Lembranças

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- Grace, Grace! O que está fazendo aqui? Entre agora para dentro! - A enfermeira que cuidava dela aparece na porta.

Grace se levanta e não fala com ninguém apenas vai com a cabeça baixa.

- Samantha, eu.... eu.... sinto como se estivesse ligada à essa mulher. - Leticia comenta após as duas mulheres sumirem.

- Amiga, siga seu coração. - Digo enquanto observo o sol se pondo. - Tenho que ir. Tchau.

- Até logo. Venho aqui buscar os papéis da Grace.

- Não é que você tá levando à sério mesmo?

Ela amostra a língua.

Entro dentro do reformatório. Vanessa mim aguardava, ela caminhava de um lado para o outro.

- Oi. - Chamo sua atenção.

- O seu namorado veio visitar você, mais você não estava.

- Namorado? Eu não tenho nenhum namorado.

- Ele tinha cabelos pretos com algumas partes loiras, jogado para o lado, um piercing no nariz, ele era forte e tinha uma tatuagem no braço. - Ela diz as características físicas do menino.

O Paulo veio mim ver? Todas as semelhanças desse tão garoto é parecida com o Paulo.

- Ele falou seu nome? - Pergunto.

-- Sim. É Paulo.

Dou um sorriso ao Vanessa falar seu nome.

- Tá apaixonada? - Diz sarcástica.

- Nossa! Nunca conheci o lado sarcástico da dona Vanessa. - Finjo um espanto.

- Vamos para seu quarto, a diretora do reformatório não irá gosta que as pessoas andem pelos corredores a essa hora... e ainda sem suas roupas. - Vanessa mim analisa de cima a baixo.

- Eu tô de roupa.

- Você me entendeu Samantha. Vamos?

Concordo.

Fomos ao meu quarto trocar de roupa, pois não era permitido que os "doentes mentais" usarem aqueles tipo de roupas.

- Afinal. Quem é a diretora desse colégio? - Pergunto enquanto Vanessa fazia questão de retirar minha roupa como se eu tivesse 2 anos.

- Não se pode falar o nome dela aqui. Já está na hora do jantar vamos?

- Valeu, tô sem fome. - Me jogo na desconfortável cama.

- Tem certeza? Essa é a última refeição do dia.

- Tenho.

Vanessa sai me deixando sozinha, novamente me sinto acabada.

Flash Back

- Vamos meu amor vem para a mamãe, você consegue. - Minha mãe me chama para eu caminhar até ela.

Com um pouco de dificuldade eu consigo chegar em seus braços e quando chego neles caio.

-- Opa! quase lá. -- Diz mim dando um beijo na bochecha bem demorado.

-- Oi amor. -- Meu pai entra na sala e da um selinho em minha mãe.

-- Oi vida. -- Diz ela retribuindo.

-- O que meu bebê está aprontando? -- Ele me pega no colo e mim joga no alto.

Ele começa a fazer um barulho estranho em minha barriga. Eu solto gargalhadas banguelas.
***
E assim adormeço....

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O Meu Tio (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora