Batidas na porta mim despertam, sinto uma mão em minha cintura e olho para trás. Paulo está com os olhos cerrados e boca um pouco aberta, mim esqueço do mundo e fico encarando aquele ser que está ali ao meu lado.
Batidas na porta mim tiram do meu transe.
- Quem é? - Pergunto.
- Samantha? Oh meu Deus! Pensei que estivesse morta. - Minha mãe suspira aliviada. - Abre essa porta agora Samantha Coimbra Johnson!
Meu coração acelera a mil.
- Tô com preguiça de levantar. - Disfarço.
- Abre essa porta agora! - Ela espanca a porta. - Ou mando Wagner arrombar essa porta.
Mim levanto rapidamente e procuro minha camisola que estava jogada em um canto do quarto.
- Vou contar até dez.... 1....2.... - Ela começa a contar.
- Paulo, Paulo... - Dou um murro em suas costa.
- Aiii! - Ele exclama.
- Cala a boca.
- Se esconde, minha mãe tá na porta. - Aviso.
- 6...7... - Ela continua.
Típico Paula.
Ele só si vira para baixo da cama, com cobertas e tudo. Destranco a porta e minha mãe entra como um furacão.
- Garota. Por que trancou a porta?.... o que.... que foi isso? - Ela tenta tocar no inchaço do meu olho.
- Eu bati na quina da porta. - Abaixo a cabeça.
- Isso não tá parecendo uma batida.... - Ela discorda.
- Mãe, não é nada. Eu sei mim cuidar.
- O café tá na mesa. - Ela anuncia.
- Tá, irei tomar logo um banho.
Ela sai do quarto fechando a porta logo atrás. Coloco minha cabeça para o lado de fora da porta, para confirmar se ela já tinha ido embora.
- Pode sair. - Sussurro.
- Ufa. - Paulo suspira de alivio. - Como vou sair daqui?
Fico pasma ao ver que ele não estava coberto.
- Você... Você.... Está... Sem roupas. - Fecho os olhos.
- Você já me viu nu antes. - Ele sorri.
Coro.
Quando ele percebe que fiquei envergonhada ele pega suas roupas e veste rapidamente.
- Pronto, pode abrir os olhos. Como vou sair daqui?
- Pelo mesmo lugar que entrou. - Digo óbvia.
- Mas está de dia, algum vizinho pode olhar. - Diz como se fosse o maior gênio da Terra.
- Hoje é segunda. Todos estão trabalhando ou na faculdade. Afinal, você não faz faculdade?
- Digamos que inventei uma doença imaginaria.
- Você mentiu! Cuidado, pode ficar igual ao Pinóquio. Olha! Seu nariz da crescendo. - Brinco.
- Haha. E você não era para tá na faculdade também?
- Desde que entrei.... Bem... Naquele lugar... Você sabe...
Ele beija o topo da minha cabeça e mim abraça.
- Tchau. Alguem pode desconfiar que até agora não levantei. - Ele pula da janela.
Quando seus pés tocam ao chão, ele joga um beijo e sai correndo.
***
Depois de tomar um banho, desco as escadas, escuto vozes diferente, mas não ligo. Pode ser alguma amiga da minha mãe.
Mas ao entrar na sala, era Vanessa.
- Vanessa! - Vou correndo até ela.
- Sam! - Ela me abraça.
- O que tá fazendo aqui? - Pergunto depois de um longo e apertado abraço.
- Samantha, precisamos conversar. Sente-se.
Obedeço minha mãe e mim sento confusa.
- Samantha, precisamos falar do seu passado, parentes... Precisamos se abrir.
- Do que estão falando?
- Lembra que sua tia é dona do...
- Reformatório. - Interrompi ela.
- Vanessa é filha de Patrícia.
- Se Vanessa é filha da minha tia... Eu sou a...
- Eu sou sua prima...
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O Meu Tio (REVISÃO)
FanfictionSamantha Coimbra vive uma vida normalmente com a sua mãe Paula Coimbra. Mas na chegada do seu tio Wagner Johnson tudo muda, Samantha fica triste, como se não quisesse viver mas. PLÁGIO É CRIME