Vick On
Acordei com a ligação da Nati me convidando para almoçar na casa dela. Como eu ia ficar sozinha em casa, topei.
- Já vai? - pergunto vendo a Bruna pegar as chaves.
- Sim. Vai ficar aí o dia inteiro? - ela pergunta me vendo esparramada no sofá.
- Ah, não. A Nati me chamou pra almoçar lá, ela vai cozinhar.
- Você vai comer a comida da Natália?
- Sim, porque?
- Boa sorte - ela diz rindo e sai.
- Brunaa.. - ela me deixa falando sozinha. Do que ela tava falando? Levanto e começo a tirar a mesa do café, termino. Pego minha bolsa, as chaves, e saiu. No caminho vejo as pessoas me observando, já tô me acostumando com isso. Tem uns que são bem legais, até me comprimentam. Viro a esquina, e de longe vejo a moto do Pedro parada na frente da casa. Argh! Ando mais alguns metros, e chego. Toco a campainha e nada, toco mais uma vez.. nada, quando tô quase desistindo a porta se abre.
- Oi - o Pedro diz, e ele.. ta só de calça de moletom. Como o desgraçado é lindo, e acabou de sair do banho posso sentir o cheiro de sabonete exalando no ar.
- Oi - falo depois de alguns segundos olhando pra ele feito uma tapada. Ele deve ter percebido pois deu aquele sorrisinho de lado.
- Gosta do que ver? - ele pergunta malicioso.
- Muito - respondo tão baixo que sai quase como um sussurro. - a Nati ta aí?
- O que você falou?
- Perguntei se a Nati ta aí?
- Não, o que você falou antes disso?
- Nada. - desconverso - Vai me deixar plantada aqui?
- Entra - ele diz me dando espaço.
- Chama Nati por favor. - peço tentando olhar pra ele o minímo possível.
- Ela não ta.
- Ah, então eu já vou indo. - falo passando por ele. O que não foi uma boa idéia, ele me segura..
- Que tal a gente subir enquanto você espera por ela. - ele diz malicioso.
- O que!? - exclamo com os olhos arregalados.
- Calma Loira, foi só uma brincadeira - ele diz sorrindo de lado.
- Hm. Ela vai voltar logo?
- Sim. - ele diz indo em direção a cozinha.
- Então eu espero. - afirmo me sentando no sofá. Foco Vick é só não olhar muito e se manter o mais longe possível que você consegue.
- Toma - ele diz me entregando uma garrafa de cerveja e sentando ao meu lado. Vai ser mais difícil do que eu pensava.
- Você não trabalha, não?
- Sim, mas só vou na hora que eu quero ou quando aparece algum problema. Por que não gosta da minha companhia? - ele diz tomando um gole da cerveja. Olho bem nos olhos dele.
- Na verdade eu as vezes gosto.
- Eu sabia - ele diz sorrindo.
- Haha - ele fica olhando pra mim, e eu me divido entre olhar para aqueles olhos, aquela boca e.. Ele me olha com desejo e ao mesmo tempo com ternura. É isso, oh meu Deus. Agora eu consegui descifrar o que esse olhar segnifica. Ele abri a boca pra falar algo, mas não sai nada, ele apenas se aproxima e toca o meu rosto.
- Posso? - ele sussurra, eu eu me arrepio. Ele olha nos meus olhos e espera aflito por uma resposta. Quando eu entreabri a boca pra falar a porta se abre, e eu me afasto dele.
- Ah, Vick, você já ta aí. - a Nati diz entrando com umas sacolas. Olho para o Pedro que passa a mão no cabelo deixando-os bagunçados. Ele levanta vai até a Nati e pega as socolas.
- Obrigada - ela diz, e ele sai em direção a cozinha.
- É impressão minha, ou tava rolando alguma coisa aqui? - ela pergunta deixando as chaves e a bolsa na mesinha de centro, e senta ao meu lado.
- É impressão sua. - afirmo.
- Tem certeza? Porque não é o que parece. - ela insisti.
- Não vai preparar o almoço? Tô morto de fome. - ele diz entrando na sala. Eu olho para ele agradecendo mentalmento por ele ter entrado na sala.
- E qual hora você não ta. - a Nati afirma se levantando e vai em direção a cozinha eu vou logo atrás, mas o idiota do Pedro insisti em ficar no meio do caminho.
- A gente ainda não terminou a nossa conversa.
- Agora não! - exclamo tentando passar.
- Mais tarde então? - ele pergunta e eu olho em direção a cozinha. Ele continua parado na minha frente esperando uma resposta e não parece disposto a sair, mordo o lábio inferior apreensiva.
- Ok. Agora sai da frente. - eu falo e ele dar um sorrisinho de lado e se afasta. Vou para a cozinha e vejo a Nati com touca e avental.
- O que você vai fazer? - pegunto olhando o tanto de coisa que tem espalhada em cima do balcão.
- Vou fazer lasanha, o Pedro adora. - ela diz pegando uma travessa.
- Ah, quer ajuda?
- Não precisa. Você é minha convidada. - ela diz, e começa a mexer nas coisas que estão em cima do balcão - droga!
- O que?
- Esqueci uma socola no carro. Ah você pode ir pegar pra mim?
- Claro.
- As chaves estão na mesinha de centro.
- Ok. - falo saindo da cozinha, chego na sala e vejo o Pedro esparramado no sofá. E meu Deus que visão é essa? Foco Vick. É só o Pedro não é nada demais.
- Se quizer também pode tocar. - ele diz malicioso.
- Haha - sorrio tentando desfarçar a cara de trouxa, que eu devo ta agora.
- A Natália já te expulsou da cozinha?
- Não, por que?
- Ela não gosta de ajuda quando cozinha. - ele dar de ombros.
- Ah, ela ainda não me expulsou de lá - eu falo e ele rir - só vim pegar uma sacola que ela esqueceu no carro - falo apontando para as chaves.
- Quer ajuda?
- Não precisa. - eu afirmo.
- Agora precisa. - ele diz pegando as chaves.
- Ah não Pedro, me dar. - eu peço e tento pegar, mas ele levanta a mão pro alto. E bom eu não sou tão alta assim.
- Será que é tão difício assim aceitar a minha ajuda? - ele pergumta inconformado.
- Mas é só uma sacola. - eu falo gesticulando.
- Mas eu tenho as chaves - ele diz rodando as chaves entre os dedos - e a sacola está no carro não é?
- Ok - falo contrariada - vamos. - o chamo e saio. Essa discussão ia durar o dia inteiro se eu não me rendesse e a Nati deve ta pensando que eu vim fazer a "sacola" com o tal ingrediente.
Chego perto do carro e espero pelo Pedro.
- Dá pra andar mais rápido? - pergunto impaciente.
- Calma Loirinha - ele fala rindo. Aff! - eu já tô aqui.
- Abre logo. - falo e ele abre a mala do carro, retira a sacola e olha pra mim, mas a expressão dele muda. - o que foi?
- Me diz que a Natália não vai fazer lasanha por favor. - a expressão que ele faz me dar vontade de rir, mas eu me controlo.
- Sim. Segundo ela você adora.
- Sim. Eu adoro a lasanha da Maria ou de qualquer outra pessoa menos a da Natália.
- É tão ruim assim?
- Oque! Cê é louca. - ele diz e eu começo a rir.
- Cê ta rindo de que? Até onde eu sei você também vai almoçar aqui não é. - ele diz e sai andando.
- Espera, Pedroo. - ele finge que não ta ouvindo e entra na casa. Ah qual é, a comida da Nati não deve ser tão ruim assim. Alcanço ele - você ta brincando comigo né? - pergunto e ele dar de ombros com um sorriso.
- Argh! Me dá. - tiro a sacola dele e saiu em direção a cozinha.
- Que demora foi essa? - a Nati pergunta assim que eu entro na cozinha.
- Ahh é que eu me atrapalhei um pouco pra achar a sacola. - falo colocando a mesma em cima do balcão.
- Sei..
- Quer ajuda?
- Não. - ela diz pegando uns ingredientes.
- Mas eu sou boa na cozinha, posso te ajudar ué. - insisto.
- Eu também sou. - ela diz enquanto abre a geladeira. Não foi bem o que me falaram. - toma - ela me entrega uma cerveja. - a Bruna ligou.
- E? - pergunto tomango um gole da cerveja.
- Ela vai almoçar por lá mesmo. - sorte a dela falo em pensamento. - tem certeza que você não quer ajuda? - insisto.
- Tenho. - ela afirma. - eu já tô quase terminando, já que você quer tanto me ajudar - ela diz arqueando as sobrancelhas - você pode colocar a mesa?
- Claro. Só me diz onde estão as coisas.
- Ah, você vai achar tudo que precisa aí no armário. - ela diz apontando para um armário atrás de mim.
- Ok. - vou até o armário abro e começo a pegar copos, talheres.. levo tudo para a mesa.
- Quer ajuda? - o Pedro aparece do nada e eu tomo um susto.
- Você não tem camisa não? - pergunto e ele sorri.
- Eu gosto de ficar assim ué, e sei também que você ta gostando de me ver assim. - dar uma piscadela pra mim e entra na cozinha, e volta com os copos. - ta preparada? - ele pergunta segurando o riso. A Nati entra na sala de jantar trazendo uma travessa.
- Prontinho. - ela diz colocando a travessa sobre a mesa. O cheiro ta bom, o Pedro deve ta de onda comigo.
- O cheiro ta bom. - eu falo e ela sorri.
- Vou pegar o suco. - ela diz e sai. O Pedro fica me olhando e eu percebo qie ele ta segurando o riso.
- O que foi?
- Nada.
- Pronto. - a Nati diz colocando a jarra de suco em cima da mesa. E todos se sentam. Ela tira um pedaço de lasanha e vai colocar para o Pedro, mas ele a detem.
- Ta muito grande. - ele diz se referindo a fatia.
- Mas você não estava morrendo de fome. - ela diz confusa.
- Passou. - ele diz e eu seguro o riso. - dá esse pedaço pra Loirinha.
- Posso? - ela pergunta pegando meu prato e eu assinto. Ela me serve, e coloca um pedaço para ela.
- Você não vai se servir Pedro? - ela pergunta.
- Sim. - ele diz e coloca uma fatia no seu prato. - a Loira deveria provar primeiro e dizer o que acha né? - ele diz olhando pra mim, e eu percebo que ele tenta segurar o riso.
- Sim. - falo e pego um pedaço, levo até a boca e.. tá muito salgado.
- E então? - o Pedro pergunta arqueando as sobrancelhas.
- Ahh, ta uma delícia - falo tentando não demostrar o meu desespero. Caralho a Nati colocou um kg de sal nessa lasanha. - posso? - pergunto peganda a jarra de suco.
- Claro. - o Pedro diz.
- Ainda bem que você gostou. - a Nati fala aliviada.
- Sim. - eu falo tomando o suco.
- Cê ta com muita sede né Loirinha?
- Um pouco.. - falo e ele olha pra mim sorrindo. - eu já tô cheia. - falo depois de um tempo.
- Já você mal comeu. - a Nati diz.
- É Loirinha, você mal comeu. - o Pedro diz tomando quase metade do suco.
- Ah, mas é que eu quero guardar espaço pra sobremesa.
- É vedade Loirinha - o Pedro concorda - também já tô cheio.
- Então ta, eu vou pegar a sobremesa. - ela diz e vai pra cozinha.
- Me diz que ela não fez a sobremesa. - eu falo e o Pedro ri.
- Não, a Maria deixou mousse de maracujá pronto.
- Que bom. - falo aliviada.
- Aqui - ela diz entando na sala de jantar e coloca o mousse na mesa.
- E aí vamos fazer o que hoje a tarde? - a Nati pergunta.
- Acho que eu vou pra casa, dormir.
- Ah não vamos assistir um filme.
- Ta. - eu falo colocando uma colher de mousse na boca. O celular do Pedro faz um bip, ele olha para a tela e levanta.
- Já vai? - a Nati pergunta.
- Sim, eu tenho que resolver umas coisas. Tchau - ele diz dando um beijo na testa dela. Olha pra mim e sorri de lado. - Tchau Loirinha.
- Tchau. - eu falo revirando os olhos. Ele sobe as escadas. - quer ajuda com a louça?
- Não. - a Nati diz levantando, começamos a tirar a mesa. - vamos para o quarto ver uns filmes.
- Ok. - eu falo e em seguida subimos as escadas. Encontramos o Pedro saindo do quarto.
- Tchau. - a Nati diz e ele acena. Entramos no quarto. - eu escolho o filme.
- Ok. - falo e ela coloca um filme qualquer, eu nem me interessei muito em saber qual o nome do filme. Eu apagei logo no começo.
- Vick - acordei com a Bruna me chamando. - acorda.
- Hm.. que horas são? - eu pergunto.
- Hm, seis. - ela diz olhando na tela do celular.
- Nossa eu apaguei aqui. Cadê a Nati?
- Ta se arrumando - ela diz, e só agora eu percebi que a Bruna tava toda arrumada.
- Ah, e pra onde vocês vão? - eu pergunto.
- Pro baile, e você vai com a gente eu trouxe uma roupa pra você.
- Ah, eu não vou.
- Por que?
- Não tô com vontade. - falo e a Nati entra no quarto.
- Ah não Vick. - ela diz.
- Eu vou pra casa - falo me levantando, as duas se entreolham.
- Você vai ficar sozinha. - a Bruna diz.
- Qual é o problema? - eu pegunto me levantando. Saiu do quarto e elas vem logo atrás.
- A gente leva você em casa, antes de ir. - a Bruna diz enquanto descemos as escadas.
- Não precisa. - eu afirmo.
- Eu levo ela em casa. - o Pedro diz logo atrás de mim.
- Ah sim, o Pedto me leva. - eu falo, melhor a compahia desse idiota do que estragar a noite delas.
- Ok. Cuidado. - ela diz olhando para o Pedro.
- Vamos. - a Nati diz. E elas saem.Espero que gostem, votem e comentem que vai ajudar muito. ☆
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Mudança Radical
Teen FictionVictória é uma garota insegura e ao mesmo tempo decidida, acabou de concluir o ensino médio e se muda para o Rio de Janeiro, para realizar um dos seu maiores sonhos. Pedro é um cara cheio de marra que é o dono do morro onde mora desde criança, vive...