Capítulo 17

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RUGGERO

~Itália: no hotel~

Chegamos no sábado pela manhã. No saguão do hotel, Aldana, responsável por todos os nossos afazeres, já estava nos esperando com um papel na mão e três chaves.

-Chegaram, finalmente! -ela falou impaciente -Aqui estão suas chaves. Rugge e Karol, vocês estão no mesmo andar e seus quartos são um na frente do outro. Eu, Caro e o restante da equipe estamos no andar de cima -disse nos dando as chaves- Esse é o cronograma da semana aqui na Itália.

Pegamos tudo e quando já íamos para os quartos, ela me chamou:

-Quase me esqueci! Você vai ter hoje e amanhã livres pra ver sua família. Eles já estão avisados que você chegou -e antes mesmo de me deixar falar algo, saiu para atender o telefone

Nem dava pra acreditar... A última vez que os vi foi na turnê de Violetta; já faz 1 ano.

~no quarto~

Me acomodei no quarto; arrumei tudo o que precisava pra passar o final de semana em casa numa mochila. Ia dormir em casa; na minha casa. Que saudades eu estava disso...

Peguei as chaves, fui no quarto da frente e bati na porta:

-[Toc*toc*toc*]  Karol, sou eu!

-Entra -ela gritou e eu entrei. Ela estava no banheiro, com a porta entreaberta e uau!! Sem querer vi quando ela tirou a blusa que estava vestindo e colocou uma mais leve... Essa garota está me enlouquecendo aos poucos.

-Oi, Rugge -saindo do banheiro- Já está indo ver seus pais? -perguntou

-Sim e queria te fazer um pedido -falei enquanto pegava uma mochila que estava em cima da cadeira e entregava a ela, que me olhou com cara de interrogação.

-Você faria a gentileza de me acompanhar para um final de semana na casa de meus pais? -perguntei com olhos de pidão

-Rugge, eu adoraria, mas não tem nada a ver eu ir pra casa dos seus pais... Vou ficar aqui no hotel mesmo, é melhor! -falou sentando na cama

-E fazendo o que? Posso saber? -perguntei de braços cruzados

-Er... Dormindo 😊 -Falou isso se deitando e fingindo um ronco

-Ah, nananinanão, Moglito! Você não veio até Itália pra ficar dormindo como um coala! -falei- Você vai comigo sim: por bem ou por mal.

-É um momento seu e deles, não quero de forma alguma atrapalhar isso. -disse ainda deitada, mas agora me olhando -Eu não vou.

-Então vai ser por mal -dito isso, andei até a cama e peguei ela no colo, fazendo com que ela gritasse e risse sem parar, pedindo que a soltasse.

-Ok, vou te colocar no chão só porque você tem que arrumar as coisas, -falei descendo ela, mas segurei sua cintura me aproximando antes de soltar completamente -mas se fizer birra pra ir, te carrego assim mesmo, do jeito que está, e só solto dentro do táxi.

Ela ficou me encarando por algum tempo, comigo ali, segurando sua cintura... Novamente veio a vontade te-la só pra mim. Acho que no fundo Cande estava certa afinal; eu estava me apaixonando por ela.

-Tá bom, mauricinho, você ganhou. -começou a falar-  Mas se me pegar no colo de novo, eu vou me vingar -sussurrou chegando mais perto ainda, de tal maneira que pude sentir seus batimentos e o único som que havia no quarto era o de nossa respiração.

Já muito próximos, com nossas testas encostadas uma a outra, eu estava a ponto de beijá-la quando fomos interrompidos com o toque do meu celular... Ela se afastou com o susto e foi arrumar a mochila.

~chamada~

R: Alô?!

Antonella (Mãe do Rugge): Oi, meu filho! Cadê você que ainda não chegou aqui?

R: Oi, mãe! Estou indo, é que eu tive um pequeno imprevisto -olhando para Karol

A: Tudo bem então. Estamos te esperando..

R: AH! Quase esqueço. Vou levar uma pessoa comigo.

A: Está bem, mas venham logo!

R: Ok, até mais

~fim de chamada~

Me sentei na cama para esperar Karol arrumar suas coisas. Não podia parar de pensar no que aconteceu minutos atrás, ou quase aconteceu. Logo que terminou, fomos até o andar superior para avisar a mãe dela, que não se importou, já que queria descansar da viagem e tinha coisas para resolver no dia seguinte. Pegamos o táxi para minha casa, mas não trocamos uma única palavra durante todo o caminho. O que será que se passava na cabeça dela em relação a nós dois? É uma incógnita que não tenho coragem de tentar desvendar. Pelo menos não agora....

Ruggarol: um amor além das estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora