KAROL
Depois de resolver tudo que tinha pendente pra voltar a Buenos Aires, resolvi dar uma volta. Estava com vontade de tomar um sorvete e Aldana me avisou que tinha uma lanchonete em frente a uma praça, próxima ao hotel. O tempo estava fresquinho, então coloquei um vestido soltinho e uma jaqueta jeans. Minha mãe não quis me acompanhar porque ainda estava arrumando a mala e Rugge tinha saído, então fui sozinha mesmo. Avistei a lanchonete na calçada que eu estava e uma praça que me parecia familiar do outro lado da rua. É aqui!
Entrei na lanchonete, mas logo me deparei com uma cena que fez meu coração partir em milhares de pedacinhos. Ruggero estava ali e acompanhado. Uma garota bonita, que parecia ter a idade dele, segurava sua mão enquanto ele falava alguma coisa. Assim que nossos olhares se cruzaram eu não contive as lágrimas. Percebi que ele se levantou e chamou pelo meu nome, mas eu já não me importava. Não mais....
Saí correndo em direção ao outro lado da rua. Não enxergava direito porque as lágrimas tomaram conta da minha visão, mas ouvi um carro buzinando quando atravessei correndo. Que belo jeito pra morrer. Corri sem parar em direção a praça e só parei quando alguém me puxou pelo braço e eu sabia que era ele.
-Vai embora, Ruggero! -falei puxando meu braço, mas ele me segurou de novo.
-Não! Não até você me dizer porque saiu de lá daquele jeito! Anna é só uma conhecida que me chamou pra almoçar.
-ME DEIXA EM PAZ! -gritei sem segurar o choro, me soltando e me afastando de costas pra ele. Andei até chegar a fonte, no meio da praça, e parei com as mãos no rosto.
Ouvi o barulho de seus passos atrás de mim.
-Eu não vou te deixar em paz nunca. -me virando para que eu ficasse de frente pra ele- Porque você saiu de lá assim? -ele insistiu
Eu não consigo mais segurar. Isso tá me consumindo por dentro e se eu não falar agora, vou acabar explodindo.
-PORQUE EU TE AMO, RUGGERO! -falei aos berros ainda chorando e ele parou quando ouviu essas quatro palavras -Porque eu não consigo suportar a ideia de não te ter ao meu lado! Porqu....
Ele me interrompeu de repente, mas dessa vez não com palavras: com um beijo. Foi um movimento tão rápido, que nem pude me esquivar. Ele simplesmente se lançou sobre mim segurando meu rosto com as mãos, e colando seus lábios nos meus. Não tentei resistir. Foi um beijo apaixonado, calmo e cheio de ternura. Minhas pernas bambearam por um segundo, mas ele envolveu minha cintura com uma mão, me apertando contra ele e a outra permanecia no meu rosto. Continuamos ali, nos beijando como se não houvesse amanhã e paramos quando faltou ar, mas ainda assim, ele não se afastou. Nossas testas estavam coladas, nossa respiração pesada e ele estava ainda de olhos fechados.
-Eu amo você.. -falou ofegante finalmente me olhando, enquanto acariciava com os dedos o meu rosto -Desde que você chegou na minha vida, desde aquele copo de café, alguma coisa dentro de mim mudou, Karol. Meu coração se encheu de você, da sua alegria, do seu amor, da sua risada, do seu sorriso... e eu não tenho mais dúvidas quanto a isso: Eu te amo! -falou me dando um beijo rápido que me fazendo sorrir e derramar uma lágrima, mas de felicidade.
-Rugge, você foi a melhor coisa que me aconteceu. -falei- No momento que eu te vi, sabia que era diferente, especial... Não esperava me apaixonar por você, mas acho que a gente não escolhe essas coisas. Simplesmente aconteceu e nesse momento, aqui com você, por mais que talvez possa não dar certo, e as pessoas falarem, porque elas vão falar, eu não me incomodaria de tentar... E se tudo bem pra você, eu não me incomodaria nem um pouco em passar o resto da minha vida tentando ao seu lado.
Ele estava sorrindo como eu nunca tinha visto antes...
-Então vamos fazer um acordo. A gente vai tentando, até ficarmos velhinhos, com netos, bisnetos, e tatatatatatataranetos -falou me fazendo gargalhar- Mas a gente tenta com você sendo minha namorada. Trato feito? -se afastou estendendo mão, como se fossemos dois empresários a ponto de fechar um negócio.
Eu o olhei rindo, colocando as mãos na cintura, como se analisasse a proposta. Apertei sua mão, mas o puxei pra perto de mim agarrando sua cintura, nos deixando a um centímetro de distância.
-Trato feito! -sussurrei e acabei com o espaço entre nós com outro beijo longo, repleto de desejo, amor, e com a certeza de que eramos agora, nós dois contra o mundo.
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Ruggarol: um amor além das estrelas
FanfictionUma história Ruggarol sobre um amor que surge de uma amizade muito sincera. Desde o momento em que se conheceram, algo mudou dentro de ambos e uma conexão muito forte os move à partir daí. O que acontecerá com os dois? OBS.: Esta história é uma fi...