• 17: Noona •

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Após o termino da aula, fico impressionada com a nota do nosso trabalho que saiu apenas no fim da tarde. Um "A".

—Whoa Seo Hana! Você foi demais na apresentação, apesar de ter se atrasado!-Sun me elogia enquanto caminhamos no corredor, junto com TaeHo.

—Não, todos fomos demais! - digo enquanto saltitamos de alegria.

A nossa caminhada para ao perceber a presença de uma mulher elegante no meio do corredor.

—Srta. Hana? - a mulher se dirige a mim.

—S-Sim... como posso ajudar? - pergunto preocupada.

—O diretor solicita sua presença em seu escritório, poderia me acompanhar? - a moça diz educadamente.

Diretor?!

Olho para Sun e Tae, que estão com a mesma expressão assustada que a minha. Eu apenas concordo e a acompanho.

O caminho da sala era um lugar que eu nunca tinha visto. Ela para em frente a porta, indicando para que eu entrasse, então o faço.

No interior da sala, uma supresa. As três garotas que estavam me atacando hoje cedo. Em uma grande poltrona marrom, estava o diretor. Eu me curvo rapidamente.

—Sente-se. - ele me pede.

Eu aceno com a cabeça me sentando em um dos sofás que estavam na sala, encarando as garotas que estavam no sofá a minha frente. Depois de alguns longos minutos sem que ninguém dissesse uma palavra, eu resolvo quebrar o silêncio.

—Com licença, Senhor Diretor. Por que nos chamou até aqui- eu começo mas o barulho da porta se abrindo me faz parar. Então alguém entra.

—Me chamou, velho? -a voz diz. Então me viro para ver seu rosto. Jungkook.

Ele acabou de chamar o diretor de velho? Ele quer morrer?

Claro... Você tinha que estar envolvido em uma confusão como essa, não é? - o diretor diz informalmente à Jungkook.

Espera... esses dois se conhecem?

—Vocês poderiam sair por um momento? -Jungkook diz em direção às outras garotas. E eu? Devo ficar?

As três não pensam duas vezes antes de sair correndo pela porta.

—Olha... podemos resolver isso tranquilamente não é mesmo? -Jungkook se aproxima do diretor.

—Não venha com seus discursos ensaiados, moleque... -O diretor diz. — Eu já conheço todos.

Ok... mas que droga está acontecendo?

Dessa vez, confie em mim. Ela não tem culpa de nada. A culpa é minha. -Jungkook encosta sua mão no peito. —Por favor, pai.

É o que?! Pai?!

—Jungkook... espera... - eu me levanto. Não posso deixar ele comprar minha briga de novo.

—Você afirma Srta. Seo? A culpa foi inteiramente de Jungkook? - O diretor questiona cruzando os braços.

—Claro que não! A culpa é minha. - eu discordo de Jungkook.

— Hana! - Jungkook grita comigo, mas eu não posso deixá-lo sozinho.

— Sinto muito ter que interromper esse ato heróico dos dois, é realmente lindo, mas... - O diretor começa. —Acho que vocês podem discutir sobre isso enquanto trabalham organizando os livros da biblioteca. Por um mês.

—O que? - eu grito involuntariamente.

—Fechado! -Jungkook pega em minhas mão e segue pra saída antes que eu fale qualquer coisa. —Vamos embora.

Ele me arrasta pela saída, passando pela secretária, até chegar em um dos corredores. Eu seguro seu pulso fazendo-o parar.

—O que você pensa que estava fazendo?! "A culpa é toda minha" - engrosso minha voz para imitá-lo. — Foi a melhor coisa que você pensou?

—Foi... - ele diz tranquilo. — Eu não consigo pensar direto quando o assunto é te proteger.

Meu deus. Todos meus pelos estavam arrepiados.

Minha expressão séria se derrete em um sorriso bobo.

—Ya... - soco levemente seu braço.

— Aliás... Você estava me devendo um jantar, não? - ele cruza os braços.

— Ah... verdade! -eu repondo.

—Mas agora eu tenho uma ideia melhor. - ele diz sorridente.

— O que? -pergunto.

—Tome café da manhã comigo. - ele pede levantando os ombros.

—Café da manhã, Jungkook? São 19:00. - explico.

—Durma na minha casa. Amanhã tomamos café da manhã. - ele me olha profundamente. — Minha mãe está em casa. E não quero passar o fim de semana sozinho.

Meu-Deus-Do-Céu. Olhe o que esse garoto faz comigo.

—J-Jeon Jungkoook! - eu grito surpresa. Não que eu não tenha gostado da ideia.

—Vamos huh? - Jungkook deixa sua voz mais fina. Droga... ele não pode vencer.

—Jungkook eu não sei... - tento me esquivar.

—Noona, vamos... - ele diz com uma voz fofa.

Santo Deus! Como ele pode me desmontar com apenas uma palavra?

—Ya! Quem é sua noona? Eu não sou sua noona! Nós somos do mesmo ano! -eu reclamo.

—Claro que sim! Você faz aniversário primeiro! - ele chega mais perto para um abraço. —Vamos, noona!

Essas palavras eram golpe baixo.
Droga... ele venceu.

 ﹝ Pretty Sad Song ﹞Onde histórias criam vida. Descubra agora