O Trabalho (agora sim ou não)

6.2K 422 247
                                    

Após aquele diálogo (rsrs), percebi que Vivianny estudava na mesma escola que eu e Eduardo mas como era mais nova estava no 1° ano.
-Meu namorado chegou! - falou Vivianny correndo para a porta com uma bolsa nas costas.
-Leva blusa! - sua mãe
-Aaa mãe, ta maior sol!
-Não interessa, e se mais tarde esfriar?
-Ta bom!! - Disse a jovem revirando os olhos.
E assim saiu... A menina rebelde.
-Vou no mercado e já volto. - disse a mãe pegando sua bolsa.
-Tchau mãe. - disse Eduardo dando um abraço em sua mãe.

Então Eduardo seguiu a minha frente e fez um sinal com a cabeça, ele queria
que eu o seguisse. Fomos para o seu quarto.

Lá eu pude perceber muitas peculiaridades sobre ele, como o fato de ele ter obsessão por corujas, sua parede era estampada de fotos, desenhos que, por sinal bem feitas, eram intercalados com outros desenhos de várias pessoas conhecidas e desconhecidas, paisagens, e animais.

Me chamou atenção um desenho que, para minha surpresa, era eu!!! Era lindo, tão fiel aos traços que parecia uma fotografia.

-Quando você fez esse desenho? - perguntei à ele.
-Faz pouco tempo, você tem algumas posições que realmente te valorizam, eu até poderia... tô viajando. - disse olhando para mim fixamente.
Após essa estranha reflexão, apesar de eu ficar muito confuso e curioso para saber o que ele ia falar, relevei.

Então fomos fazer o trabalho, mas como isso era muito fácil, tinha que ter alguma coisa que me tirasse a atenção, e era os lábios dele, que posicionados um pouco atrás da minha orelha, sua voz me tirava do sério, não satisfeito com isso...

-Renan, vou trocar de roupa, se incomoda? - disse ele.
-Magina, vai em frente. - disse eu querendo assistir o espetáculo (rsrs) mas ainda olhando para o computador.

Como a situação não estava ao meu favor, a minha direita tinha um espelho de mão que, longe o suficiente, consegui ver ele por completo apenas de cueca... Eu precisava me concentrar no trabalho... mas meus olhos eram atraídos como um imã para o espelho para ver aquela cena.

Chegou uma hora que ele se virou de frente para o espelho e eu pude perceber "seu recheio" (se você sabe o que eu quis dizer)... diga-se de passagem era grande... e seu corpo escultural, mas não forçado e nem demais, mas natural e perfeito.

Eu acho que ele percebeu que eu olhava, pois em um certo momento ele começou a ficar vermelho, como se estivesse com vergonha. E eu não conseguia parar de olhar, estava quase me virando para ver em tamanho real (rsrs), mas estava me segurando.

Ele NÃO satisfeito ele vem do meu lado semi nu... e pra ajudar me vem uma vontade de ir ao banheiro que ficava aonde? Atrás dele! Ou seja eu tinha que passar do lado dele, sem toca-lo, sem fazer nada... Eu fui né, em direção ao banheiro...

Então enrosquei meu pé em alguma coisa que eu não sei o que e caí em cima dele... com a queda, eu caí sobre seu peito e nossos rostos ficaram muito próximo, quase se beijando, por milímetros... (como se eu não quisesse).

Me levantei de uma forma tão mecânica que, nem parecia que eu pensava... Sem comentários sobre a cena, fui ao banheiro... Ainda muuuuito confuso pensando na cena... queria saber o que se passava na mente dele naquele momento... querendo ou não, aconteceu. Ficamos naquela posição por uns cinco segundos... a queda foi tão brusca que a mão dele veio parar na minha bunda... foi bom.

"Por que você tá pensando essas coisas, você não gosta dele..." veio o pensamento após a chuva de outros.

Apenas Amigos (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora