(6)

2.2K 259 59
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


 Brynja arrastou Liv para dentro de uma tenda precária e finalmente a soltou. As marcas profundas e vermelhas dos dedos da mulher fizeram o seu braço formigar. Ela massageou o local e olhou ao redor, tentando assimilar os fatos, mas nada fazia o mínimo de sentido, Liv não tinha ideia de onde estava, quem eram aquelas pessoas e o motivo pelo qual se vestiam tão diferente e pareciam viver como se estivessem em outro século.

 Um século muito anterior ao que realmente estavam.

Liv fechou os olhos por um momento, concentrando-se nas batidas do seu coração. Se continuasse na mesma linha de pensamento, teria um desastroso ataque de pânico, e tudo que ela menos precisava agora era perder a razão. Inspire e expire, Lívia. Jogue os ombros para trás e esvazie a mente.

 Quando era pequena, ela costumava ter ataques de ansiedade tão graves que não conseguia respirar ou se mexer por longos e aterrorizantes segundos. Sua mãe era a única que conseguia acalmá-la. Liv se esforçou para se lembrar da voz de Sarah, falando baixinho palavras confortantes em seu ouvido. Ela procurou pelo colar em seu bolso e sentiu-se mais calma tocando o material frio que compunha os pássaros, conseguiu até mesmo sorrir.

As lembranças que Liv preservava da sua mãe eram doces e felizes, quase podia sentir as mãos de Sarah sobre seus ombros novamente, os polegares se movimentando em círculos enquanto ela convencia Liv que o medo era desnecessário e ilógico. Liv aplicou a lógica da mãe para aquele momento no qual tanto precisava:

Tudo vai ficar bem, disse a si mesma. Em breve conseguirei sair daqui. A polícia provavelmente deve estar me procurando nesse exato momento.

Depois de muito meditar, abriu os olhos e se permitiu analisar o que se passava ao redor. A tenda era relativamente grande e aquecida com uma fogueira. Do lado oposto ao dela, um amontoado de peles de animais no chão formavam o que deveria ser a cama. Não havia muito mais que isso, além de uma mesinha lascada de madeira, alguns banquinhos do mesmo material e uma jarra com o que pareceu ser cerveja, ou algo próximo a isso.

 Ela continuou parada perto da entrada, perguntando-se como alguém poderia viver de um modo tão primitivo em pleno século XXI? Pelo menos essa era a ideia a qual Liv tentava se agarrar.

Imortais - O segredo dos deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora