Capítulo 13

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RUGGERO

  -Ah, e se comportem.. -Caro saiu fechando a porta nos deixando sozinhos mais uma vez.

Ficou um silêncio constrangedor no quarto por alguns segundos.

-Ahm, desculpe por isso. Se eu soubesse não teria vindo para cá -eu falei

-Fica tranquilo, não tem problema... Eu não iria te deixar dormir no sofá de qualquer forma -ela disse sorrindo

-Que tal um filme? -sugeri

-Acho uma ideia muito boa, eu ligo a  Netflix e você faz a pipoca, pode ser?

-Antes posso tomar um banho? Estou assim o dia inteiro -perguntei

-Bem que eu senti um cheirinho esquisito -ela disse tampando o nariz com o dedo, rindo- Pode sim, as toalhas estão no armário de cima.

-Ah, eu estou fedendo? -perguntei indo na direção dela com os braços abertos - Vem cá!!!

Ela correu em direção à porta -Não mesmo! Acho que vou fazer a pipoca - e saiu correndo escada abaixo

Eu sorri.. Era impressionante como não conseguia ficar triste ao lado dessa garota.

Peguei uma toalha no armário como ela tinha dito e fui para o banho. Terminei 5 minutos depois, revigorado depois de um dia cheio, vesti uma calça de moletom e Agh! Esqueci de pegar a camisa!

Saí do banheiro secando o cabelo, para pegar uma camisa quando Karol entra com um balde de pipoca na mão.

KAROL

A pipoca tinha ficado pronta e eu subi para o quarto. Fui comendo uma aqui e outra ali... quando entrei no quarto Rugge já tinha terminado o banho. Meu queixo caiu involuntariamente. Ele estava sem camisa, só de calça, secando o cabelo com a toalha que tinha na mão..

Minha mãe estava certa... Meu Deus, como ele é bonito! Tinha o corpo muito bem definido, sarado na medida certa. Karol, o que é isso? Se controla! 

RUGGERO

Quando Karol entrou parou na porta com o balde na mão de boca aberta e eu não pude deixar de rir...

-Karol, está tudo bem? -perguntei e ela sacudiu a cabeça como se estivesse saindo de um transe

-Ahn... er... claro, tudo ótimo! -disse corando- a pipoca ficou pronta -falou colocando o balde na mesa de cabeceira

-Tem certeza? -falei me aproximando dela propositalmente porque sabia que ela tinha ficado sem graça ao me ver assim -Talvez você tenha me achado muito bonito sem camisa..

Ela andou de costas pra parede e me coloquei na sua frente, encurralando-a

-T..tenho certeza -ela gaguejou nervosa -Eu nem reparei - falou tentando se recompor

-Não foi o que pareceu quando ficou parada ali na porta me olhando por cinco minutos de queixo caído -me aproximei mais

Estávamos muito próximos e eu gostei dessa sensação... Não consegui não olhar para a boca dela e me deu uma vontade louca de beija-la. Ruggero?! Alôu! Não posso simplesmente beija-la... Não?

-Eu vou tomar banho -ela falou me empurrando com a ponta dos dedos, como se tivesse com medo de me tocar, pegando uma roupa qualquer na gaveta e indo em direção ao banheiro -Vai colocando um filme aí -disse fechando a porta

De onde tinha vindo aquilo? Porque de repente queria tê-la para mim e acabar com o espaço entre nós com um beijo? Será que Cande estava certa sobre eu ter me apaixonado por ela? É bem verdade que me sinto diferente quando estamos juntos; sorrindo, trocando olhares... Ah! Eu amava olhar para ela; aparentemente tão pequena e frágil, mas de uma força e simplicidade que me encantavam. E seus olhos, verdes, profundos, que ficavam com pequenos pontinhos dourados quando iluminados pelo sol, me desconcentravam completamente.. Como se todo o mundo desaparecesse e só tivesse ela, olhando pra mim...

-Foco, Ruggero, foco! -falei dando um tapa em mim mesmo quando ouvi o barulho do chuveiro desligar- depois você pensa nisso.


Ruggarol: um amor além das estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora