Haviam barraquinhas ao lado de enorme mesa ao centro para que todos pudessem sentar, ou amenos uma grande parte dos convidados. Ela havia sido o suficiente para o almoço, mas agora que a maior parte dos convidados havia chegado ficou claro que nem todos caberiam ali e por isso os criados se apresaram em colocar mesas menores ao redor da mesa principal.
As fogueiras ardiam enquanto as crianças brincavam ao seu redor e as mães gritavam cuidado. Rafaela se desfez das luvas e beliscava a comida sempre que tinha a oportunidade. Em uma delas viu como duas mulheres a olhavam como se medissem sua barriga.
— Senhor Coutinho!
João ergueu a cabeça e viu o geólogo, Guilherme Ferreira vindo em sua direção. Ele sorriu.
— Escolheu o momento perfeito para chegar, vamos servir o jantar daqui a pouco.
— Quem é? – Rafaela perguntou.
— Guilherme Ferreira senhora – ele se apresentou um pouco desajeitado olhando para seus olhos antes de desviar constrangido.
— Rafaela Coutinho – Ela estendeu a mão para cumprimentá-lo.
— É um prazer conhece-la – ele sorriu e voltou seus olhos a João – Imagino que não falaremos da mina hoje.
— É dia de festa, não vamos lembrar de problemas agora, aproveite porque depois teremos uma conversa longa e cansativa.
Ele assentiu ajeitando os óculos, e logo saiu para garantir um lugar para o jantar.
— Eu gostei dele, parece simpático – Rafaela lhe disse.
— É um bom sujeito, porém é formal demais – riu – acho que ele precisa de uma mulher.
— Vosmecês é terrível – ela riu também.
Antes do Jantar eles se reuniram com Joaquim, dona Mercês Benedito e Inácia.
— Senhores – Benedito o cumprimentou juntamente com o seu sogro e olhou para Rafaela e dona Mercês – senhoras.
Ele trazia Inácia em seu braço com uma expressão nervosa.
— Irei aproveitar que estão todos presentes, para pedir a mão da senhorita Inácia em casamento.
Rafaela bateu palmas, ela participava da alegria da amiga como se fosse ela mesma como sempre.
— É uma satisfação de estar aqui para ver isso – o senhor Joaquim disse também feliz – Porém o mais importante é sabermos a opinião da mãe da moça.
— Que que eu hei de dize – ela deu de ombros com um sorriso terno – os dois tem minha bença.
— Obrigada mamãe – ela sorriu a abraçando.
E assim a festa seguia, com as pessoas jogando versos, cantoria, comida e principalmente... Rafaela ria a cada momento, como se fosse a pessoa mais feliz da face da terra.
— Quer dançar comigo? – perguntou.
— Achei que o senhor havia me dito que era um desastre dançando. – ela o lembrou.
— E sou, mas hoje estou tão feliz que estou disposto a abrir uma exceção.
— Hum – ela disse passando as mãos pelas dobras do seu paletó – mas se esquece o senhor que eu tão pouco sei dançar.
— Não se preocupe, a jeito para tudo nessa vida – ele a puxou pela cintura rodopiando com ela evitando que os pés dela tocassem o chão.
— João pare! – ela riu o segurando com força temendo cair.
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Minha Doce Rafaela
Fiksi SejarahJoão Antônio Vaz Coutinho tem um problema. Ele é o tipo de homem que tem sorte nos negócios e azar no amor. E depois de estar apaixonado de maneira frustrada outras duas vezes em sua vida conhece Monica Oliveira, filha de um grande senhor de terras...