Capítulo 16

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Vick On

  Eu não estava muito afim de sair daquele banheiro. Não queria ter que ficar no nesmo ambiente que aquela mulher, mas se o Pedro queria ficar com ela na minha frente, eu é que não ia ficar trancada em um banheiro só por causa deles.
- Vamos. - eu chamo a Nati - a gente não pode ficar trancada aqui por causa dela.
- Você tem razão. - a Nati diz destrancando a porta. Ela sai e eu vou logo atrás, de longe eu vejo a Carla quase arrancando o pescoço do Pedro com a boca. Nos aproximamos, e ela olha pra gente rindo. Argh!
- Ah decidiu ficar aqui. - a Carla ironiza no mesmo instante em que a Nati e eu nos sentamos.
- Não vou sair só por sua causa - a Nati diz calma, olha para o irmão e diz - afinal não sou eu que tenho que aguentar uma cobra que nem você.
- O que! - a Carla exclama se levantando, mas o Pedro hà impede.
- Senta. - ele ordena. E eu o encaro.
Ele não ta nem aí com o que está acontecendo em volta, ele só fica bebendo como se nada estivesse acontecendo. Chega uma mensagem olho o meu celular.
- Já volto. - aviso pra Nati, e saiu em direção a saida. Percebo olhares lançados para mim. Quando chego no lado de fora vejo a Bruna chegando.
- Eu não acredito que vocês vieram pra cá sem me charmar. - ela diz fazendo cara de brava.
- Eu achava que você não ia sair pra almoçar.
- Mas hoje eu tirei o resto do dia de folga, por isso não te liguei antes. Queria fazer surpreza. - ela diz enquanto entramos.
- E como você sabia que a gente tava aqui?
- O pessoal sempre vem pra cá quando tem feijoada e rola um som. - ela diz olhando em direção a nossa mesa.
- Ela vai comer com a gente. - eu aviso tentando fazer a melhor cara possível.
- Que merda! - ela exclama olhando pra mim.
- Não diz nada. - eu falo e espero que ela tenha entendido. Chegamos na mesa.
- Oi gente - a Bruna comprimenta todos enquanto se senta ao lado da Nati.
- Oii - eles dizem em unissono. Sento no meu lugar e o Pedro que está de frente pra mim começa a me encarar. Ele mexe no bolso e tira um cigarro, acende e começa a fumar, bebe um gole da cerveja e continua calado.
- Já pediram? - a Bruna pergunta.
- Sim. - o Biel diz.
- Volto já. - o Pedro diz se levantando e arrasta a Carla consigo.
- Eu não acredito que o Pedro trouxe ela pra cá - a Bruna rosna.
- Ele ta mandando mal - o Matheus diz.
- Não é tão ruim assim ter que ficar perto da Carla. - o Biel diz tomando um gole de cerveja.
- Pra você ficar perto de qualquer vadia é bom. - a Bruna rebate.
- Ela não é qualquer vadia, ela é uma vadia gostosa. - o Biel diz dando de ombros.
- Ahh sim você.. - a Bruna começa.
- Vocês não vão brigar agora né. - a Nati hà interrompe.
- Ele que começou. - a Bruna se defende.
- Aqui os pedidos. - o garçom diz colocando os pratos na mesa.
- O Pedro ainda não voltou. - o Matheus diz.
- Deixa ele lá, com a queridinha dele. - a Nati diz.
- Se não quiser que eu fique aqui, é só dizer maninha. - o Pedro diz irônico puxando uma cadeira. - não precisa se preoculpar, ela não vem mais para cá.
- Que bom. - a Nati diz com desdem.
- Podemos comer. - o Matheus diz. E todos começam a comer e conversar aleátoriamente.
- Então você começa na Segunda. - eu e a Nati falavamos da faculdade.
- Sim. - falo sorrindo.
- Quer que eu vá com você amanhã? - a Bruna pergunta.
- Não precisa. - eu afirmo.
- Vai beber mais. - a Nati diz vendo o Pedro pedir mais bebida para o garçom.
- Vai me controlar agora. - ele rosna. E todos olham pra ele.
- Você não devia trata-lá assim. - eu falo. E ele não diz nada, apenas bebe e acende outro cigarro.
- Deixa Vick. - a Nati diz colocando a mão no meu braço.
- Deixa? Ele trás aquela vadia pra cá sabendo que você não gosta dela, e agora te trata assim. - eu falo meio alterada.
- Eu trago aqui quem eu quiser. - ele afirma sério - e ela é minha irmã não é da sua conta como eu falo ou deixo de falar com ela. - Ele diz e sai que nem um furacão. Até que um cara esbarra nele, toda a atenção é voltada para eles. Nós nos entreolhamos e os meninos levantaram.
- Ele vai arrumar confusão - a Nati diz levantando.
- Vem. - a Bruna diz e seguimos a Nati.
- Porra tu não olha por onde anda. - o cara diz.
- Você que ta no caminho. - o Pedro diz sério.
- Na proxima olha por onde anda. - o cara diz irônico.
- Cê acha que vai ter proxima. - ele diz levantando a camisa.
- Eu acho que não. - o cara diz mostrando uma arma.
- Pedro vamos embora. - o Matheus diz segurando ombro dele.
- Vamos resolver do meu jeito. - o Pedro diz colocando a arma numa mesa, o cara acompanha ele com os olhos.
- Beleza. - ele diz tirando a arma da cintura e coloca em cima da mesa. O Matheus se afasta.
- Você vai deixar? - eu pergunto.
- Se eu tirar ele agora, ele nunca vai me perdoar. - ele diz dando de ombros. O cara acerta a boca do Pedro e ele coloca a mão no sangue e sorri. - vocês não fazer nada? - eu pegunto pras meninas elas só negam com a cabeça. O Pedro acerta o cara na costela, no rosto o sangue escorre pelo nariz e pela boca. As pessoas em volta insientivam ele a bater mais. Eles caem no chão e começam uma luta bolando por todo o espaço, o cara fica por baixo e o Pedro começa a socar o rosto dele quase inconsciente.
- Chega. - eu falo segurando braço dele. Ele me olha com aquele olhar obscuro. Solta o braço de mim, mas levanta, pega a arma e sai. Eu olho pra Bruna que assente.
- Pedro - eu o chamo e ele entra no carro e bate a porta.
- Você não precisava ter feito aquilo. - eu falo entrando no carro.
- E você não devia ter vindo atrás de mim. - ele diz e percebo que ele segunra o volante com força.
- Por que você é assim?
- Assim como? - ele pegunta olhando pra frente.
- Grosso.
- Você não vai sair? - ele pergunta ainda olhando pra frente.
- Eu não vou sair daqui. - afirmo colocando o cinto.
- Beleza. - ele diz ligando o carro e sai que nem louco.
- Vai divagar. - eu falo e ele acelera mais - você é louco.
- Você quis ficar. - ele diz dando de ombros. Saimos do morro e pegamos uma estrada.
- Para onde estamos indo? - eu pergunto e recebo o silêcio como resposta. Depois de quase trinta minutos ele para o carro em frente a uma casa. Desce do carro e sai andando eu o sigo.
- Espera. - eu o chamo.
- Por que você não me deixa em paz Victória. - ele diz olhando pra mim - tem uma chave em baixo do tapete. - ele diz apontando para a casa, e para em frente à um galpão. Entra, e eu vou logo atrás.
- Por que eu não quero. - afirmo e ele me olha. - observo o lugar, é grande e vejo tem um ringue bem no meio.
- Você não vai querer. - ele diz tirando a camisa, e coloca as luvas de box. Vai até o ringue e entra, começa a bater no saco de pancadas. Ele bate com tanta força que todos os músculos se contraem. Eu entro no ringue, ele para de bater e me olha.
- Por que você sempre me impedi de fazer o que eu quero? - ele pergunta mais pra ele do que pra mim.
- Por que você talvez saiba que é errado. - eu falo arqueando as sobrancelhas. Ele passa o braço na testa e continua a socar o saco. Como é difícil conversar com ele assim. Tenho uma idéia, saiu do ringue e pego umas luvas que estavam num canto, coloco com dificuldade e volto para o ringue. Ele me olha incredulo.
- Por que a gente não luta? - eu pergunto e ele arquea a sobrancelha.
- Cê ta brincando. - ele diz ajustando a luva.
- Não, e não precisa pegar leve comigo. - eu digo me aproximado.
- Ok. - ele diz sorrindo. Começamos a rodar pelo ringue e eu dou o primeiro golpe na costela dele.
- Até que você bate bem. - ele diz sorrindo.
- E você não bate nada. - eu falo e ele vem pra cima. Me joga no chão.
- Vamos ver. - ele diz e me beija eu correspondo no mesmo instate, o beijo é agrassivo ambos estavamos desesperados por aquilo. Ele para e tira as luvas dele, logo em seguida tira as minhas. Eu seguro no pescoço dele e ele senta no chão me levando consigo. Ele segura o meu cabelo e começa a fazer uma curva de beijos e caricias do meu pescoço até o meu colo, seguro seu cabelo e ele olha para mim. Dessa vez com desejo.
- Sabe por que eu parei?
- Não.
- Por que você pediu. Eu não paro, eu nunca paro. Eu só fasso merda. - ele diz passando a mão no meu rosto - você é a única pessoa que me acalma. E é a única que eu desejo. Desdi que eu te vi, eu não consigo pensar em outra coisa.
- É a única coisa que você quer não é? - eu pergunto me levantando.
- Não, não é só isso. Quer dizer era no começo agora, não mais. - ele diz e vejo sinceridade nos seu olhar.
- Mas eu não posso, nós somos muito diferentes Pedro, você é explosivo demais e é..
- Um bandido - ele me interrompi.
- Não. Você é um idiota grosso. Você estava com a Carla hoje na minha frente e agora vem me falar que não quer só me levar pra cama. - eu falo gesticulando.
- Mas eu tô falando a verdade porra! - ele exclama e eu olho pra ele.
- Não Pedro, você só está acostumado a conseguir a mulher que quer, e comigo não iria ser diferente, se eu fosse idiota. - eu digo e saiu do ringue.
- Belaza então pense o que quiser. - ele diz e volta a bater no saco. Saiu do galpão e vou em direção a casa, de longe ouço um grito, e as pancadas que o Pedro dar no saco. Chego na frente da casa. Ela tem um estilo de casa de campo não é tão afastada da cidade, mas fica longe de tudo. Pego a chave de baixo do tapete, e entro na casa, o lugar é aconchegante e bem decorado, parece que aqui foi ele quem decorou. Vejo uns trófeis numa istante, pego e tem o nome do Pedro e logo abaixo 1° lugar no box. Eu nunca iria imaginar que o Pedro era lutador. Observo mais a casa as parede são escura, tem uma lareira na sala, e um sofá vermelho em um canto. Decido me deitar nele e depois de alguns minutos eu apago.

















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