Capítulo 5

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KAROL

Um mundo pequeno, né? O mesmo rapaz que derruba café em mim vai trabalhar comigo durante toda a série.

Me apresentei ao restante do elenco e a equipe que estava presente. De todo o elenco, o único que eu já conhecia era o Lionel. Ele é meu melhor amigo desde sempre, então fiquei grande parte do tempo junto com ele.

-Pessoal! Já conversaram, se conheceram, então venham todos aqui para uma breve reunião. Vamos falar desse projeto maravilhoso um pouquinho. Depois da reunião vocês terão o dia livre para se conhecerem melhor. - disse Jorge, o diretor, chamando a todos.

Todos se reuniram na mesa e nos foi entregue o material da primeira cena. Depois de falar sobre o projeto, apresentar formalmente todo o elenco, nos deram a tarde livre.

-Que tal irmos comer alguma coisa? Afinal, acho que ninguém almoçou ainda - sugeriu Mike

-Conheço um restaurante que podemos ir - disse Lio

-Ótimo! Então vamos - falou Rugge se dirigindo para o estacionamento junto com todos - Quem tem carro ajuda a levar os outros

Ligo pra minha mãe, pra avisar onde estaria, mas ela não poderia me buscar hoje pois estava resolvendo algo no banco e não tinha hora pra voltar.

Bom, Lio me leva pra casa, já que é o único que eu tenho intimidade suficiente pra pedir carona.

Antes de irmos ao restaurante Ruggero me chamou perto do carro..

-Ei, Karol, vem cá rapidinho - ele disse

-Oi, aconteceu algo?

-Na verdade aconteceu - me olhando sério - eu derramei café em você e sua blusa não está em condições de ser vista em público - disse com um tom brincalhão e preocupado

-Ah, relaxa. Não me incomodo em sair assim e também não há nada que eu possa fazer..- eu respondi, mas achei muito fofo ele se preocupando comigo..

-Sim. Tem algo -me entregando uma camisa que parecia ser dele- E nem adianta dizer que não. Vai vestir que te esperamos aqui

-Que é isso? - perguntei pegando a camisa sem entender - Não quer mesmo que eu vista, né? - perguntei empurrando a camisa de volta pra ele

-Sim! E pra que mais seria? Não vou te deixar sair com a gente até você vesti-la. - disse me devolvendo e cruzando os braços como quem não fosse mudar de ideia tão fácil.

Olhei para ele e não pude deixar de rir com a birra. Resolvi ir trocar rápido, antes que eu atrasasse todo mundo. Ao vestir a blusa senti que estava com o perfume dele.. Amarrei ela de um jeito que não parecesse um vestido em mim e saí. Ele ainda estava na frente do carro e quando me viu, sorriu com um ar de satisfeito.

Fomos para o restaurante e passamos uma tarde bem divertida. Cada um falava um pouco de si, sua vida pessoal, trabalhos anteriores...

Eu estava sentada ao lado de Ruggero, então acabamos conversando bastante. Ele me contou do seu trabalho em Violetta, sobre sua namorada e sua família italiana. Eu falei sobre minha vida no México, meu irmão e percebemos uma coisa em comum: nos importamos muito com nossas famílias.

Isso é estranho; parece que nos conhecemos há anos. 

Durante toda a conversa estávamos sempre rindo e o tempo parecia infinito, como se só tivesse nós dois ali. 

Sinto que posso contar qualquer coisa pra ele; até meus segredos mais profundos e ele entenderia...

Ruggarol: um amor além das estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora