Capítulo 3

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KAROL

Despertei em um pulo com o grito da minha mãe. Estávamos atrasadas, mas a culpa não era minha. Ainda não me acostumei com a ideia de morar na Argentina.

- O diretor marcou às 9h, Karol! Vamoooos! - disse minha mãe me empurrando para o banheiro.

Tomei um banho rápido, coloquei uma camisa preta, uma calça jeans rasgada e um tênis qualquer. Peguei meu casaco, minha bolsa... CARAMBA! QUE FOME!

- Mãe! Estou com fome, não dá tempo de tomar café rapidinho?- pergunto já dentro no carro.

-Karol! Se você tivesse acordado mais cedo dava, mas não se preocupe, paramos pra comer algo no caminho. - disse minha mãe ligando o carro.

No caminho para o set vimos que o Starbucks estava aberto, então paramos pra comer alguma coisa. Fui para a fila enquanto minha mãe me esperava no carro e para me distrair, peguei o celular. Aguardava minha vez quando alguém esbarra em mim e sinto o café quente caindo na minha roupa...

- TENHA MAIS CUIDADO POR ONDE ANDA!! - disse exaltada ao ver o estado que minha roupa ficou - Olha como você me deixou!! - ainda não tinha levantado a cabeça para ver o autor da lambança

- Me perdoa! Foi sem querer! Eu te dou uma blusa nova - disse tentando me ajudar a limpar

Quando levantei os olhos para ver, por um momento fui nas nuvens e voltei... Ele era bonito. Alto, com a barba por fazer, olhos escuros e profundos, mas gentis ao mesmo tempo. Com certeza era mais velho que eu. Fui tirada das "nuvens" quando minha mãe me chamou, perguntando o que tinha acontecido.

-Mãe, fica tranquila! Eu to bem, o café não tava quente o suficiente para me queimar. Só sujou minha blusa mesmo- respondi para ela que tentava me limpar enquanto olhava de mim para o rapaz

-Desculpa mesmo! - Ele disse com um tom de desespero - Não foi minha intenção..

- Relaxa, acidentes acontecem. Não sei que milagre não foi ao contrário, porque geralmente eu sou desastrada - falei rindo pra tentar fazê-lo se sentir menos culpado

-Tem certeza que está tudo bem? Eu tenho que correr, já estou atrasado, mas desculpa de novo! -disse correndo pra porta

-Tchau pra você também! - falei

-Karol, olha o seu estado! -minha mãe disse

-Mãe, vamos porque já estamos no pulo do gato! - disse enquanto pegava o café - Esquece minha roupa. Não dá tempo de comprar outra e muito menos ir em casa trocar.

-Então vamos.

Durante o caminho até o set me peguei pensando no rapaz desastrado e não pude deixar de sorrir.

Ruggarol: um amor além das estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora