LITERATURA CRISTÃ | TRILOGIA "ATÉ" Livro 2
"Uma das maiores verdades sobre o amor que eu provei e conheci é que ele é uma escolha."
As vidas de Maya e Caleb se cruzaram uma vez e o resultado não foi bom. Por causa dele, ela saiu da cidade com o cora...
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MAYA
Amigos da corça
Minha ansiedade deu um salto. Comecei a piscar os olhos repetidamente e a respirar com dificuldade enquanto observava a moça alta e bonita que nos encarava esperando uma resposta. Eu mesma não conseguia respondê-la.
— Em que posso ajudar? — Ela repetiu, pouco simpática.
— É... — Sofia limpou a garganta — Não é aqui que mora Caleb Chevalier? Viemos fazer uma visita.
— Sinto muito, ele está dormindo — relatou. Depois, acrescentou mais informações — Eu trouxe uns remédios do hospital para amenizar suas dores. — Então você é do hospital? — Mônica inquiriu, com um olhar tão intimidador quanto o da moça. Como minha amiga pôde fazer aquilo? Eu mal conseguia encarar uma mosca! — Sou a enfermeira responsável por ele.
— Que bom! — Manifestei, sem me conter. Meu sorriso feliz fez com que minha frase não passasse em branco. Quando todos me fitaram, dei umas tossidas fingidas antes de completar — ... graças a Deus que tem alguém cuidando dele. Isso é ótimo!
— Voltem outra hora. Ele vai descansar durante o restante do dia.
Após aquilo, retornamos ao carro, agora com o objetivo de cada um ir para sua casa. Enquanto eu estava um pouco decepcionada com a tentativa mal-sucedida, meus amigos pareciam aliviados.
— Falha na missão — Joe entoou um "Quá-quá-quá ".
— Ainda podemos tentar entrar pela chaminé — Lucas brincou e eu balancei minha cabeça negativamente, rindo.
— Obrigada por tentarem. Vocês são os amigos que me transportam pelo telhado — Ao perceber a confusão em seus semblantes, expliquei — Tipo, o paralítico de Cafarnaum... — pus a mão na boca, rindo ao contemplá-los entendendo a referência.
— Eu tinha entendido amiga, nem precisava dizer — Mônica deu uma piscadela marota.
— Com certeza — Lucas semicerrou os olhos, ironizando — Essa daqui não sabe nem qual é o primeiro livro da bíblia.
— É, né? — Mônica deu-lhe um empurrãozinho. — E quem foi que respondeu na última gincana de jovens que Lázaro era primo de Jesus?
E começou-se uma discussão divertida, com eles me contando sobre os últimos eventos que haviam acontecido na igreja. Fiquei a par de tudo.
Quando cheguei em casa, aproveitei que estava sozinha no quarto e orei ao Deus Eterno. Pus o véu em reverência e honra ao meu Senhor.
— Meu Deus e Pai, que habita nos céus, sou grata porque as coisas não se sucedem como eu quero. Se acontecessem, provavelmente algo daria muito errado. O Senhor é maravilhosamente bom. Cuida de mim mesmo quando não percebo — pausei, abrindo um sorriso. — Sei que o que aconteceu ou que não aconteceu foi para o meu bem. Agradeço por isso! Hum... o Senhor viu aquele menininho hoje? — dei um tapinha em minha perna, rindo daquela pergunta retórica. — É claro que o Senhor viu! O Senhor vê tudo — puxei o ar para dentro dos pulmões, satisfeita por poder falar e falar... eu gostava de tagarelar, Deus sabia. — Posso pedir um favor? Abençoe o Miguel, onde quer que ele esteja, e se pra tua honra e glória eu puder ajudá-lo, mova-me para isso. Guie-me para ser luz nessa terra. Na verdade, use-me onde quer que o Senhor achar necessário.