RUGGERO
Quando me aproximei senti que ela ficou nervosa, como se estivesse com medo, então ela saiu. Fui até meu quarto e me sentei na cama, mexendo no celular, para esperar ela terminar. Ao entrar pude ouvir sua voz: ela estava cantando uma música da série; era "Siento", que eu como Matteo escrevi para Luna.
Sua voz parou juntamente com o barulho do chuveiro e ela abriu a porta depois de uns minutos. Estava vestida com uma calça escura que realçava suas curvas e uma blusa de alça básica.
-Rugge, sei que pode parecer falta de respeito, ou algo assim, mas se seus pais forem sair agora de noite, eu posso ficar por aqui mesmo? Estou muito cansada e desde que chegamos não preguei os olhos... -ela falou com o cansaço estampado nos rosto
-Claro, Moglito... Também não estou disposto para sair hoje. Fica tranquila que eu falo com eles, ok?
-Seria ótimo, obrigada... Agora preciso de outro favor -disse se abraçando
-...?
-Aqui está frio, e por sua culpa, não lembrei de colocar casaco na mochila -ela sussurrou e eu ri
-Isso é por acaso um segredo de estado pra você estar sussurrando? -perguntei rindo enquanto levantava em direção ao armário
-Só me empresta algo logo que eu estou com frio! -ela falou irritada
-Tá bom, mas não se irrite! -falei imitando a voz do Chaves.
Peguei um moletom quentinho e entreguei a ela, que vestiu imediatamente e foi na frente do espelho.
-Acho que esse moletom também fica melhor em mim do que em você- ela disse com cara de quem não pretendia devolver o casaco
-Nada disso! -falei negando com a cabeça- Já foi uma. Se continuar assim, daqui a pouco não vou ter mais roupas pra vestir...
-Ah, mas por favor -se aproximou fazendo os olhinhos pestanejarem- Nunca te pedi nada! Gostei tanto dele!
-Karol.. -ela foi até mim e me abraçou -Isso não vale. Está me chantageando com seus abraços porque sabe que eu não resisto!!! -eu ri e ela me apertou mais forte
-Ahhhh, está bem! Você ganhou! -falei por fim- pode ficar.Quando ouviu isso, me soltou e começou a dar pulinhos de alegria saltitando pelo quarto.
-Muito obrigada, muito obrigada. -ela agradeceu como um cantor num show
-Agora eu vou tomar meu banho, se a senhorita puder me dar licença -levantei e fui a caminho do banheiro- e olha, eu sei quais roupas tenho aqui, antes que tente roubar mais alguma.
-Boa noite! -ouvi ela dizer rindo
Fechei a porta e entrei debaixo do chuveiro. Me peguei pensando no dia que nos conhecemos, nas semanas que se passaram e no quão rápido nos tornamos melhores amigos. E era uma amizade muito sincera, de todas, a mais sincera que eu já tive.
Terminei o banho e ela não estava lá; provavelmente foi para o seu quarto. Desci para dar boa noite aos meus pais e avisar que se eles fossem sair, ficariamos em casa descansando.
-Tudo bem, meu filho, sei que estão cansados. A gente já tinha combinado de ir na casa da sua tia hoje, então qualquer coisa é só ligar -minha mãe falou pegando as chaves do carro.
-Pode deixar. Boa noite pra vocês! -falei dando um beijo na testa dela e subi para o quarto.
Dei uma olhada para o quarto de Karol e ela estava deitada, aparentemente dormindo. Caminhei para meu quarto e deitei. Estava cansado, quase dormindo quando um barulho na porta me desperta.
Era Karol, enrolada em sua coberta, tinha trocado a calça jeans por um moletom confortável e estava com uma cara não muito boa.
-Ei, está tudo bem? -perguntei
-Não consigo dormir.. Tá muito frio no outro quarto. Posso ficar aqui? -ela perguntou se aproximando da cama
-Vem cá -falei abrindo espaço pra ela se deitar do meu lado. Ao deitar se enroscou em mim como na noite que dormi na casa dela, mas algo estava errado. Ela estava quente, com o rosto pálido e suando frio.
-Você está se sentindo bem? -preocupado coloquei a mão em sua testa -KAROL! Você está queimando de febre!
-Não tô! É só frio.
-Quente desse jeito isso não é só frio... Fica aqui que vou pegar um remédio pra você. -falei me levantando e cobrindo ela com mais uma coberta.
Desci para a cozinha onde ficava a caixa de remédios. Peguei água, o comprimido e subi o mais rápido que pude. Ela estava deitada, mais encolhida que antes.
-Toma esse remédio -falei entregando o comprimido e o copo d'água na mão dela -Se você não melhorar vou ter que te levar pro hospital.
Ela tomou o comprimido e ficou me olhando...alguns segundos depois sorriu
-Do que você tá rindo? -perguntei curioso
-De como você fica lindo preocupado comigo -ela disse me observando
Deitei novamente a puxando pra mais perto, fazendo com que me abraçasse, e comecei a fazer cafuné em seu cabelo.
-Obrigada por cuidar de mim -ela disse quase inaudível
E assim dormimos...
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Ruggarol: um amor além das estrelas
FanficUma história Ruggarol sobre um amor que surge de uma amizade muito sincera. Desde o momento em que se conheceram, algo mudou dentro de ambos e uma conexão muito forte os move à partir daí. O que acontecerá com os dois? OBS.: Esta história é uma fi...