João Antônio Vaz Coutinho tem um problema. Ele é o tipo de homem que tem sorte nos negócios e azar no amor. E depois de estar apaixonado de maneira frustrada outras duas vezes em sua vida conhece Monica Oliveira, filha de um grande senhor de terras...
Se com tuas mãos cura as minhas feridas, e o que não daria?
Se apenas ao seu lado posso chorar
E rir ao sentir os teus carinhos..."
Blanco y Negro - Malú.
Notas da autora: Se lembram o que eu disse que aconteceria quando tocasse essa musica?
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— Vai se casar com a ceguinha – Roberta disse alvoroçada para a irmã.
— Duvido que ele se casaria com ela, se o pai da menina não fosse rico como é. – Gioconda fez pouco.
— Talvez não, mas eu daria um dedo para ver a mocinha, será que se parece com a irmã?
— Dizem que não é tão bonita, no entanto não é de se jogar fora.
— Hoje se casa a filha do meio, quando se casará a mais nova?
As duas bateram os leques nervosamente frente ao rosto.
Rafaela estava linda vestida de lilás composto pela crinolina. Mais parecia um bolinho de glace a roupa era repleta de bordados de flores. As faces foram levemente coradas com rouge, seu semblante porém parecia preocupado e não se aliviou quando seu pai lhe disse que seu noivo havia acabado de chegar.
— Seja bem-vindo Joãozinho – Joaquim lhe apertou a mão energicamente.
— Como vai o senhor – retribuiu olhando de esguelha para Rafaela.
— Muito bem como vê – ele disse sorrindo de orelha a orelha.
— Rafaela – cumprimentou sua noiva.
— Como vai senhor Coutinho – ela disse fria.
Deus do céu, ela estava com raiva e sabia bem o porquê.
— Eu gostaria de me desculpar por não vindo vista-la antes, eu estive...
— Ocupado – ela completou secamente – e eu estive entediada.
João olhou para Inácia que tentou esconder o sorriso com o leque.
— Nem se casaram e já começaram a brigar – o pai brincou para aliviar a tensão.
— Rafaela tem razão, eu deveria ter dito antes ir.
— O que me incomoda é que o senhor sequer se deu ao trabalho de me trazer um presente, qualquer coisa para se desculpar por sua negligencia.
