Capítulo 5

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MAYA

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MAYA

A corça e o livramento

— Por que o Kevin saiu de cara feia daqui de casa ontem à noite, mana? — Mel quis saber, enquanto eu descia a escada. Era sábado, e eu estava arrumada para ir à igreja. Pus um vestido amarelo soltinho e um casaco jeans por cima.

— É verdade... a gente viu ele saindo assim que a gente chegou e mal nos cumprimentou. — Mary também demonstrou curiosidade, mastigando um pedaço de pão.

— Bom dia, maninhas — sorridente, deixei um beijo na bochecha de cada uma — Tivemos um breve desentendimento, mas nada que não vá se resolver logo... — assentei-me à mesa com elas e começamos a tomar nosso café da manhã.

— Mas o que aconteceu? — Mary persistiu com dúvidas — Tem alguma coisa a ver com a clínica?

— É que.. — cocei a cabeça, inquieta. Não queria ficar pensando na situação mal resolvida entre meu primo e eu — Depois explico para vocês, combinado? — Elas concordaram e começaram a conversar entre si e, depois de alguns minutos, terminamos nossa refeição. — Onde está a mamãe?

— No quarto. — Mel respondeu. — Ela passa os sábados trancada.

— Mas ela está bem? — Perguntei, levantando-me preocupada. — Será que é melhor eu levar alguma coisa pra ela comer ou...

— Ela não vai te atender — Mary garantiu.

— É melhor deixá-la quieta. Não se preocupe, pão-de-mel — Minha irmã mais velha me aconselhou.

Dizer "não se preocupe"pra mim tinha o efeito contrário, mas acabei não indo interromper minha mãe. Talvez ela estivesse conversando com o Senhor...

— Então... estou indo para a igreja. — Sentei na velha poltrona onde papai sempre dormia lendo a Bíblia. Encarei Melissa, que se deitara folgada no sofá, e Mary, lá na mesa, com o queixo apoiado em minhas mãos e os cotovelos sobre os joelhos. — Queria saber se vocês querem ir comigo.

— Não posso — Mary foi rápida na resposta, levantando-se prontamente e subindo às escadas. — Vou à casa de uma amiga.

— E eu... — Mel parecia cogitar a ideia. — Não estou me sentindo muito bem. Talvez um outro dia?

Não fiquei satisfeita, mas aceitei. Peguei minha bolsa e fui assistir a escola bíblica na igreja onde eu sempre fui criada. No percurso havia a casa de Caleb, por isso dei uma olhadinha básica quando passei por lá e continuei a caminhada.

Chegando em frente ao templo, percebi que não tinha começado a escola, pois muitos irmãos ainda estavam do lado de fora. Encontrei velhos amigos que me reconheceram e vieram conversar comigo e outros que não vieram, mas fui até eles. Não havia tanta gente na igreja como anos atrás, e isso me entristecia muito. Tentei saudar a todos que vi por ali e então entrei. Não era um templo tão grande, mas possuía uma salinha das crianças, banheiros, sala dos pastores, refeitório e o local onde havia os cultos e escolas sabatinas. Sentei em um dos bancos de onde sempre observava o menininho Caleb.

Até que te ameiOnde histórias criam vida. Descubra agora