DNA

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  Saio do carro e vou em direção a porta, ao tocar na maçaneta momentos ruins passam por minha cabeça. Afasto aquilo dos meus pensamentos e entro decidida pela aquela porta, na poltrona estava Wagner.

  - Vejo que voltou minha sobrinha predileta. - Ele se levanta da poltrona de couro.

  - Pensei que tivesse morrido! - Trinco meus dentes.

  Ele ia se encostando em mim, mas a porta é aberta revelando minha mãe. Ele rapidamente disfarça sua ação sentando-se na poltrona.

  - Esta tudo bem querida? - Minha mãe pergunta ao ver que eu estava em choque.

  - S...sim. -- Gaguejo. - Vou para meu quarto.

  - Queria tomar café da manhã minha sobrinha. - Wagner diz sorridente.

  - Já tomei café Wagner. -- Encaro sério.

  Subo pela escadas e paro em frente a porta do meu quarto. Cada parte daquela casa me vêm uma lembrança. Meu quarto estava do mesmo jeito (só que estava arrumado). Mim jogo em minha cama e acabo adormecendo...

  - Filha! Filha! -- Alguém me sacode. - O almoço está pronto.

  - Mãe? - Digo com a voz um pouco rouca.

  - Vem comer filha. - Ela diz se levantando e indo até a porta.

  Vou ao banheiro e faço minhas higiene e mim despi. Ligo o chuveiro e deixo a água fria cair por todo meu corpo.

***

  Depois de vestir meu vestido, desço as escadas desconfiada olhando para todos os lados. Encaro a mesa repleta de comidas de dá água na boca.

  - Está aqui seu prato. - Minha mãe diz ao mim ver perto da mesa à encarando.

  Pego o prato da sua mão e mim acomodo em uma das cadeiras, mim sirvo de pequenas porções das seis opções que ali tinha.

  A porta se abre revelando Wagner (que não considero mais meu tio), todo sujo de graxa e com um macacão laranja.

  - Bom dia. - Ele fala.

  - Bom dia Wagner. - Minha mãe responde. - Sam?

  - Sim mãe? - Mim viro para lhe encarar.

  - Cumprimente seu tio. - Ordena.

  - Bom.

  - Sente-se Wagner. - Minha mãe aponta para a cadeira que estava a sua frente.

  - Primeiro irei mim limpar não quero sujar a casa. - Diz caminhado até o corredor.

***

  Comemos em silêncio, quando terminei subi para meu quarto, fiquei lá lendo o livro A Garota Do Calendário . Até que meu celular que estava no criado mudo toca, fazendo eu tomar um susto. Olho na tela de notificações, e aparece a foto da Letícia.

*Ligação*

Eu: Alô?

Leticia: Já saiu daquele reformatório do cão?

Eu: Sim. Quem te contou?

Leticia: Sua mãe. Ela ligou para mim meia noite chorando de alegria coitada mim dando essa notícia.

Eu: Sério?

Leticia: Sim. Você tem tempo?

Eu: Sim. Porque?

Leticia: Preciso lhe contar algo. Se lembra de Grace?

Eu: Sim.

Leticia: Retirei ela do reformatório já que meu novo Boy é advogado, Há e não mim interrompi, isso já é outra história. Levei ela para minha casa e quando meus vizinhos a olharam acharam nós parecidas. Então como sou muita curiosa fiz um exame de DNA e acabei descobrindo que...

Eu: Desembucha!

Leticia: A Grace é minha mãe...

O Meu Tio (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora