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  Uma lágrima cai no papel, passo a mão em meu rosto mas não sinto uma gota só de água, no momento só sentia raiva e ódio. Olho para Vanessa, ela limpa rapidamente a lágrima que escorre em seu rosto.

- Vanessa o que foi?

- Nada... Nada. - Ela dá um sorriso fraco e amarelo. - Nossa sinto muito...pela sua história.

Ela me da um abraço quente e aconchegante. Ela me fazia lembrar naquelas noites de pesadelos que eu acordava gritando, minha mãe vinha correndo mim abraçar. Fiquei ali quieta em seu colo, ouvindo sua respiração. 

- Que melação. - A mesma enfermeira que queria me agredir entra no quarto. - Tem visita para você Saloba.

Vanessa se afasta de mim e novamente me sinto sozinha.

- É Samantha. - Mim levanto da cama.

  Vanessa sai na frente e faz um sinal para eu a segui-lá. Passamos por um corredor onde pessoas gritavam fazendo minha cabeça doer e tampa os ouvidos, até que chegamos em uma sala.

Eu entro nela e dou de cara com minha mãe. Mim sento na sua frente, seus olhos estavam inchados e com várias olheiras.

- Oh minha filha... - Ela tenta tocar em meu rosto mas eu desvio.

Não era para eu está com raiva dela mas... minha mãe devia confiar em mim eu sou a filha dela.

- Por favor minha filha. - Ela se levanta e tenta me abraçar.

- Me larga! - Eu grito. - Como você pode? Como pode confiar naquele desgraçado do Wagner?!

Nesse momento Wagner entra na pequena sala.

  -- O que está acontecendo aqui?

-- Ainda você tem a cara de pau de vim aqui? Sai daqui seu filho da puta! Agora!

-- Vamos Wagner. - Minha mãe se levanta e sai pela porta puxando Wagner para a saída.

Quando ela sai, choro demasiadamente, sinto alguém tocar em meu ombro fazendo eu limpa as minhas lágrimas rapidamente.

- Sinto muito Samantha. - Ouço a voz de Paulo.

Dou um sobre salto da cadeira.

- Paulo! - Dou um pulo em seu colo.

  - Sam! - Ele me da um beijo na testa.

- Eu não sou louca! Você tem que acreditar em mim! - Fico aos prantos.

- Shiii, se acalma, eu acredito em você.  - Ele me abraça.

Fiquei quieta ali em seus braços.

- O tempo de visita já está acabando. - Ele fala ainda me abraçando.

- Mas...

Sou interrompida por um beijo...

O Meu Tio (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora