca uma música baixa e pega o microfone.
- Vamos aplaudir os donos da festa. - diz e todos começam a aplaudir e assoviar.
Todos vem nos cumprimentar. A maioria eu conhecia de vista.
- Fico meio envergonhada com tanta atenção. - sussurro em seu ouvido.
- Você tem que se acostumar ué. Agora você é a minha fiel. - diz me puxando para si.
- Sua. - arqueio a sobrancelha.
- Sim. Gostou da surpresa?
- Muito! Obrigada. - digo sorrindo. Eu não esperava isso.
- Essa é a minha festa. Eu imaginei que você não iria querer fazer a de amanhã aqui.
- Como.. você? - como ele sabia?
- Eu te conheço.
- E aí. - a Bruna e Nati chegam.
- Oii - as cumprimento.
- Agora sim, é oficial. - a Nati diz me abraçando.
- Toma conta dela direito. - a Bruna diz encarando o Pedro. Ele assenti, e começamos a ri. - Ah, já ia esquecendo, aqui. - a Bruna me entrega um celular.
- Que, como assim? - pego sem entender. Eu não pedi pra ela comprar celular nenhum. Eu ia comprar um novo amanhã.
- Como eu sei que amanhã o dia vai ser cheio, por causa de uma certa festa. - ela e a Nati se entreolham. - Eu comprei, depois a gente acerta.
- Ah, então se é assim, tudo bem. - digo colocando o celular na bolsa. Olho para o lado e vejo o Pedro conversando com o Matheus, o Biel e outros caras.
- Vamos pegar alguma coisa pra beber. - a Nati sugere.
- Vamos. - digo, e saimos até o bar.
- Um whisky por favor. - a Nati pede.
- Eu quero uma vodka - a Bruna diz.
- Eu também. - digo.
- Duas vodkas e um whisky. - o garçom corfirma.
- Você não tomou nenhum analgésico, tomou? - a Bruna pergunta. Argh!
- Claro que não. As dores diminuiram sem eles. - afirmo.
- Daqui a pouco você não vai sentir mais nada. - a Nati diz pegando a bebida que o garçom depositou no balcão.
- Espero. - digo tomando a minha bebida.
- Vamos tomar uma rodada de tequila? - a Bruna pergunta.
- Vamos. - a Nati diz e acena para o garçom. E faz o pedido.
Em poucos minutos ele chega com a bebida.
- Vamos fazer essa rodada ficar mais divertida. - digo e elas se entreolham.
- Manda. - a Nati diz.
- Cinco rodadas. Se vocês não aguentarem empurrar uma atrás da outra, você Bruna vai sair daqui e beijar o Biel de surpresa, ele esta bem ali. - digo apontando para ele. - E você Nati beijar o Matheus que está ohh.. do lado do Biel.
- E se você perder? - a Nati pergunta me encarando.
- Eu sei que não vou. - afirmo. Mas na verdade eu não sei, só tô afim de ver eles juntos e de beber também, claro. Eu sei que a Bruna não consegui mais depois da terceira rodada, mas a Nati. Aí é que ta o problema. - Mas se eu perder podem pedir o que quizer.
- Pode colocar. - a Bruna pede ao garçom. Ele coloca a bebida nos copos e deposita cinco na frente de cada uma.
Olho em direção ao Pedro e ele sorri para mim.
Volto minha atenção para os copos a minha frente.
- Prontas? - pergunto.
- Sim. - elas respondem.
Desço o primiro copo num piscar de olhos. O segundo desse mais rápido que o primeiro. Olho de canto para a Bruna e percebo que ela não aguenta mais, mas como sempre ela vai descer o terceiro. Descemos o terceiro, e como eu já previa a Bruna sai. Pego o copo, e olho para a Nati. O liquido passa pela a minha garganta, e quando eu ia pegar o quinto copo a Nati se engasga e começa a tossir. Levanta e sai em direção ao Matheus, ela surpreende ele que fica sem ação, mas corresponde, olho para o lado e vejo a Bruna e o Biel agarrados.
O Pedro olha pra mim, e eu dou de ombros, pego o copo ergo em um brinde e tomo.
- O que está acontecendo? - o Pedro pergunta chegando por trás de mim.
- Nada ué. - digo dando de ombros.
- Você bebeu tudo isso, agora? - ele pergunta olhando os copos a minha frente.
- Sim. - digo sorrindo acho que isso já ta fazendo efeito. - Vamos dançar?
- Bora. - ele diz me levando para a pista.
Começo a dançar com ele. Percebo os olhares lançados em nossa direção.
Começo a descer até o chão e o Pedro me acompanha atrás de mim.
- Faz isso não Loira. - sussurra no meu ouvido. Pego a bebida que está em sua mão e bebo inteira em um único gole.
- Pega outra pra mim, por favor? - pesço ele ascente e vai até o bar.
As meninas se aproximam.
- Achei que vocês não queriam saber deles. - digo sorrindo.
- A gente só tava pagando a aposta. - a Bruna diz.
- É. - a Nati concorda.
- Eu vi. - digo sem parar de dançar.
O Matheus e o Biel se aproximam, e elas começam a dançar com eles. Observo elas sorrindo.
- Oi gostosa - um cara fala atrás de mim.
- O que! - me viro.
- O ta pegando aqui? - o Pedro chega.
- Esse cara está me importunando. - digo. E me arrependo no mesmo instante.
- Tu ta mexendo com a minha mulher. - o Pedro joga a garrafa de cerveja no chão e parte pra cima do cara. Puxo ele pelo braço e tento segura-lo.
- Oh calma aí cara. Eu não sabia que ela era tua. - o cara diz me olhando de cima a baixo o Pedro tenta avançar em cima dele, mas eu fico no meio.
- Não. - Pesço. O cara vai embora. - Vem, vamos embora.
- A gente já vai. - o Pedro diz assim que chegamos onde os meninos estavam.
- Já. - a Nati diz.
- Sim. - afirmo.
- Vai dormir na casa do Pedro? - a Bruna pergunta.
- Não. - digo.
Nos despedimos deles e fomos embora.
Minutos depois ele para em frente a minha casa.
Descemos do carro.
- Desculpa pelo que rolou. Eu estraguei a noite. - ele diz.
- Você não estragou nada. Eu não queria ficar lá mesmo, acho que bebi um pouco demais. - digo.
- Era a nossa noite. Mal começou, e eu acabei com ela. - lamenta.
Coloco a mão na sua nuca e o olho fixamente.
- Amanhã, a gente comemora ta. - digo e ele sorri. - Eu tô muito orgulhosa de você.
- Por que? - pergunta arqueando a sobrancelha.
- Você se controlou. - digo me referindo a quase confusão.
- Sabe por que eu parei?
- Não.
- Por que você pediu. - sussurra.
Me puxa para si, e beija.
- Tchau. - digo separando nossos lábios.
- Já. - reclama.
- Sim. Amanhã o dia vai ser longo.
- Tem certesa que não quer dormir comigo? - pergunta.
- Tenho. - mordo o lábio repudiando a vontade de ir.
- Então, ta. - coloca a mão em volta da minha sintura, e me beija. - Não me canso de fazer isso. - diz separando nossos lábios.
- Isso o que? - pergunto.
- De te beijar. - diz sorrindo.
- É? - sussurro no seu ouvido. Começo a beijar e mordiscar o seu pescoço. Paro. E ele me olha fixamente.
- Que foi? - pergunto.
- Nada ué. - dar de ombros.
- Sei. - digo sorrindo. - Tchau. - dou um selinho nele.
- Tchau. - diz. Caminha até o carro e entra no mesmo, acena para mim e vai embora.
Caminho até a porta, destranco a mesma e entro em seguida.Oii. Espero que gostem! Votem ☆ e
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Mudança Radical
Teen FictionVictória é uma garota insegura e ao mesmo tempo decidida, acabou de concluir o ensino médio e se muda para o Rio de Janeiro, para realizar um dos seu maiores sonhos. Pedro é um cara cheio de marra que é o dono do morro onde mora desde criança, vive...