Apenas Amigos (Romance Gay)

Reconciliação... Talvez?

Narrativa do Eduardo

 Eu olhei pro Renan… muito surpreso porque… como ele não lembrava do Lucas???... e lembrava de mim??

 Ele agia com muita indiferença quando se tratava do Lucas. Ele não lembrava mesmo.

 Ele prosseguiu falando comigo como se só eu tivesse entrado na sala…

-Precisamos conversar… - disse ele me olhando nos olhos.

-Cla-claro… - gaguejei lindo, com a participação especial do suor…

-Fica calmo, não é nada de mais… - disse ele com um tom de humor.

-T-ta… - mesmo assim eu não parava de gaguejar. Sentei-me ao seu lado…

-Du… eu tenho sentido… muitas coisas desde… o dia que eu acordei… eu… queria te ver… eu só pensava em você. Eu ouvia a sua voz enquanto… você sabe né. Eu pensei em você… em mim… em nós dois… - ele começa a chegar perto de mim… - e eu queria… - ele me puxa pela camiseta chega no meu ouvido e sussurra - senti saudade - e me beija vorazmente.

 Aquele beijo… foi mais do que esperado, foi… ele foi necessário. Eu precisava tanto… eu nunca me esqueci do gosto, da maciez dos lábios daquele garoto… do olhar dele após o nosso beijo… da sua boca rosada pós-beijo que me fazia querer beijá-la mais… enfim… eu precisava do Renan.

 Nossas bocas se separaram… nos olhamos… e, em menos de 3 segundos, foi dito palavras de meses de saudade…

 Quando fomos interrompidos pela enfermeira informando que eu tinha que ir.

 Eu saí daquele hospital com o coração explodindo de felicidade. Eu estava tão feliz que nem xinguei minha irmã quando cheguei em casa kkk…

Eu queria gritar para o mundo o quão feliz eu estava.

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Narrativa do Renan

 O que foi… que eu fiz? Acabei de beijar o meu ex namorado…

 Eu to confuso… nem tanto… mas… mas nada eu não estava namorando mesmo… eu quero curtir.

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Alguns Dias Depois

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 Recebi alta do hospital hoje… vou para casa… voltar para o meu quarto… e fazer a prova de recuperação pra eu conseguir passar… apesar de eu ter boas notas, eu fiquei quase 3 meses no hospital, então eu precisava recuperar. E agora era o momento.

 Chegando em casa, a primeira coisa que eu fiz foi deitar e dormir na minha cama… que tinha o cheiro de alguém mais eu não sabia quem era… mas era um cheiro diferente, um cheiro que me causava excitação… de uma certa forma.

 Acordei bem cedo e saí pra dar uma caminhada, não sei por quê, me deu essa vontade. Saí… fui caminhar em uma pista que tinha no parque próximo de casa.

 Encontrei aquele menino que foi no hospital com o Du… ele estava caminhando para o lado oposto do meu, então quando ele passou do meu lado pude sentir seu cheiro… era o mesmo que estava na minha cama…

“Eu realmente conhecia ele? Mas… eu não me lembro…” pensei… eu estava tão fora de mim que eu tropecei em mim mesmo…

-Você está bem? - disse aquele menino vindo correndo pra me socorrer.

-Sim… - disse tentando me levantar… mas machuquei o joelho… ótimo. Acabo de sair do hospital, vou ter que voltar pra lá rsrs...

-Parece que você se machucou feio em… - disse ele olhando para o meu joelho machucado.

-Não foi nada… eu me viro.

-Não magina que eu vou deixar você assim… - disse ele indignado

-Não precisa se preocupar é sério… - disse com muita dor

-Você tá morrendo de dor aí e fica querendo bancar o durão… me poupe. Vou te levar pra casa - disse ele me pegando no colo.

-Tá bom… - disse olhando em seu rosto suado que era perfeitamente iluminado pelo sol da manhã, seu pescoço, igualmente suado, mas excitante, seus olhos que olhavam pra mim com tanto zelo… enfim…

 Eu estava tendo fantasias com um desconhecido… mas… se ele é um desconhecido pra mim… como seu cheiro estava tão presente em minha cama… ele tinha exatamente o mesmo cheiro… cheiro sensual… sexual… perigoso kkk… ele me passava a sensação de segurança mas de perigo ao mesmo tempo… e eu amava aquilo.

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Narrativa do Lucas

 Quase uma semana se passou… eu queria entender o por quê? Por que comigo? E por que só comigo?

 Bem… talvez eu não encontre essas respostas… eu tenho que prosseguir… eu não posso deixar de fazer minhas coisas só porque estou na bad. Bad é sentimento não estado físico.

 Acordei bem cedo e fui fazer a minha corrida matinal. Tinha uma pista no parque, lá era um lugar ótimo pra correr, andar, enfim… passear. Era cheio de árvores… eu e o Renan costumávamos ficar escondidos entre as árvores… era tão bom… sentir os lábios daquele menino era como voar com os pés no chão, irreal. Essas árvores são testemunhas de muito mais do que apenas beijos… (fica no ar o que acontecia…)

 Enfim…

 Saí pra correr e, pra minha surpresa, o Renan estava lá… caminhando, como se nada tivesse acontecido. Ele tinha emagrecido muito depois que ele… bem… você sabe…

 Mesmo ele tendo emagrecido, ele continuava com a bunda perfeita…

 Ele passa olhando pra mim, mas não olha pra trás… eu olho… e vejo ele se afastar… quando ele cai. Eu saí correndo para ajudá-lo.

 Tivemos um rápido diálogo mas… apenas como dois “conhecidos”. Me ofereci para levá-lo pra casa, já que ele tava com o joelho todo ferrado. Peguei-o no colo e segui rumo a sua casa.

 Chegando lá, como ele estava sozinho, ele abriu o portão, e eu o levei pra dentro. Entrando na casa dele me veio um turbilhão de pensamentos, imagens e acontecimentos… mas eu precisava me manter forte…

 Fiz um curativo em seu joelho e o aconselhei que não fizesse muito esforço e nem andasse demais…

-Você é tão cuidadoso… - disse ele enquanto eu enfaixava seu joelho

-É de família… -disse dando uma leve risada - minha mãe era enfermeira… até ela se apaixonar por odontologia. Nesse tempo, aprendi algumas coisas. - completei olhando-o diferente.

-Que tipo de coisas? - perguntou-me com “aquela cara”.

-Só o básico, mas faço com qualidade - dei minha cartada final.

-Entendi… - disse ele com um sorriso safado, seguido de uma mordida no lábio.

 Eu iria conquistá-lo de novo, custe o que custar. Saindo da casa dele…

-Bem é isso… até… algum dia… - disse indo em direção a porta.

-É… a gente se vê por aí… - disse ele com a carência estampada em seus olhos.

-Um abraço..? - sugeri abrindo os braços.

-Dane-se o abraço. - disse ele puxando minha camiseta e me beijando intensamente.

 Minhas preces foram atendidas. Aquele beijo… indescritível… só deixei rolar...