Capítulo 15

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RUGGERO

Eu não consegui deixar de sorrir ao vê-la com minha camisa. Caiu muito bem nela e ficou até um pouco sensual, porque a camisa era grande demais e acabava cobrindo o short... Mas eu não pensava muito nisso quando estava com Karol.

Deitamos para assistir e quando o filme estava caminhando pro final, percebi que ela tinha dormido. Levantei, desliguei a TV, tirei o celular das suas mãos e o balde de pipoca da cama. Ela estava encolhida, aparentemente com frio, então a cobri e fui me deitar.

Quando deitei, fiquei a observando dormir. Ela se virou ainda dormindo e ficou de frente para mim. Tirei com cuidado o cabelo de seu rosto; o que a fez sorrir ao sentir o meu toque e acabei dormindo assim, enquanto a olhava.

~no dia seguinte~

Acordei sentindo alguém praticamente em cima de mim. Abri os olhos e vi que era Karol... Ela estava com a cabeça em meu peito, me abraçando [e eu a ela], com uma das pernas entrelaçada à minha. Eu conseguia sentir sua respiração calma e tranquila, mas meu coração já batia mais forte por estar nessa situação. Não queria acordá-la, se pudesse ficar assim o dia inteiro, ficaria, mas temos que viajar hoje. 

Meu celular estava na cabeceira da cama, precisava ver a hora pra não nos atrasar. Estiquei o braço tentando me mexer o mínimo possível, mas ela percebeu e me abraçou mais forte, como quem diz "me deixa dormir em paz" e eu sorri. Gostava da sensação de tê-la em meus braços... Com um pouquinho de esforço, consegui pegar meu celular. Carambolas, já são 10h!!

-Moglito - sussurrei enquanto alisava seu cabelo -acorda, vamos acabar nos atrasando pro voo.

-hmmm... só mais cinco minutos -murmurou e eu realmente quis ter esses cinco minutos só pra poder continuar assim, com ela.

-Não dá tempo, Karol, temos que estar no aeroporto daqui a pouco -falei acariciando seu rosto- vamos, acorda...

Ela abriu os olhos, colocou a mão sobre a minha que estava no seu rosto e sorriu. Depois ela me olhou, deu um salto da cama que me assustei e começou a andar aflita...

-Ruggero! Ai meu Deus, o que a gente fez noite passada? -perguntou desesperada e já vermelha de vergonha

-Calma, calma! Não aconteceu nada -falei a tranquilizando e me levantando também -Quando eu acordei ainda agora você já estava dormindo assim, me abraçando, mas não fizemos nada.

-Ai mds, me desculpa, Rugge  -ela cobriu o rosto com as mãos- não foi por querer e eu também não queria te colocar em uma situação constr...

-Karol, -interrompi me aproximando e a abraçando -fica tranquila! Não tem problema.

Nos assustamos com uma batida na porta, era a mãe dela. Me afastei pra que ela não pensasse algo errado e fui abrir a porta

-Bom dia, crianças -ela sorriu pra mim- Dormiram bem?

-Bom dia, Caro! Dormi muito bem, pra falar a verdade -respondi sorrindo e olhei de relance para Karol

-Sim, mãe! Dormimos -ela falou aparentemente ainda nervosa pelo ocorrido

Fizemos tudo que tínhamos que fazer e fomos para o aeroporto.



Ruggarol: um amor além das estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora