Capitulo 25

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As suas palavras ecoavam na minha mente duas e três vezes enquanto o Harry me tirava o fôlego ao beijar-me um pouco mais intensamente que das outras vezes. Os movimentos da sua língua eram rápidos e desesperados e as suas mãos navegavam de cima para baixo no meu tronco. Um relâmpago podia ser ouvido em toda a casa mas eu estava demasiado perdida para que isso me assusta-se. Em poucos segundos a minha blusa estava no chão e eu nem me tinha apercebido da rapidez com que ele me a tirou. Os seus lábios quentes desciam até ao meu peito e a minha pele estava a começar a ceder. Arrepios atrás de arrepios. O meu coração disparava como nunca tinha disparado. Eu estava totalmente entregue a ele. As suas mãos desceram até aos meus calções e não demorou até que eles estivessem fora do meu corpo. Olhei por momentos nos seus olhos e uma luz encandeava-me. Ele parecia um anjo. Os seus lábios rosados e inchado, os seus caracóis definidos, as suas bochechas vermelhas do calor que invadia o nosso momento. Eu diria que a sua expressão transmitia desejo, felicidade e paz. Ele afastou o seu corpo do meu na intenção de despir a sua blusa e o meu modo automático foi ligado. As minhas mãos deslizaram pelo seu tronco enquanto a blusa era puxada pela cabeça. Eu podia ver o seu olhar surpreendido. Mas eu estava demasiado consumida pela emoção para parar. Viajei por cada músculo do seu peito e toquei em cada tatuagem que estava perfeitamente desenhada. Não demorou muito até que eu lhe abri-se o botão das calças e um sorriso nasce-se na sua linda cara. As suas covinhas foram a gota de água. Estava completamente desesperada por contacto dele. As calças foram puxadas para fora do seu corpo e agora eu podia sentir tolamente o seu calor. O Harry estava cada vez mais empenhado na sua ideia de me levar há loucura com beijos molhados pelo meu peito e eu simplesmente não conseguia mais abrir os olhos.

- "Posso?"

Senti a sua mão descer até há zona onde se aperta o sutiã. Calculei imediatamente o que ele queria dizer. Incrivelmente eu acenei com a cabeça que sim. Não sei o que me deu. Se fosse noutro momento eu não teria deixado mas eu agora não conseguia simplesmente controlar o meu corpo.
Senti o aperto daquela barreira de pano desaparecer. Eu queria abrir os olhos mas a vergonha não me permitia. Senti os seus lábios tocarem no meu peito destapado e agarrei o seu cabelo. Os seus beijos eram suaves e a sua língua ajudava a massacrar-me. Era uma sensação tão estranha mas tão boa ao mesmo tempo. As minhas bochechas ardiam e eu podia sentir o Harry aproximar-se delas para deixar um beijo sobre o vermelhão em que elas estavam.

- "Como é que tu podias ter vergonha de um corpo assim. Cada vez acho que és mais perfeita" O seu sussurro no meu ouvido fez-me por momentos sorrir.

Eu estava com medo de lhe provocar algum tipo de desilusão. Mas isso parecia não ter acontecido. Ao abrir os olhos vi um olhar quente fixado em mim e um sorriso calmo mas intenso.

- "Estou tão orgulhoso amor"

As suas palavras confortavam a minha alma e eu só conseguia responder com um sorriso envergonhado. Harry levantou-se e pegou na sua t-shirt que estava no chão e deu-ma.

- "Eu preferia que ficasses assim mas não quero que tenhas frio"

Fiquei contente por poder tapar por agora a causa da minha vergonha. Vesti a t-shirt rapidamente enquanto ele me observava e ria. Estava aliviada por saber que ele continuava igual depois do que tinha acontecido. Eu podia ter cada vez mais certezas que este Harry era aquilo que eu tinha imaginando. Ele deitou-se ao meu lado e acariciou a minha face ainda vermelha.

- "Estas feliz por termos dado este passo?" Ele perguntou não deixando o meu olhar

- "Sim" Disse rapidamente enquanto sentia a minha vergonha voltar

Uma gargalhada saiu dos seus lábios devido há minha rapidez de reposta e ao corar repentino da minha face. Harry não disse mais nada para meu alívio e apenas me aconchegou perto dele. Eu estava muito feliz por ter conseguido algo que eu achava impossível. Eu gostava demasiado dele mas eu sempre fui daquelas raparigas que tem vergonha de tudo o que se relacione com este tipo de intimidades. Passei demasiado tempo mergulhada nos meus pensamentos enquanto observava o Harry perdido nos seus sonhos. Ele era realmente adorável. Dei por mim quase embalada com as gotas de chuva que batiam na janela, mas um estrondo despertou-me bruscamente. Parecia ter caído algo lá fora. Levantei-me cuidadosamente e fui lentamente até há porta da rua. Abri e espreitei o pequeno jardim do Harry. A minha boca abriu-se com o que acabara de ver e corri até ao local.

HARRY POV

Um frio despertou-me ao invadir a minha pele do lado em que a Sam está deitada. Senti a ausência da sua pele colada na minha. Rapidamente abri os olhos e vi que ela não estava ali deitada. O meu coração alarmou-se. Onde poderia ter ido? Corri todos os cantos da casa e nada. Eu estava a ficar realmente preocupado. Estava a chover torrencialmente e os relâmpagos não tinham parado um minuto. Algo tinha acontecido. Enquanto desesperava e tentava encontrar uma explicação reparei que a porta da rua estava meio aberta. Saí e olhei em volta observando o meu pequeno jardim. Estava escuro mas quando olhei melhor vi a Sam a tentar levantar um ramo que devia ter caído da árvore grande que cobre praticamente todo o terreno. Mas que está ela a fazer aqui? Corri até ela e toquei-lhe no braço.

- "Sam o que é que estás aqui a fazer?"

- "Podes simplesmente ajudar-me?"

Ajudar? Ajudar com o que? Quando olhei melhor para aquilo que ela estava a fazer reparei que debaixo do ramo pesado que ela tentava levantar estava um gato. Ele parecia preso e ferido. Pelo que consegui ver era bebé. Como é que eu não fui adivinhar. A Sam era doida por animais e detestava que algo de mal lhes acontecesse. Eu ajudei-a a levantar o ramo e ela não tardou a agarra-lo nos seus braços. Corremos para dentro e eu fechei a porta atrás de mim.

- "Sam tens consciência do susto que me deste? Podias-me ter chamado"

- "Harry relaxa, está tudo bem"

- "Tudo bem mas não me voltas a fazer isso. Promete"

- "Prometo"

Sam não parava de acariciar o gato molhado e ferido nem por um segundo.

- "Vou cuidar dele. Onde está a caixa dos primeiros socorros?"

- "Vou buscar" Disse enquanto sorria

Dirigi-me há casa de banho e peguei na caixa levando-a até há Sam. Eu podia ver o amor com que ela fazia aquilo. Ela limpava cada ferida e massajava cada hematoma como se a dor fosse sua. Eu orgulhava-me cada vez mais dela. Ela tinha um medo horrível de relâmpagos e arriscou ir para a rua para salvar um gato. Para além disso tremia de frio devido ao facto de as roupas molhadas estarem coladas ao seu corpo.

- "Vou buscar-te roupas secas e toalhas"

Ela apenas sorriu em confirmação nunca tirando o olhar do pequeno gato branco que a olhava agradecido. Fui até há casa de banho e sequei-me apesar de não estar tão molhado como ela. Peguei numa toalha e t-shirt minha e levei até ela. Ela parecia já ter cuidado dele. Estava apenas a tentar aquece-lo.

- "Vá seca-te e veste esta t-shirt. Não te preocupes que eu cuido dele"

SAM POV

O Harry parecia tão cuidadoso ao tentar envolver aquele pobre gatinho na toalha que tinha trazido. Eu agradeci por ele me ter trazido roupas secas. Eu estava a congelar. Depois de estar quente sentei-me ao lado do Harry e sorri de orgulho ao ver o seu lado mais doce ao de cima.

- "Eu vou ficar com ele" Eu disse

- "Que nome lhe vais dar?" Os seus olhos estavam tão encantados como os meus ao ve-lo adormecer nos seus braços

- "Bem é uma gatinha por isso eu pensei em chamar-lhe Gemma"

Eu sempre gostei desse nome mas eu não sei porque.

- "Gemma? Porquê?" O seu corpo estava tenso e o seu olhar tinha mudado

- "Eu não sei. Simplesmente adoro esse nome"

Ele desviou o olhar de mim e continuou fixado no gato. O que teria de mal o nome Gemma?

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