Acabada

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Acordo atordoada, minha cabeça latejava de dor, minha visão ficou escura, mas logo foi clareando novamente.

Não estava no meu quarto e nem na minha casa. As paredes do local tinha rachaduras, teias de aranhas pelos cantos. Sua cor era um branco com manchas pretas, provavelmente já fazia anos que não reformava aquele velho quarto.

Não mim lembrava de nada até que passa um flash na minha cabeça; dor, sofrimento, angústia...

- Como ela pode? - Deixo uma lágrima escorrer.

Mim levanto da cama e percebo que não estou com minhas roupas, eu estava com um vestido demasiado folgado e grande para mim. Uma enfermeira com um nariz arrepidado e uma verruga na sua bochecha entra.

- Hora do rango. - Ela abre a porta. - Vamos garota não fique ai parada!

  Ela me puxa pelo meu braço e mim joga para fora. O corredor parecia de filmes de terror, escuro, paredes manchadas, luzes piscando e fazendo zuadas ensurdecedoras.

A tal infermeira mim levanta e mim joga novamente no chão. Ela puxa um cinto pronta para mim dá uma cintada, eu espero encolhida mas não sinto. Olho para cima e vejo uma mulher morena que aparentava ter seus 28 anos segurando o braço da enfermeira.

- O que acha que esta fazendo? Ela está sobre os meus cuidados!

Ao escutar isso a enfermeira sai calada e resmungando, eu a observo sumi no corredor.

- Olá, me chamo Vanessa. - Ela estende sua mão para mim ajudar a levantar.

- Prazer, Samantha.

- Depois nos conhecemos melhor, ou você fica sem o almoço. - Ela sorri.

  -- Almoço?

Ela pega na minha mão e mim leva onde havia duas portas grandes. Ela entra comigo e vejo que tem várias pessoas com mesmas vestimentas que as minhas acompanhados de enfermeiras.

- Está aqui seu almoço! - Ela me entrega um prato com...com... Bom não sei explicar o que era aquilo mas que era nojento era. Olho ao meu redor e observo que tem pessoas com bonecas parecendo que era suas filhas, outras fingindo está dirigindo em um carro de corrida. Aquilo não era normal...

- Não vai comer?

  Faço negativo com a cabeça, ela pega na minha mão gentilmente e mim leva por corredor afora.

- Você não mim parece uma pessoa com problemas mentais. - Vanessa fala ao entra no "meu novo quarto".

- E não sou. Nem sei o porque que vim parar aqui! - Meus olhos começam a marejar.

- Então você foi acusada de algo?

- Infelizmente.

- Eu posso vasculhar seu relatório e falar do que você foi acusada.

Não era confiável confiar nas pessoas daqui, talvez ela seria uma maníaca disfarçada de enfermeira. Mas...

- Claro. - Uma pequena esperança nasce dentro de mim.

- Irei olhar os seus papéis, volto logo.

***

Já se passaram vinte minutos que ela se foi, talvez ela tivesse achado que sou mas uma louca qualquer.

- Desculpa pela demora. - Vanessa abre a porta com várias papeladas. - A impressora é muito antiga e demora um século.

Sorrio cabisbaixa.

- Quais são as mentiras que estão ai?

- Bom, não deu para saber se é seu ou não, mas este é o documento mas recente.

- Acho que eu sou a mais recente daqui. - Aponto para mim.

- Relatório do seu parentesco (tio);  Sua mãe tinha viajado no domingo de madrugada 04/08/2012, para trabalho. Minha sobrinha tinha acabado de se formar e estava comemorando, ao saber da noticia tentei consola-la com um bom velho jogo de xadrez, ela estava agindo normalmente mas no mesmo domingo 04/08/2012 meio-dia começou a agir estranhamente, ela andava nua dentro de casa e se espancava sozinha e dizia " Irei matar todos você". Eu decidi não ligar para sua mãe, talvez tivesse consumido muita bebida alcoólica, mas tudo foi piorando ainda mas no outro  domingo 12/15/2012 ela pegou uma faca e veio para cima de mim e tentou mim apunha-la por sorte sua mãe chegou.
Relatório da mãe; Estava indo tudo tranquilamente, quando cheguei em casa e mim deparei com minha filha em cima de seu tio com uma faca na mão.

O Meu Tio (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora