Capítulo 27

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MAYA

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MAYA

Corças ou cervos?

Acordei meio desnorteada e não vi ninguém dentro de casa. Graças a Deus, a tontura já havia passado e eu estava bem melhor. Levantei para tomar uma água e, quando fechei a porta da geladeira, havia uma figura diante de mim. Dei um passo para trás, no susto.

— Bom dia! Como está se sentindo, minha princesa?

O sorriso descomedido de Levi contagiou-me.

— Bom dia. Bem, muito bem, E você?

— A minha vida não importa perto da sua.

Dei uma risada incrédula.

— Que besteira...

Andei até a sala e, pela porta de vidro, vi os três homens pescando. Caleb divertia-se, deixando à vista seu sorriso tão difícil de aparecer. Talvez, por ser tão raro, era ainda mais bonito.

Lembrei-me vagamente da noite anterior e cheguei a cogitar a possibilidade de ter sido apenas um sonho. Não tinha certeza sobre absolutamente nada, pois a sensação era de que eu estive delirando.

Karen apareceu descendo às escadas.

— E aí, querida? Como você...

— Me empresta seu anel, mãe — Levi encurralou-a.

— Guri, vai procurar o que fazer... — desvencilhou-se dele, mas o menino foi rápido e pegou sua aliança.

Então, ajoelhou-se aos meus pés.

— Casa comigo, meu amor.

Dei um sorriso sem graça.

— Esse guri vai ser um perigo quando crescer — Karen tentou levantá-lo.

— Eu já sou um perigo, mãe.

Olhei para sua progenitora e seguramos o riso. Abaixei-me para ficar na mesma altura que ele ajoelhado.

— Levi, muito obrigada pelo seu carinho. Você é um menino muito especial. Posso te dar um abraço?

Seus olhinhos brilharam, quando ele assentiu. Não sei se foi tristeza ou felicidade.

Abracei-o e nos levantamos. Ouvi-o sussurrar, com a voz amassada, antes de me deixar a sós:

— O cara que casar com você vai ser sortudo demais.

Depois disso, os pescadores chegaram. Meu primo acenou para mim e foi na direção de um dos banheiros da parte debaixo da casa. Caio brincou com sua mulher, chamando-a para um abraço com direito à cheiro de peixe e roupa molhada. Fiquei sorrindo, imaginando como era a vida do lado de lá, daqueles que conseguiram um matrimônio feliz. Foi esquisito pensar nisso depois de tanto tempo, quase como um dejavu.

Até que te ameiOnde histórias criam vida. Descubra agora