Capítulo 16

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KAROL

Eu dormi abraçada com ele!!! Não consigo acreditar que fui capaz de abraçá-lo desse jeito durante a noite... Foi algo involuntário, meu corpo o fez; com certeza se eu estivesse acordada não teria feito isso [ou eu acho que não].

~no avião~

A equipe da série tinha ido em um voo mais cedo para organizar tudo em relação à nossa estadia na Itália. Desde que entramos no carro até agora eu tinha trocado poucas palavras com Rugge. A vergonha me consumia por ter dormido com ele assim, mas sendo bem sincera? Era bom estar nos braços dele.
Tenho tido alguns pesadelos durante toda essa semana e por incrível que pareça, quando estava ali, aninhada em seus braços, eu sonhei... um sonho bom; acho que ele faz eu me sentir segura, como se fosse um escudo me protegendo de qualquer coisa que quisesse me atingir.

Já acomodada no avião, no assento da janela, era minha parte preferida em aviões, estar tão perto do céu, estava completamente imersa nos pensamentos da noite anterior quando eu sinto alguém sussurrar no meu ouvido

-Tá tudo bem? -ele perguntou sentando ao meu lado -Você está estranha desde que saímos da sua casa

Olhei para ele... Não. Como poderia estar, se toda vez que estava perto dele meu coração acelerava, se toda vez que ele me tocava sentia arrepios e se eu me dei conta que estava completamente apaixonada por ele, mas não podia dizer nada? Não quero estragar essa amizade, muito menos a história dele com Candelaria.

-Sim, está tudo bem -falei apertando a almofada que estava no meu colo contra o peito

-Você mente mal, Sevilla -ele riu -muito, muito mal...

-Ahm.. E minha mãe? Achei que ela ia sentar comigo... - falei tentando mudar de assunto

-Ela está duas fileiras atrás de nós. O pessoal não conseguiu colocá-la no mesmo lugar que estamos porque o avião estava cheio, -ele explicou- mas se você quiser posso trocar de lugar com ela, já que aparentemente não me quer aqui -ele falou com a voz triste se levantando

-Rugge... -segurei em sua mão o impedindo de sair e ele se sentou novamente, me encarando

-Karol, eu não consigo te ver desse jeito e ficar bem. Me fala o que houve, por favor... -falou apertando minha mão, como eu fazia com ele quando conversávamos sobre suas brigas com Cande. Um sinal pra que eu falasse.

-Rugge, me desculpa. Por hoje, ontem, não sei exatamente... -comecei

-Karol, você tá me pedindo desculpas por ter me abraçado dormindo? Por favor, não... Já te disse que não tem que se preocupar -segurando meu rosto com uma das mãos -e eu até que gostei -falou baixinho pra ele mesmo, mas eu escutei

Não pude conter um sorriso. Ele, colocando os braços em volta de mim, me puxou para mais perto.

-E eu já sabia que era um bom travesseiro -ele falou rindo e eu ri dando um leve tapa em seu peito por causa da piada tosca

-A Srtª por favor, nunca mais me deixe sem esse sorriso. -ele ordenou

E assim ficamos, abraçados, durante toda a viagem, sem trocar uma única palavra, só olhando o céu pela janela...

Ruggarol: um amor além das estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora