XXXIII

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Sim e não. Já parou pra pensar na real importância dessas palavras? Quantos fatos históricos poderiam ter sido diferentes se ao invés de dizerem não dissessem sim e vice versa. E aqui estou eu, - mera mortal – no dilema: Sim ou Não.

Já faz três dias desde Will esteve em casa, surpreendentemente não o vi desde então, Ammy e eu aproveitamos os últimos dias para adiantar as revisões da semana de prova e decidimos que a biblioteca seria nossa sala de treinamento para esse combate.

- Chega! Não aguento mais ler nada disso. – digo – meu corpo precisa de descanso – fecho o livro.

- Seu cérebro, precisa de café e o meu precisa de um donut com cobertura extra de chocolate – subitamente ela também fecha seu livro e fica me olhando enquanto procura sua carteira na bolsa.

Depois de pegarmos nosso pedido, sentamos próxima a janela e aproveitamos o clima agradável repleto de cheiro – maravilhoso – de pão fresco.

- Sabe Spency, sou sua amiga e tal, mas já faz dois dias desde que nós conversamos, e eu devo ser franca, seu anonimato está me matando. O que você decidiu sobre Will? Ele te ligou?

Enquanto estávamos vindos para a cafeteria, impliquei com Ammy sobre o fato de ela trocar vinte mensagens com seu namorado num percurso menor que um quilometro – quem precisa se comunicar tanto assim, afinal?

- Não, para as duas perguntas. Posso morder seu donut? – pergunto desviando do assunto.

- Spency, vocês vão se esbarrar qualquer hora, você precisa ao menos reunir coragem para dizer não, caso ele te confronte – diz e me entrega o donut – eu já me pronunciei a favor do Will. Deus sabe o bem que esse homem irá fazer ao seu mau humor dos últimos três dias.

- Ammy, não é assim tão fácil tá bom? – suspiro – Will é o pacote completo, mas.... – fico sem palavras.

- O gato comeu sua língua, Spencer? – pergunta – Para de ser idiota garota! Metade do campus daria um membro pra ter uma noite com Will, e o cara tá aí, paradinho na sua. – gesticula mexendo as sobrancelhas.

- O único problema é, se eu não quiser apenas uma noite? – pergunto exasperada.

- Agora sim eu acredito que temos um problema, mas meu otimismo ainda defende a teoria de que, querendo uma noite ou um milhão de anos, tudo começa com você pegando o maldito telefone e ligando pra ele. – diz bebendo o ultimo gole de café da sua xicara e me entregando o celular.

Pego o maldito aparelho eletrônico, encontro o numero de Will nos contatos e mando a apalavra de um bilhão de dólares – SIM.

Metamorphosis - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora